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Priscila Steimann encontrou a paz na prática do Lian Gong

A atriz é adepta da prática corporal e fez dela sua meditação diária. Ela, que fez a série Questão de Família (GNT) e está em cartaz no teatro com Rita Formiga, ensina que o segredo para viver em harmonia é não lutar contra a corrente

Por Ligia Andrade Publicado em 26/06/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Priscila Steimann está em cartaz com o espetáculo Rita Formiga - Fotos: Fabrizia Granatieri
Priscila Steimann está em cartaz com o espetáculo Rita Formiga - Fotos: Fabrizia Granatieri
Depois de emendar três trabalhos como roteirista na Globo, Priscila Steinman, 28 anos, percebeu que era hora de instigar os sentidos e se aprimorar como atriz. E foi durante um workshop que conheceu o sistema de prática corporal Lian Gong. O exercício diário dura 15 minutos e já virou um hábito. “É a minha meditação. Ajuda a esvaziar a ansiedade, respirar melhor, me concentrar e a alongar suavemente minha musculatura. São movimentos leves e contínuos”, destaca ela, que viveu a advogada Laura na série Questão de Família (GNT). A personagem foi a sua primeira protagonista na TV e ela tirou o desafio de letra. “O que mudou foi a rotina de gravação, que, inevitavelmente, se intensifica.” Por conta desse trabalho, Priscila estudou Direito e encarou as artes marciais – a atriz nunca tinha visto uma luta sequer na vida! “Fiz aula de muay thai, treinei com o campeão Adaylton Freitas e conversei com o Minotouro. O mais difícil foi aprender a lutar. No começo, não sabia como seria, mas depois de ver no ar, fez tudo valer a pena”, recorda. Com 1,66 metro e 54 quilos, a atriz fez dieta e acabou ganhando massa muscular por conta dos treinos. “Meu peso aumentou, até meu pescoço deu uma engrossada, fiquei com corpo de lutadora. Porém, com o tempo, voltei à minha rotina e ao meu biótipo original.” 

Com 1,66 metro e 54 quilos, ela faz ioga há nove anos

Priscila não é apegada à imagem que vê refletida no espelho. Ano passado, por exemplo, precisou mudar o cabelo quatro vezes para fazer diferentes trabalhos. “Não me acho uma pessoa vaidosa, por essência mesmo. Não tenho o hábito de sair maquiada. Faço coisas que me dão prazer. Em termos de cuidados estéticos, comecei a usar algumas máscaras faciais caseiras e adoro o resultado da pele mais macia”, entrega. De alma leve, espontânea e um pouco ansiosa, Priscila é adepta da ioga há nove anos e faz análise há quatro. “É um constante exercício”, atesta ela, que se identifica com os ensinamentos de sua religião, judaica, e reza em hebraico quando medita ou mentaliza algo. “Meu humor é típico, rio de mim mesma. Adoro dançar também, é uma necessidade, desde sozinha em casa, com os amigos ou em um show.”

Encontro de amor
Há quase quatro anos com o diretor Vinícius Coimbra, 45, Priscila o conheceu em uma palestra, por acaso. “Sentamos um do lado do outro e começamos a conversar. Ele me chamou para sair e estamos juntos desde então”, conta. Para ela, o amor e admiração caminham juntos nessa relação. “Vinícius é um grande artista, além de ser um homem especial e que me faz muito bem. Somos companheiros, sócios da nossa produtora, conversamos sobre tudo. O que acho interessante é que gostamos desde ficar em casa de bobeira e ver, por exemplo, um documentário do Werner Herzog, até viajar para lugares exóticos, como Mianmar, China... Somos aventureiros!” A maternidade é um sonho acalentado. “Alimento a vontade de educar os filhos que ainda vou ter e criá-los melhores para o mundo”, opina.
Judia, a atriz reza em hebraico quando quer mentalizar algo e medita diariamente

Atriz desde os 9 anos, Priscila aprendeu a viver em harmonia, sem pensar muito no futuro, focando mais no presente. Desde que mudou de atitude, os ventos sopraram mais a seu favor. “Conduzo minhas realizações como se as visse através de um rio. Não adianta ir contra a corrente. Estudei, me formei em duas faculdades com bolsa de estudos por bom desempenho, pesquiso, corro atrás, trabalho muito e as conquistas se tornam naturais.” Em cartaz com o espetáculo Rita Formiga, no Teatro Poeirinha, no Rio de Janeiro, a atriz se emocionou com a história de Domingos Oliveira, 80, desde a primeira vez que a leu. O monólogo, uma comédia, fala sobre uma mulher libertária e independente, nos anos 1960. “E o feminismo é isso, é poder exercer o seu potencial sem o impedimento alheio. Sou assim. O nosso arquétipo social é desigual. Devemos desmistificar e naturalizar o feminismo de forma que os padrões sejam atualizados e inseridos em nossos hábitos”, conclui.