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Colunas / Gabriel Perline / substância ilícitas

Gilberto Gil admite o uso de drogas aos 82 anos: "Expansores de consciência"

Gilberto Gil admite o uso de drogas aos 82 anos e detalha sua experiência com a maconha. A declaração foi feito após a descriminalização no Brasil

O artista contou mais detalhes das drogas que já usou - Reprodução/Niclas Weber
O artista contou mais detalhes das drogas que já usou - Reprodução/Niclas Weber

Gilberto Gil completando 82 anos na última quarta-feira (26) e chamou a atenção ao revelar mais detalhes de sua experiência com o uso de entorpecentes, principalmente a maconha. O artista começou a usar a cannabis durante a juventude e precisou diminuir a frequência diante de esforços "físicos e mentais" que o consumo exige.

"Dentre os hábitos da minha geração, um deles era as experiências com expansores de estados de consciência, então eu acho que estava de acordo, compatível com um momento da vida, a minha idade, o meu impulso daquele momento (...) Durante muitos anos experimentei a cannabis, o peiote, o ácido lisérgico, a ayahuasca, experimentei vários transformadores, expansores de consciência; porque, afinal de contas, estavam na pauta. Eram coisas pautadas pelo meu povo", disse em entrevista à Revista Breeza, especializada no universo da cannabis.

O pai de Preta Gil e Bela Gil admitiu que não abandonou o uso da droga em seu dia a dia: "Eu não tenho nenhum impulso, nenhuma vontade de forçar os processos de transformação da realidade através de situações mentais porque não tenho vontade disso, não tenho mais. Não tenho inclusive energia suficiente pra isso".

"As transformações de estado de consciência através de substâncias… É uma exigência, pelo menos pra mim, pra minha pessoa e condição, é uma coisa de muita exigência física, exigência mental, então não tenho gosto, não tenho ímpeto e nem coragem pra fazer esses exercícios de expansão mental tão exigentes", concluiu.

No dia anterior ao aniversário de Gilberto Gil, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou a descriminalização do porte da maconha para consumo próprio no Brasil. A medida, no entanto, não permite o livre comércio da erva e nem a legalização do plantio, apenas condiciona que a pessoa que for pega portando a maconha para consumo próprio não será criminalizada por isso.