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Famosos / ACEITAÇÃO

Gretchen abre o jogo sobre como foi aceitar homossexualidade de Thammy Miranda: “Muito difícil"

Em transmissão ao vivo, mãe e filha conversam sobre processo de aceitação da homossexualidade e ressignificação do sexo de Thammy

Redação Contigo! Publicado em 02/07/2020, às 09h46 - Atualizado em 06/07/2020, às 19h37

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Gretchen abre o jogo sobre aceitar homossexualidade de Thammy Miranda - Reprodução/Instagram
Gretchen abre o jogo sobre aceitar homossexualidade de Thammy Miranda - Reprodução/Instagram

Na última quarta-feira, 1, Maria Gretchen e o filho Thammy Miranda fizeram um bate-papo ao vivo nas redes sociais e conversaram sobre aceitação, mas principalmente sobre a homossexualidade de Thammy e sua transição de sexo.

O ator começou questionando a mãe sobre a aceitação de sua homossexualidade e, por sua vez, Gretchen respondeu dizendo que não foi nada fácil:

"Muito difícil. Porque você engravida de uma menina, você ganha uma menina, por alguns anos você tem uma filha que você enche de lacinho, de vestidinho, de sapatinhos de boneca, e de coisinhas de menina. E com o tempo você vai vendo que não é mais ou menos isso que está acontecendo. Na minha época, muito antiga, você dizia 'é uma menina-moleque', como eu. Eu sempre fui uma menina-moleque, eu jogava futebol na escola com os meninos, eu nunca gostei de brincar de casinha, eu nunca brinquei de boneca, mas eu sempre fui feminina. E era assim que eu enxergava você: como eu, uma menina que gosta de coisas de menino, como eu era".

Em seguida, Thammy relembrou de uma situação em que, com 4 anos, pediu para fazer xixi em pé e aproveitou para perguntar para a mãe sobre como ela encarou o pedido:

"Então, eu estava grávida de um menino. Então, quando eu ganhei esse menino, você: 'Ai, você gosta mais de menino, então eu quero fazer xixi em pé porque menino faz xixi em pé'. Era como se você tivesse ciúmes do seu irmão, mas na verdade não era. Para mim, naquela época, que não entendia nada, a gente não tinha esclarecimento que tem hoje, era uma menina que tinha ciúmes da gravidez da mãe de um menino, e que queria ser um menino para a mãe gostar mais. Mas aí você já dava indícios que você não era uma menina. Mas, na minha ignorância naquela época, era isso".

Gretchen contou que quando Thammy tinha 15 anos ela já tinha uma desconfiança de que as coisas não eram bem como ela acreditava ser. Nessa mesma idade, ela chegou a perguntar para o filho se ele gostava de mulher e a reação foi de negação:

“Quando eu perguntei pela primeira vez 'Thammy, você gosta de mulher?', você falou 'Você está louca! Imagina! Onde já se viu eu gostar de mulher?! Você está me chamando de sapatão!'”, disse Gretchen.

"Quando a gente está passando por isso você não quer aceitar que você é diferente. Eu estava me descobrindo. Esse negócio de aceitação é tão louco que eu estava num conflito comigo mesmo do tipo 'eu não sei se só gosto de mulher, se me gosto de mulher e me sinto um homem' porque existem muitas mulheres que gostam de mulher e não precisam fazer essa transição, são mulheres até femininas muitas vezes, que nem lésbica ‘mais machinho é’. E a questão comigo não era só gostar de mulher. Isso era a minha sexualidade, mas era mais louco na minha cabeça porque meu gênero não condizia. Eu me sinto um homem, mas eu sou uma mulher".

Thammy chegou a explicar a dificuldade que teve de se entender também: “Nem eu sabia o que estava acontecendo comigo mesmo. Então eu imagino você, como mãe, porque se eu, que estou sentindo na pele, não sabia o que estava acontecendo, imagina você como mãe e ainda mais em uma época que não se falava disso”.