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Últimas / CIRURGIA DE HÉRNIA

Homem do Reino Unido mantém saco plástico na barriga após cirurgia

Cirurgião também deixou para trás parte do intestino de Tom Hadrys, que havia sido cortado para ser retirado durante a operação

Redação CONTIGO! Publicado em 24/05/2024, às 23h24

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O engenheiro aposentado Tom Hadrys - Reprodução/BBC News Brasil
O engenheiro aposentado Tom Hadrys - Reprodução/BBC News Brasil

Tom Hadrys, do Reino Unido, revelou à BBC News que descobriu que uma bolsa de coleta de amostras médicas foi deixada dentro de sua cavidade abdominal após uma cirurgia de hérnia, em 2016, no Royal Sussex County Hospital, em Brighton. O cirurgião que realizou o procedimento também deixou para trás parte do intestino do homem de 63 anos, que havia sido cortado para ser retirado durante a operação.

O médico, cujo nome não pode ser revelado por razões legais, só percebeu o erro quando voltava do hospital para casa, segundo um relatório de incidente hospitalar. A polícia do condado de Sussex investiga pelo menos 105 casos de suposta negligência médica por parte de equipes cirúrgicas do University Hospital Sussex, parte do NHS, o serviço público de saúde britânico.

O NHS afirmou que o trabalho das suas equipes cirúrgicas "é monitorado continuamente e de perto" e "sempre que os resultados ficam abaixo dos nossos elevados padrões, medidas são tomadas imediatamente".

O engenheiro aposentado lembra de ter sido abordado por um médico, ao retornar à enfermaria, ainda sob algum efeito da anestesia geral. "Estava consciente e ouvi o que imagino ter sido o cirurgião sussurrando em meu ouvido. Ele disse: 'Sinto muito', e acho que disse: 'Cometemos um erro e eu 'tenho que levar você de volta para a sala de cirurgia'", contou.

Depois, ele ficou sabendo que ao dirigir de volta para a casa após a cirurgia, o médico repassava mentalmente os detalhes da operação quando percebeu o erro cometido. "Ele deu meia-volta com o carro e retornou ao hospital", disse Hadrys.

O mesmo cirurgião realizou posteriormente um segundo procedimento cirúrgico para remover tanto a bolsa de amostras como a seção do intestino deixada por engano durante a primeira operação.

O órgão do NHS controlador do hospital admitiu que os erros cirúrgicos ocorridos no caso de Hadrys acabaram por prolongar a recuperação do paciente além do previsto. Em 2020, o NHS emitiu um pedido de desculpas e concordou em pagar ao paciente uma indenização de 15 mil libras (equivalente a cerca de R$ 90 mil).

O cirurgião continuou a operar e segue trabalhando para o NHS. Posteriormente, ele foi nomeado para integrar um time de especialistas, apesar da avaliação contrária de alguns colegas que não o consideravam suficientemente qualificado.