Alvo de críticas, atriz deixou posto no governo 77 dias após ser empossada; ela agora chefiará a Cinemateca de SP
Apenas 77 dias depois de ser empossada, Regina Duarte deixa o cargo de secretária especial da Cultura do governo de Jair Bolsonaro.
O anúncio foi feito pelo próprio presidente da República na manhã desta quarta-feira (20) em vídeo publicado no seu perfil do Twitter. Segundo o chefe do Executivo, a atriz será realocada para chefiar a Cinemateca de São Paulo.
"Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em São Paulo. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias", escreveu Bolsonaro.
Ao lado do presidente, Regina comemorou a mudança. "Acabo de ganhar um presente, que é o sonho de qualquer profissional de comunicação, de audiovisual, de cinema e de teatro, um convite para fazer cinemateca que é um braço da cultura em São Paulo. Ficar secretariando o governo na cultura dentro da cinemateca. Pode ter presente maior do que isso?", disse ela, que chegou a ser pressionada pela própria família a deixar o cargo.
A passagem de Regina pela pasta foi marcada por polêmicas e um processo de 'fritura' interna — promovido sobretudo pela ala mais ideológica do governo.
No início do mês, a agora ex-secretária foi duramente criticada pela classe artística após uma entrevista para a CNN Brasil. No ar, ela minimizou a tortura do período da Ditadura Militar e se irritou com uma das repórteres ao ser questionada sobre sua posição no governo.