Após também perder o pai, ele narrou encontro emocionante com o filho de Boechat
Redação Contigo! Publicado em 12/02/2019, às 15h12 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46
O jornalista Ivan Moré, um dos apresentadores do Globo Esporte, contou que decidiu ir ao velório do jornalista Ricardo Boechat após cumprir seus compromissos profissionais.
Após uma homenagem ao vivo, ele seguiu ao Jardim Europa, em São Paulo, para prestar as últimas homenagens ao jornalista.
"Ao lado do Casão fiz uma singela homenagem. Mas não estava conformado. Meu coração dizia que não era o suficiênte... Sentia que precisava ir ao velório. Mas a cerimônia só iria até às 14h, tive de correr. Peguei minha moto e cheguei faltando 5 minutos. Deu tempo", disse ele.
Moré conta que assim que chegou encontrou Rafael, filho de Boechat.
"Na saída do caixão para o cemitério, dei de cara com Rafael, 38 anos, filho do Boechat. Não o conheço pessoalmente. Nunca havia falado com ele. Mas senti que precisava dar um abraço nele. E fui. Assim como o Rafael também perdi o meu pai, há 5 meses, aos 66 anos. A mesma idade. E tinha a noção exata do que ele tava sentindo. Me aproximei, me identifiquei e falei da admiração pelo pai dele. E dei um abraço apertado e carinhoso. Ele retribui, agradeceu e disse: “fico feliz que meu pai era tão querido e respeitado por tanta gente”. Mais do que isso, Rafael. Existem pessoas que deixam de existir qdo morrem. Seu pai, não! A competência, lucidez, coragem e responsabilidade do grande Jornalista continuarão vivos na memória de todos nós, que lutamos por um Brasil mais justo e igual", escreveu.
"Depois dessa despedida, senti um alívio no coração. Vai em paz, grande jornalista", escreveu ele.
O pai de Ivan Moré morreu eu agosto. Foi o próprio jornalista quem anunciou a notícia nas redes sociais.
“Enterrei o meu pai. 66 anos. Um cara novo, levado por uma doença devastadora. Ele é o verdadeiro Ivan Moré, sou Junior. Um velhão que morrei orgulhoso dos três filhos. Cheio de imperfeições. Não importa. Os momentos que passamos juntos foram tão, mas tão intesoso que a lembrança sempre estará viva em minha memória”, disse.
