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Famosos / EMOÇÃO

Avassaladora, carreira de Paulo Gustavo será lembrada pela criatividade de seus personagens e afeto de suas criações

Com uma cartela de personagens marcante e um humor ácido e debochado, ele deixa vazio no humor nacional

Redação Contigo! Publicado em 04/05/2021, às 22h15

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Avassaladora, carreira de Paulo Gustavo será lembrada pela criatividade de seus personagens e afeto de suas criações - Reprodução/TV Globo
Avassaladora, carreira de Paulo Gustavo será lembrada pela criatividade de seus personagens e afeto de suas criações - Reprodução/TV Globo

É impossível que você não tenha sorrido ao ver algum dos personagens de Paulo Gustavo na última década. Seja na TV, no cinema ou no teatro, o humorista se consagrou com um estilo peculiar, uma cartela de criações que fugia dos clichês e um texto ácido, mordaz.

Engana-se quem pensa que a trajetória do ator foi das mais fáceis. Nascido em 30 de outubro de 1978, em Niterói, RJ, o ator foi revelado na Casa das Artes de Laranjeiras em 2005, instituição da qual saíram grandes nomes do gênero como Fábio Porchat e  Marcus Majella. Ao mesmo tempo, ele já lotava teatros menores com a peça "Surto", primeira oportunidade em que subiu no palco como a icônica Dona Hermínia, que futuramente se tornaria a protagonista da peça e filme Minha Mãe É Uma Peça.

O ator deixou o elenco de "Surto" e passou a integrar a peça "Infraturas". Nesse período também começou a fazer pequenas participações na TV, como na novela Prova de Amor, da Record, e na série A Diarista, da Globo. Essas experiências menores deram ao ator a versatilidade de um veterano.

Em 2006 estreou "Minha Mãe é uma Peça", em que alçou ao estrelato a personagem baseada em Déa Lúcia, mãe de verdade do humorista. Além de conquistar o público, a peça foi adaptada ao cinema em uma das mais rentáveis produções brasileiras neste século - o terceiro longa, lançado em 2019, foi visto por mais de 11 milhões de pessoas.

Em 2011, Paulo Gustavo se tornou apresentador do 220 volts programa de humor da Multishow. Apresentado em um palco de teatro e abordando situações inusitadas, constrangedoras e cômicas do cotidiano, a atração apresentou ao público novas criações do artista, como as inesquecíveis Marisa Enfizema, uma fumante incorrigível, e Senhora dos Absurdos, personagem em que ele mostrou que também sabia fazer humor político. Ainda na Multishow, o ator participou de seriados como Vai que Cola e A Vila, neste fazendo dupla com com Katiuscia Canoro.

Com Monica Martelli protagonizou os longas Os Homens São de Marte... E É Pra Lá que Eu Vou, em 2014, e a continuação, Minha Vida em Marte, em 2018. Sucessos de bilheteria, os longas mostraram que o ator também sabia ser escada para seus amigos brilharem.

Aos 42 anos, o ator foi internado com Covid-19 no dia 15 de março de 2021 e teve uma piora no quadro seis dias depois, quando foi intubado e passou para a respiração mecânica.

No dia 2 de abril, uma nova complicação obrigou a equipe médica a recorrer à Oxigenação por Membrana Extracorpórea, um recurso adicional que funciona como um pulmão artificial. No final de abril o ator também passou por uma transfusão de sangue após uma nova complicação.

Na última segunda-feira (3), a equipe reduziu os sedativos. Ele chegou a acordar e ter contato com familiares. “Após a redução dos sedativos e do bloqueador neuromuscular, o paciente acordou e interagiu bem com a equipe profissional e com o seu marido", dizia o boletim emitido na data. O ator, porém, sofreu uma piora súbita em que foi diagnosticada uma embolia.

No final de 2020, Paulo Gustavo estreou nas telas da TV Globo com um especial de final de ano de seu 220 Volts. Ao encerrar o especial, ele desabafou."Esse ano serviu pra mostrar que a gente não vive sem a graça, sem o humor. O humor, ele salva, transforma, alivia, cura, traz esperança pra vida da gente", declarou ele. "Eu faço palhada, você ri, eu fico realizado aqui, de coração cheio", completou o humorista.

Hoje, são nossos corações que ficam um pouco mais vazios.