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Estreante no Lollapalooza, Molho Negro vem do Pará com rock acessível: ''Ser pop sem ser bobo''

Banda que mistura rock, pop e bom humor se prepara para subir ao palco do festival

Leandro Fernandes Publicado em 25/03/2019, às 13h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Molho Negro - Divulgação/Julia Rodrigues
Molho Negro - Divulgação/Julia Rodrigues

Em preparação ao Lollapalooza, a CONTIGO! entrevistará algumas bandas brasileiras que marcarão presença no festival. A primeira delas é a Molho Negro, banda de rock do Pará, terra do Calypso. Ao contrário do Calypso, as músicas têm um peso, com elementos fortes de punk rock, mas com a preocupação de manter uma proximidade com o pop também.

A Molho Negro estará pela primeira vez no Lollapalooza depois de sete anos de carreira e aproveita a energia do lançamento do novo álbum da banda, Normal, que saiu no fim do ano passado. O disco reflete essa união entre rock e pop e carrega um peso político, mais uma vez remetendo ao punk como música de protesto - ainda que tudo seja pincelado com um humor característico. Também foi o primeiro álbum da banda que foi lançado através de um selo, trazendo oportunidades novas para os músicos, acostumados a trabalhar de maneira independente.

Entrevistamos o vocalista e guitarrista João Lemos, por e-mail.

O 'Normal' foi o primeiro álbum da banda a ser gravado com um selo, certo? Mudou muito a dinâmica por causa disso?

- Tivemos mais conforto em relação a gravar, tempo e etc... Dessa vez nós usamos o estúdio de gravação também como lugar de encontro, de ensaio e composição. Isso foi algo que gravar pelo Flecha discos e no Costella acabou sendo um diferencial pra gente, a imersão.

Esse será o primeiro Lollapalooza de vocês. O convite veio de surpresa?

- Particularmente eu fiquei bem chocado. A gente trabalha bastante o ano todo e enfim, quer que as coisas aconteçam e que a música chegue nas pessoas, mas o Lollapalooza assim de cara foi uma surpresa!

Eu vi um texto que diz que com vocês “não tem essa de rock cabeça”. A frase ainda corresponde ao que vocês fazem? Isso quer dizer que vocês querem manter o som como algo mais despretensioso ou é só uma referência às bandas que “pensam demais”?

- Despretensioso não no sentido de ser bobo, mas acredito no poder de uma linguagem democrática, que consiga ser compreendida pelas pessoas. Ser pop sem ser bobo, acho que é por aí... Não é uma missão muito fácil, mas é possível.

De sete anos para cá, o que vocês diriam que ficou reduzido nas influências da banda? E o que foi amplificado ou foi adicionado?

- Acho que cada vez mais são coisas que ficam entre o barulhento e o pop. O Nirvana é algo constante pra mim, uma banda que conseguiu unir esses 2 fatores muito bem, mas eu sou um consumidor de música compulsivo, todo dia eu vejo coisa nova boa!

“O cenário da música alternativa brasileiro abriu um pouco para bandas de lugares diferentes e inclusive com sons bem diferentes do top 40.” Vocês concordam com essa afirmação?

- Sem dúvida, a internet e vários outros fatores ajudaram lugares do Brasil a exportarem o seu conteúdo. Isso se refletiu nos festivais, nas playlists e na estética! Eu acho ótimo que a gente seja representado cada vez mais por pessoas e bandas diferentes, que os discursos sejam diversos, que todos tenham voz. 

O show da Molho Negro rola na sexta-feira, dia 5, no palco Adidas.