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Reynaldo Gianecchini: "Quero ser um pai cinquentão"

Não foram só o cabelo e a barba que o galã mudou para viver Pedro, o protagonista de A Lei do Amor (Globo). Estão diferentes também sua concepção sobre a vida espiritual e filhos. “Eu quero ser um pai cinquentão”

Por Tainá Goulart Publicado em 12/12/2016, às 15h02 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Reynaldo Gianecchini, o Pedro de A Lei do Amor - Fotos: Martin Gurfein
Reynaldo Gianecchini, o Pedro de A Lei do Amor - Fotos: Martin Gurfein
O sorriso contagiante de Reynaldo Gianecchini, não desaparece sob a barba farta e o cabelo comprido e ligeiramente bagunçado. Talvez, o visual de Pedro, protagonista de A Lei do Amor (Globo), seja a transformação mais rústica e diferente que o ator tenha feito em todos os 16 anos de carreira. “Foi normal me ver barbudo no espelho! Não tenho o menor problema em mudar, tive fios brancos, compridos, cachos... Talvez eu ainda queira ter o cabelo platinado, acho que ficaria bem diferente em mim”, revela. Para chegar à aparência de um velejador que ficou 20 anos sob o sol forte, em mar aberto, Giane conta que foram necessários cerca de cinco meses de testes com várias tintas. “Eu já fiquei ruivo, muito loiro, mais moreno... Toda semana eu preciso pintar o cabelo e a barba e são pelo menos umas cinco tintas diferentes para chegar neste resultado.”Além do visual, outras novidades têm movimentado sua vida. Mano, um buldogue francês de 6 meses, presente de um amigo, veio para despertar novos sentimentos. “Sempre gostei de cachorro, mas nunca tinha espaço ou tempo. E agora deu certo! Ele abriu um espaço no meu coração, pois é quase um filho, e comecei a pensar bem melhor no assunto de ser pai.” Confira, a seguir, trechos da entrevista à CONTIGO!.

É legal ser legal “Essa novela está sendo interessante, fazer uma nova leitura do que é ser mocinho. Nos tempos de hoje, de caos e coisas absurdas, é legal ser um cara legal! É como se eu estivesse ajudando a resgatar alguns valores que já não existem mais! E vai de encontro com minha vida pessoal, o momento bom que estou vivendo.”

Trabalhando com os Ídolos “Eu nunca tinha trabalhado com esses grandes nomes como Tarcísio Meira, Regina Duarte e José Mayer e é um prazer enorme para mim. Eu cresci admirando o talento deles e fico observando como eles atuam. Eles vêm de uma escola incrível, já chegam com texto decorado, eles são um poço de conhecimento pra gente! Não tive medo de contracenar, não!”
Nova Geração “O Chay Suede e a Isabelle Drummond são ótimos representantes dessa nova geração de atores. Eu e o Chay trabalhamos de perto, fiquei muito impressionado com o talento dele. Ele realmente faz parte dessa geração contemporânea de atores, que vem completa e com vontade de trabalhar. Ficamos muito amigos e até brinquei que iria ficar difícil de pegar esse papel depois do trabalho que ele fez. A primeira fase foi impecável.”


Versão rústica, sem vaidade “Não tenho apego nenhum a esta questão de vaidade. O que acho engraçado, nessa mudança toda de visual, é ver a opinião das pessoas, que se dividem em dois extremos: as que gostam dessa versão rústica e as das que não me imaginam sem aquela carinha limpa, do começo da minha carreira (risos)! Eu não tenho esse julgamento do que é mais bonito ou mais feio. Na verdade, sou aberto ao novo.”

Feliz anos 40! “Eu só vejo vantagens de ter chegado aos 40! Essa época é uma bênção para o homem. Ele ainda tem vigor, porém, com uma cabeça tão tranquila, relaxada, com muita coisa resolvida! Eu me sinto mais bonito, estou de bem com o que eu me tornei, com a vida que tenho.”

Abrindo o coração “Depois dos 40 e da minha doença (Giane teve um linfoma não Hodgkin, em 2011), estou em busca do meu autoconhecimento. Tenho prestado muita atenção ao que tem despertado meu coração. Dei uma desacelerada para poder olhar melhor para o que eu tenho sentido, que sentimentos estão em mim. E, claro, tenho aberto mais o coração, deixando o amor fluir.”

