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Gabriela Mag expõe relação com os seus fãs: "Tenho um certo medo”

Em entrevista exclusiva para a CONTIGO! Novelas, Gabriela Mag comenta sucesso em 'Sintonia' e 'Todas as Garotas em Mim' e expõe relação com fãs

CONTIGO! Novelas Publicado em 17/08/2022, às 05h48

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Gabriela Mag comenta relação com os fãs - Divulgação/ Edu Moraes
Gabriela Mag comenta relação com os fãs - Divulgação/ Edu Moraes

Sucesso nas redes sociais, Gabriela Mag estreou na TV aberta como Nicole, da série Todas as Garotas em Mim, da RecordTV. A atriz, que também brilha na série Sintonia, da Netflix, valoriza o reconhecimento, mas não cai no papo dos bajuladores de plantão.

A série "Todas as Garotas em Mim" foi seu primeiro trabalho na TV aberta, certo? Como foi encarar essa experiência?

"Por mais que Todas As Garotas em Mim seja uma série, ela foi gravada em um ritmo muito parecido com o de uma novela, já que todos os dias, de segunda a sexta, um novo episódio é lançado. Isso exige que sejam gravadas muito mais cenas em um só dia. Tendo a oportunidade de, tão cedo em minha carreira, participar de uma série em uma plataforma de streaming, um filme de carga bem política, o Coisa Pública, que vai concorrer a festivais e, agora, TAGEM, na TV aberta, percebo o quanto o formato, a plataforma e o público interferem diretamente desde o tipo de atuação até nos investimentos e resultado da obra."

Como foi a preparação para interpretar a Nicole?

"Devido à pandemia, nossas primeiras preparações foram on-line e, ao longo do projeto, contamos com o apoio dos preparadores. Também tivemos um trabalho de neutralização do sotaque, de forma que ficasse um pouco mais próximo do sulista. Algo que fez muita diferença no resultado final da conexão entre os personagens, fora o fato de que todo o elenco, praticamente, morou em um mesmo hotel por cinco meses. Funcionou quase como uma imersão e nos possibilitou um foco e uma troca muito maior."

Você começou a estudar sobre feminismo. De que forma esses conceitos se encaixaram na personagem de TAGEM?

"Por conta do meu alcance na internet, senti, desde cedo, o peso da responsabilidade e da pressão estética, que com a exposição e pessoas opinando constantemente em sua vida, triplicam. Tudo isso me fez amadurecer muito cedo, mas também desenvolver problemas como ansiedade, distorção de imagem e compulsão alimentar. Precisei ler, me informar e me espiritualizar para me curar. E foi assim que surgiu em mim o chamado de criar conteúdos pelos quais eu pudesse trocar minhas vivências e pensamentos com outras mulheres, nos unirmos, nos ajudarmos e, assim, encontrar um propósito de verdade nesse trabalho."

E como foi estrear em "Sintonia"?

"Em 2019 já assistia, me divertia e admirava a forma como a série retrata e dá oportunidades para a periferia. Em 2020, soube do teste para a Tally. Senti que era para mim, participei de cinco seleções e, quando vi, minha primeira vez num set foi em um dos maiores produtos brasileiros da Netflix. Cheguei à 2ª temporada nervosa e pouco experiente, mas fico realizada com a evolução da Tally da 2ª para a 3ª temporada."

De que maneira ambos os trabalhos impulsionaram sua vida profissional?

"Eu adoro o fato de a minha primeira personagem, Tally, ter sido uma influenciadora digital. Foi graças a esse trabalho que consegui me organizar e mudar para São Paulo para me dedicar à atuação. O mais legal de tudo é que muitas pessoas que começaram a torcer por mim lá atrás, ainda hoje vibram e me apoiam em cada conquista. Meu desejo é me expressar artisticamente, ser reconhecida pelo meu trabalho e por meio desse reconhecimento, dar voz e transformar as causas que me tocam."

Você se considera uma pessoa famosa?

"Hoje tenho noção do meu alcance na internet, da minha voz e das responsabilidades que isso me traz. Sei que há pessoas que se identificam e gostam do que faço, além da ligação especial com as minhas seguidoras mulheres com as quais, sem esconder a preferência, valorizo muito nossa troca e carinho. Ao mesmo tempo, ainda não consigo me chamar de “influenciadora digital”, prefiro dizer que sou uma criadora de conteúdo. Também não consigo chamar as pessoas que me acompanham de fãs, tenho um certo medo de ter pessoas que aplaudam qualquer coisa que eu faça. Prefiro o reconhecimento. Esse, sim, é importante para mim."

Muita coisa mudou desde que se tornou atriz?

"Além de saber que estou realizando o maior sonho da minha vida e perceber o quanto me doar para viver todas essas personagens está me transformando, o que mais mudou é que, agora, trabalho muito mais! Precisei focar para conseguir conciliar a vida de atriz e a de criadora de conteúdo, assim precisei ceder e deixar de sair, viajar, estar com minha família e amigos com a frequência que estava acostumada. Mas sei que estão felizes e orgulhosos por mim e sabem que este é o momento de agarrar as oportunidades."

Para os próximos meses, existe alguma novidade profissional?

"Agora, aproveitando a pausa das gravações de TAGEM, estou feliz por conseguir voltar a me dedicar mais ao meu trabalho na internet. Nos próximos meses, estarei de volta a um set de gravações, só não posso contar o projeto por enquanto. Neste ano de eleições, também teremos a estreia oficial do meu primeiro longa, chamado 'Coisa Pública', que carrega diversas mensagens políticas muito atuais. Ainda farei participação em uma série em que tive a honra de interpretar uma artista brasileira que acompanhei desde minha infância."

Quais seus desejos para o futuro de sua carreira?

"Vou contar um segredo: se eu pudesse escolher, confesso que só faria cinema. Gosto de como o tempo e o aprofundamento são mais valorizados e trabalhados na hora de fazer um filme. Ainda quero estudar muito e fazer outras produções importantes, que tratem mensagens fortes e transformem o meio. Também sonho em estudar e atuar lá fora, em breve."