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Famosos / DESABAFO

Aos 55 anos, Ana Paula Padrão posa de biquíni em foto sem filtros e rebate críticas à exposição: "Sou vaidosa"

Jornalista disse que já evitou publicar fotos de biquíni para manter uma imagem de seriedade

Redação Contigo! Publicado em 27/01/2021, às 13h54 - Atualizado às 13h54

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Ana Paula Padrão: desabafo - Reprodução/Instagram
Ana Paula Padrão: desabafo - Reprodução/Instagram

Aos 55 anos, a apresentadora e jornalista Ana Paula Padrão surgiu em um clique raro de biquíni nas redes sociais nesta terça-feira (26).

Na legenda da imagem, ela publicou uma reflexão sobre o direito de poder publicar aquilo que bem entender. Ela contou que durante muito tempo se privou de determinadas publicações com medo de duvidarem da seriedade de sua carreira. 

 "Parece um conceito ultrapassado, mas ainda assombra tantas de nós a ponto de construirmos uma persona pública que nem sempre nos representa. Essa persona tem que ser mais austera, menos bem-humorada, mais sisuda. Ela não usa cores fortes, não tem pernas, não usa salto agulha e nunca vestiu um biquíni na vida! Ela não é uma mulher equilibrada, não tem vida pessoal, não se diverte e, se já passou dos 50, como eu, ficou invisível", disse ela em um dos trechos do desabafo.

Apresentadora do sucesso MasterChef Brasil, a profissional é um exemplo e se reinventou na carreira após os 40 quando deixou a formalidade do jornalismo em busca da leveza do entretenimento.

Leia o desabafo na íntegra: 

Conversando com amigas mais novas e bem sucedidas em suas carreiras, mulheres que admiro e que tenho como exemplos, compreendi o quanto ainda carregamos, inconscientemente, em censura e desconforto quando se trata de autoimagem. Vamos falar de mim: caí, um sem número de vezes, na armadilha do “pra ser competente tem que ser séria.” No dicionário machista, séria é igual a vestida-dos-pés-a-cabeça, sem sorrisos, sem vaidades. E o oposto tb é verdadeiro nessa cartilha: uma mulher considerada bonita aos olhos dos homens não teria a menor chance de ser competente o suficiente para construir seu próprio caminho profissional. Parece um conceito ultrapassado, mas ainda assombra tantas de nós a ponto de construirmos uma persona pública que nem sempre nos representa. Essa persona tem que ser mais austera, menos bem-humorada, mais sisuda. Ela não usa cores fortes, não tem pernas, não usa salto agulha e nunca vestiu um biquíni na vida! Ela não é uma mulher equilibrada, não tem vida pessoal, não se diverte e, se já passou dos 50, como eu, ficou invisível. Pode ser muito eficiente. Pode ser produtiva. Contanto que seja invisível. Bom, agradeço aqui a todos os movimentos, individuais e coletivos, de mulheres, que trabalharam para nos dissuadir dessa patrulha cultural - em especial o movimento feminista negro. Posto essa foto em homenagem a todas as amigas lindas, profissionais incríveis, mães, amantes, pessoas que trabalham muito e tiram férias, que vão à festas, que viajam, que têm colegas e amigos, que têm dores e felicidades, que pegam chuva e tomam sol, mulheres que são inteiras porque a vida não é e não deve ser a expectativa que os outros têm de nós, mas aquilo que escolhemos ser. Posto hoje essa foto de mim no meu melhor personagem, desempenhando o papel de mim mesma, num lugar em que me sinto confortável, com pouca roupa porque faz calor e de chapéu porque sou vaidosa e cuido da pele do rosto. Passei filtro 50. E volto a trabalhar em breve nos trajes adequados ao ambiente. E em cada uma dessas situações quem define o melhor a fazer sou eu. E, todos os dias, cada uma de nós. Combinado, amigas?