Muito emocionado, ator chegou ao velório para se despedir do pai, Lúcio Mauro
Redação Contigo! Publicado em 13/05/2019, às 12h03 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h47
O ator Lúcio Mauro Filho chegou abatido ao velório do grande ícone do humor brasileiro Lúcio Mauro, seu pai.
Por volta das 9h da manhã desta segunda-feira (13), o corpo do ator chegou ao Theatro Municipal, região central do Rio de Janeiro, para as últimas homenagens.
Entre aqueles que já apareceram para se despedir do ator estão o humorista Fábio Porchat, o ator Selton Mello e os diretores Cininha de Paula e Maurício Faria. Líder do núcleo de humor da TV Globo, Marcius Melhem também compareceu.
TRISTEZA
O ator Lúcio Mauro Filho anunciou na manhã deste domingo (12) a morte do pai. Em uma publicação tocante, ele anunciou a partida e disse que seu pai "merecia esse descanso". Lúcio Mauro tinha 92 anos e lutava contra as sequelas de um AVC que sofreu há três anos.
"Por volta das 22 horas deste sábado, meu amado pai serenou. Ele merecia esse descanso. Lucio Mauro teve uma vida linda, uma carreira vitoriosa, 5 filhos, 5 netos, dois casamentos, com Arlete e Lu, duas mulheres fantásticas que se tornaram amigas e mantiveram essa família unida. Papai foi um pioneiro, saiu do teatro de estudante lá no Pará, foi pro Recife, fez rádio, inaugurou a televisão no Nordeste e de lá, veio para o Rio de Janeiro pra se tornar um dos maiores artistas deste país. Me influenciou em tudo. O homem que sou, o artista, o pai de família, o amigo. Eu nada seria sem seus ensinamentos", disse.
"Tivemos o prazer de trabalhar juntos, na TV, no Teatro, no Cinema e na Publicidade. Rodamos o Brasil colocando nossas vidas a serviço da arte, em “Lucio 80-30”, quando ele teve a chance de dividir o palco com os filhos. Não faltou nada", acrescentou.
Lúcio Mauro então relatou os momentos difíceis do pai após sofrer um AVC.
TRAJETÓRIA
Natural do Pará, o ator e comediante fez grande carreira na TV Globo, onde estreou na Globo em 1966. Integrou o elenco de alguns dos programas mais revolucionários do humor, como Chico City (1973), Os Trapalhões (1989) e Escolinha do Professor Raimundo (1990). No Zorra Total, viveu personagens inesquecíveis e atuou ao lado de grandes estrelas. Também viveu personagens de tom dramático em vários projetos, como a minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos e nas novelas Paraíso Tropical e A Favorita.
Já no cinema, esteve no elenco de grandes produções, entre elas "Terra sem Deus" (1963), de José Carlos Burle; "007 ½ no carnaval" (1966), de Victor Lima; "Redentor" (2004), de Claudio Torres; "Cleópatra" (2008), de Júlio Bressane; e "Muita Calma Nessa Hora" (2010), de Felipe Joffily.
