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TV / DESABAFO

Abalado, Paulo Vieira faz desabafo após decisão da TV Globo: "Vi todos os meus projetos fracassarem"

Em um ano, ele viu seus dois programas serem retirados do ar pela emissora; leia o que ele disse

Redação Contigo! Publicado em 15/10/2020, às 16h43 - Atualizado às 16h59

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Globo cancela segundo projeto de Paulo Vieira e ele desabafa - Reprodução/Instagram
Globo cancela segundo projeto de Paulo Vieira e ele desabafa - Reprodução/Instagram

O humorista Paulo Vieira publicou nas redes sociais um longo desabafo na noite desta quarta-feira (14).

Após receber a notícia de que seu programa na TV Globo, o humorístico Fora do Ar, foi cancelado, ele soltou o verbo.

"Me permitam reclamar (...) Nos últimos meses vi todos os meus projetos fracassarem. É muito difícil ver isso acontecer sem se culpar, principalmente pra uma pessoa como eu que nunca esperou por nada. Eu nunca esperei a benção de ninguém pra fazer alguma coisa, nunca contei com esse 'crédito'", disse ele em um dos trechos.

Vale lembrar que neste ano outro projeto do humorista, o Se Joga, também foi cancelado pela emissora. Ele saiu do ar no início da pandemia de coronavírus e não retornou. 

Paulo Vieira era contratado da Record TV e atuava como assistente de Fábio Porchat no extinto talk show que ele comandava no canal. Em 2019 ele foi contratado pela TV Globo, onde passou a aparecer em várias produções da casa, como o Zorra e o Escolinha do Professor Raimundo.

Leia o desabafo na íntegra:

"Me permitam reclamar. Ou melhor, me expressar: Ilana reclama que eu não divido meus problemas, que eu não falo dos meus sentimentos, que nunca dá pra saber como eu realmente estou por dentro. Resolvo os problemas de todo mundo, mas não quero incomodar ninguém com os meus. Nos últimos meses vi todos os meus projetos fracassarem. É muito difícil ver isso acontecer sem se culpar, principalmente pra uma pessoa como eu que nunca esperou por nada. Eu nunca esperei a benção de ninguém pra fazer alguma coisa, nunca contei com esse 'crédito'

Tudo isso para dizer que essa minha mente obstinada é minha benção e desgraça. É meu foguete e meu carrasco. Um técnico cruel difícil de calar. Então, quando eu encontro um limite (algo que não depende de mim, que está além das minhas forças, algo ilógico), eu tenho muita dificuldade de parar, respirar e dizer 'é a vida'. Não é de mim se conformar e aceitar o descontrole das coisas. Meu espírito é de guerra, é cansativo. Isso, óbvio, é intensificado por um mercado/mundo que nos trata como descartáveis e mina a certeza do que nós somos, nossa autoestima, a cada dia

É um dos últimos circos que preservam a tradição e repertório de teatro circense. São peças dos anos 1890, 1910, 1920... peças que não estão escritas, são aprendidas pela oralidade. Eu vou para lá fazer essas peças. A trupe ensaia de tarde e se apresenta à noite. Eu também devo desempenhar outras funções no circo, como vender balão e maçã do amor, que deve ser meu maior talento. Eu preciso urgentemente ficar longe da Zona Sul, das corporações, de gente importante, de assessoria de imprensa e todas essas fantasias (necessárias, mas) que não sou eu.

Eu sou assim meio intenso mesmo. Não vem querendo me consolar não que me dá vergonha."