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A intimidade de Luis Lobianco

Conhecido por sua atuação no Porta dos Fundos, o ator admite o dom para o humor, mas garante que o lado sério também é bastante intenso

Por Tatiana Ferreira Publicado em 22/09/2016, às 15h11 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Luis Lobianco - Fotos Fabrizia Granatieri
Luis Lobianco - Fotos Fabrizia Granatieri
Carioca da gema, como ele mesmo diz, por ter nascido no bairro da Glória, próximo da região central do Rio, Luis Lobianco, que ficou conhecido pelo Porta dos Fundos, canal no YouTube, ainda criança já evidenciava qual caminho seguiria. Espontâneo, era comum encontrá-lo arrancando risadas durante as reuniões familiares. “Era uma criança muito engraçada. Parava uma festa para contar história. Fui agitado e bagunceiro”, assume o ator. E, até pisar pela primeira vez em um teatro, aos 12 anos, e entender sua verdadeira vocação, Luis desejou inúmeras profissões. “Oscilava entre ser cantor, caçador, motorista de ônibus, astronauta, cirurgião plástico...”, enumera gargalhando. “Queria ser tudo. Hoje entendo que já era o meu lado ator sinalizando.”  

Arte na veia “Sempre gostei muito de artes, cores, Carnaval... e minha mãe (a advogada aposentada Irene Reis), ao observar isso, começou a me colocar para fazer várias coisas: pintura, escultura, desenho com aquarela, esporte... mas ainda não era o meu lugar. Quando comecei a fazer teatro, aí me encontrei. A minha primeira turma de teatro virou uma companhia, a História e Arte. Com ela, além de me encontrar como profissional e canalizar toda minha inquietude, aprendi a ter disciplina. Precisei abrir mão de um monte de coisa; enquanto meus amigos estavam no play brincando, eu estava estudando e ensaiando.” 
Naturalmente engraçado “Nunca escolhi o humor, tanto que fiz muitas coisas até chegar aqui, musicais e dramas, mas sempre soube qual era a minha praia e as pessoas que me assistiam também.” 

Em seu apartamento na Lapa, centro do Rio de Janeiro, o ator mostra a decoração do lugar

Não se decepcionem
"Com o Porta dos Fundos meu trabalho saiu do teatro e ganhou uma dimensão absurda, com bilhões de visualizações. O público me conheceu pelo humor, acho natural que as pessoas me identifiquem dessa forma. Mas o que muitos não sabem é que, para fazer humor, precisa ser sério, é quase uma matemática. Talvez seja decepcionante para alguém que me encontre quando estou sério, estudando. Não conto piada. Inclusive, nunca soube contar. Não lembro de nenhuma nunca (risos). Por isso é que nunca fiz stand-up comedy.”

Multimídia
“Respiro trabalho e amo o que faço. Ter demanda me deixa feliz. Se me deixar, nem durmo. Estou com o Buraco da Lacraia, um movimento teatral na Lapa, centro do Rio, idealizado por mim há quatro anos, em cartaz no Teatro dos Quatro com o espetáculo Portátil e gravando uma série infantil, Valentins, para o canal a cabo Gloob, com Cláudia Abreu e Guilherme Weber, para estrear ano que vem. Além de estar em preparação com o espetáculo Gisberta, a transexual morta em Portugal há dez anos, também para 2017. No cinema, estreio  TOC, com Tatá Werneck, e faço uma participação na comédia Desculpe o Transtorno.”

Sonho
“Penso muito em um dia fazer novela. Vejo como grande desafio. Já apareceram alguns convites, mas estava fazendo outras coisas e não consegui. Cresci assistindo aos folhetins, toda a minha cultura musical adquiri em novelas. Na Fox (canal a cabo), fiz O Grande Gonzalez, ano passado, série de dez episódios que protagonizei. Gostei muito da experiência.” 

Tô nem aí
“Não me incomodo com o peso. Não trabalho para nenhum tipo de padrão. Meu corpo está a serviço do que o meu trabalho pede. Se tiver de mudar, dentro do possível, para realizar um projeto, topo! Mas atender expectativas de uma sociedade, nem pensar! Amo comer e cozinhar. Então, se eu estou acima do peso, certamente estou feliz, pois significa que estou comendo muito.”