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Ronnie Von: pai, mãe e avô para sempre

A história do apresentador, que assumiu as rédeas da casa e a criação dos filhos após o fim do primeiro casamento, já é conhecida... Mas saiba como ele vive hoje, aos 71 anos, após o sucesso 
na juventude, e o que aprendeu com a vida

Por Mariana Silva Publicado em 07/05/2016, às 12h01 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Ronnie Von recebe a CONTIGO! em sua casa, no Morumbi, São Paulo - Rogério Pallatta
Ronnie Von recebe a CONTIGO! em sua casa, no Morumbi, São Paulo - Rogério Pallatta
O dia das mães é uma das datas mais esperadas por Ronnie Von, 71 anos. “Minha menina sempre me dá um cartão que diz ‘Feliz Dia das Mães, papai’”, conta ele ao lembrar da primogênita, a chef de cozinha Alessandra, 45. Com todo seu charme e elegância, o apresentador do programa Todo Seu (TV Gazeta) recebeu a CONTIGO! em sua casa, no Morumbi, em São Paulo, e falou com muito carinho da época em que assumiu a guarda dos dois filhos, Alessandra e Ronaldo, 44, após o fim de seu casamento com a jornalista Aretusa Nogueira, em 1978. A experiência que mudou sua vida deu origem ao livro Mãe de Gravata, fato pelo qual é lembrado até hoje. Casado há 30 anos com Maria Cristina Rangel, 60, a Kika, pai de Leonardo Von, 28, e avô de Stefano, 22, Enzo, 16 e Georgia, 13, Ronnie garante: “Fui uma mãe tão ou mais competente quanto uma mulher”. Confira o bate-papo!
 

COMEÇO CONFUSO “Eu fiquei em uma situação que não chegava a ser dramática, mas algo bem perto disso. Embora minha mãe tivesse ensinado que um cavalheiro deveria cumprir as obrigações domésticas para ser considerado educado, no começo foi muito difícil. Inicialmente, busquei solução na literatura. Comecei a criar dois monstros. Então fui do ‘pode tudo’ para o ‘pode nada’ e aprendi com meus erros. Não é difícil, é bom senso. Errei muito, mas percebi que a gente só vai para a frente quando erra.”

TEMPO PARA DESCOBERTAS “A vida é feita de opções. Chegou um tempo em que precisei optar entre criar meus filhos ou seguir carreira pelo mundo. E eu escolhi. Optei por ser mãe. Descobri que a presença física era muito importante. Descobri que precisava fazer pelo menos uma refeição do dia com eles. O momento na mesa era onde eu os descobria.”



Pausa para o café...

ATÉ VOCÊ, RONNIE? “Acho que o mais pesado foi quando eu comecei a ver o mundo com olhos de mulher. Estava sozinho, cuidando de casa e com duas crianças. Comecei a cozinhar, a gostar de renda, bordado e roupa de cama. Sofri preconceito até de amigos. Nunca me esqueço da vez em que eu estava todo empolgado, porque tinha comprado uma toalha nova de mesa. Decidi mostrar para uns amigos que tinham vindo jantar. Os caras olharam um para o outro e soltaram: “Ronnie, até você jogando água fora da bacia?” Foi aí que bandiei de vez para o time das moças, afinal, em uma roda de homens, o que tinham para me oferecer eram negócios, futebol, mulher... E, poxa, eu tinha dois filhos para criar, casa para cuidar. Meu negócio era falar com as moças!”

ADMIRAÇÃO “Eu era do tipo que passava o dedo no móvel para saber se estava bem limpo. Admiro, hoje, a atividade de dona de casa. A mulher consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo, a determinação feminina ultrapassa todos os níveis. Elas são muito mais inteligentes, mais espertas, mais tudo... Nós, os homens, é que somos idiotas. Não dá nem para mascar chiclete e andar ao mesmo tempo, porque senão a gente cai. Ser homem e fazer duas coisas ao mesmo tempo não dá! Esse talvez seja o meu grande gancho. Comecei a me envolver tanto com mulher, que comecei a admirar e a gostar mais ainda de mulher (risos).” 

O PRIMEIRO ABSORVENTE “Já tinha explicado tudo para minha menina com a ajuda de um livro (A Enciclopédia Britânica) que mostrava a anatomia humana. Então ela sabia. No ano seguinte, aos 10 anos, Alessandra menstruou pela primeira vez. Eram 2h30 da madrugada quando ela gritou: ‘Papai, papai!’, e eu já entendi o que era. Assustei, mas tiramos de letra. Fomos juntos à farmárcia, compramos o que precisava e, como era importante para ela, abri uma garrafa de champanhe para brindarmos. Ela tomou só um dedinho. Eu terminei a garrafa, lógico. A gente fica meio assustado, né (risos)?”

DE GALHO EM GALHO “Eu namorei bastante. Minha filha vivia dizendo que eu era que nem macaco, que fica de galho em galho procurando o que fazer. Com a Kika, no entanto, foi diferente. Eles pediam: ‘Papai, namora a Kika só um pouquinho!’ Ela é a única que eles aceitaram como mulher e, hoje, estou casado há 30 anos com a minha melhor amiga. Foi uma coisa muito natural. Tanto na vida deles, como na minha.”

ELA VEIO PARA FICAR “Não tenho adjetivos suficientes para a Kika. Não vejo minha vida sem ela, de jeito nenhum! Sem chance. Ela é o amor da minha vida. Ela é minha vida. Sou doido por essa gordinha linda. Costumo dividir minha vida em AC e DC: Antes de Cristina e Depois de Cristina.”


Ronnie e a mulher, Maria Cristina Rangel, a Kika

TOTALMENTE DO LAR “Eu raramente saio de casa. Se você me vir na rua, ou é a trabalho ou por amizade. Se quiser me dar uma surra, faça isso, mas não me chame para uma festa. Eu detesto festa. Qualquer tipo de festa. ‘Ah, mas você não vai a meu evento?’ Não, eu não vou. Eu não gosto de sair de casa. Meus prazeres são muito simples: saio para ver uma boa peça, um musical... Até ia ao cinema, mas agora montei um aqui em casa para não precisar sair mais. O que eu gosto mesmo é de receber gente.”

ALIMENTO PARA A ALMA “Hoje sou um homem muito mais rico emocionalmente, sem dúvidas. Os problemas todos que tive, seja a adolescência da Alessandra, as peraltices do Ronaldo, os preconceitos que enfrentei... Sabe, isso alimenta a alma. Tudo na vida é muito efêmero e vai passar. Aquilo que não passa é perene, é eterno. Família é isso, não tem como fugir. Para mim, a verdade maior é a família e eu vivo em função da minha.”