Um pai cinquentão “Eu nunca tive planos de ter filhos, a minha alma sempre foi muito do mundo. No entanto, depois de o Mano, o meu buldogue francês, chegar, muita coisa mudou. Sempre gostei de cachorro, mas nunca tinha espaço ou tempo. E agora deu certo! Ele abriu um espaço no meu coração, pois é quase um filho e comecei a pensar bem melhor no assunto de ser pai. Só que não será agora. Eu quero ser um pai cinquentão, mas isso só vai depender se eu achar a pessoa certa. Se me apaixonar e tiver uma companheira, talvez anime. Não gostaria de ter uma produção independente. Adotar também seria uma ótima alternativa, mas não é a hora ainda.”


Ilusão da paternidade “Tem muita gente que não tem noção do que é ser pai de verdade e muitas têm essa visão romântica bem estranha. Eu quero estar preparado para poder amar e cuidar do meu filho, sem ter que deixar com babá. Desejo criar um ser humano legal para este planeta!”

Solidão boa “Faz tempo que eu estou sozinho, sem um relacionamento. Tenho umas historinhas gostosas, que nunca evoluíram para algo mais sério. Porém, eu respeito esse meu tempo. Eu senti essa necessidade de ficar sozinho e vejo isso como uma solidão normal e benéfica. O ser humano é solitário e, quando você está à beira da morte, como eu estive, isso é mais nítido ainda.”

Preguiça de ter um casinho “Não tenho medo de estar sozinho e não tem aparecido ninguém! Eu acho estranho as pessoas acharem que é tão fácil para eu arrumar alguém. Achar uma conexão com alguém, que valha a pena, não vai acontecer só porque eu sou bonito. Tenho preguiça de ter um caso raso com alguém. Relacionamento é uma das coisas mais desafiadoras do mundo!”

Balada no Netflix “Eu já fui muito baladeiro e até ficava triste quando pensava que, mais velho, não teria energia para as festas. Hoje, eu até agradeço que isso esteja acontecendo, pois estou numa fase tão caseira, quase um bicho do mato (risos)! Faço muitos jantares para os meus amigos em casa, amo ficar deitado no sofá vendo filmes alternativos no Netflix. Ainda não tenho tempo de ver essas séries famosas, por causa das gravações da novela, mas a última que acompanhei foi Sense8. Estou louco para ver a segunda temporada!”

Mistura de sentimentos “A internet é um território onde as pessoas exercitam suas frustrações, ignorâncias, carinhos, amor. É um liquidificador de sentimentos e eu não dou muito peso para nada. Leio tudo com um distanciamento saudável. Não deixo esses comentários maldosos me influenciarem. Tenho os meus objetivos e desejos muito claros e corro atrás deles.”

Viajar de barco? Acho que não! “Meu contato com a vela foi para compor o Pedro. Nunca tinha navegado antes e foi uma experiência incrível. Eu e o Chay fizemos algumas aulas juntos e foi bem divertido aprender os segredos do barco, ficar em alto-mar... Não sei se usaria esse meio de transporte para viajar, pois é muito trabalhoso para uma pessoa leiga, como eu. Prefiro os meios mais tradicionais mesmo (risos)!”

Nova viagem “Quem sabe, depois da novela, eu conheça mais alguns lugares da Ásia, que me encantou muito na minha última estadia lá. É um lugar que tem muitas filosofias parecidas com a minha, pois estou em constante busca de uma conexão com o divino. Ficaria um ano lá, com certeza!”

Totalmente curado “Em fevereiro, eu comemoro cinco anos do meu transplante e isso significa a cura total da minha doença. A cada dia que passa, eu agradeço por ter tido a oportunidade de estar aqui, vivo e saudável. Agora, eu não vou precisar mais fazer exames de seis em seis meses. Mas, mesmo assim, vou continuar cuidando de mim, usando os produtos mais naturais possíveis e procurando ser uma pessoa cada vez mais equilibrada.” 

Mano

Uma foto publicada por Reynaldo Gianecchini (@reynaldogianecchini) em