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Nívea Maria desabafa sobre depressão e comemora nova fase "Não busco mais aplausos de ninguém"

Aos 70 anos, a atriz celebra a fase tranquila após viver uma depressão, uma grave internação hospitalar e até mesmo o que chama de período de libertinagem tardia

por Tatiana Ferreira Publicado em 28/10/2017, às 17h30 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Nívea Maria abre o coração para CONTIGO! - Cadu Pillotto
Nívea Maria abre o coração para CONTIGO! - Cadu Pillotto

Há dois anos, a atriz Nívea Maria, 70 anos, a doceira Henriqueta de Tempo de Amar (Globo), enfrentou um grave problema de saúde. “Tive um edema de glote e fiquei fora do ar, em outra dimensão. Não senti nada, não sofri, mas quase morri”, contou ela, que ficou cinco dias desacordada na UTI. Totalmente recuperada, ela hoje tem uma certeza: não foi à toa. “Estava fazendo a novela Além do Tempo. Quando penso neste momento, acredito cada vez mais que não vale sofrer por bobagem. Quero mais é tranquilidade e ser feliz”, garante. 

Durante entrevista no hotel Windsor Marapendi, Rio de Janeiro, Nívea fez questão de demonstrar essa leveza que hoje marca seu dia a dia. Além da doença, ela já havia enfrentando outro período muito difícil, quando se separou do diretor Herval Rossano (1935 - 2007), há 17 anos. Na época, lutou contra a depressão, a insegurança profissional e “enlouqueceu com uma libertinagem tardia”, como define. “Com a minha idade e 54 anos de profissão, o que quero é dar continuidade ao meu trabalho, porque sei a importância que tenho. Não busco mais aplausos de ninguém, faço isso por mim”, diz a atriz.

Terapia “Assim como a Henriqueta, adoro cozinhar. Sempre gostei, mas hoje, mais do que nunca, vejo a tarefa como uma terapia. Depois que a gente chega a uma certa idade, algumas atividades normais ou ditas de mulheres do lar, como fazer uma faxina ou uma comidinha gostosa, se tornam prazerosas”.  

Depressão “Sofri de depressão exatamente no momento em que fui separada do Herval, como eu digo. Não optei por isso. Passei por esta crise pessoal e não percebi. Meus filhos que me alertaram e me levaram ao médico, onde vou até hoje. A doença tira a vontade de comer, dormir, olhar e conversar. A gente acha normal passar três dias em casa trancada, sem tomar banho e acredita que é suficiente aquela cama ou aquele sofá para você ficar parada, olhando para parede. Estava me apagando”. 

Renascimento “E não foi apenas crise pessoal. Tive inseguranças, medo de me tornar inútil dentro da dramaturgia. As coisas não são muito a favor de atores da minha idade. Os temas, as histórias giram em torno de relações mais jovens, problemas da atualidade. Normalmente, a pessoa que tem mais de 50 anos não é protagonista destas histórias. Mas quando fui designada a fazer a Maria, de A Casa das Sete Mulheres (2003, Globo), tive a oportunidade de resgatar o prazer da minha profissão. Consegui os aplausos que precisava”.

Viva a adolescência “Casei e comecei a trabalhar cedo e, por isso, sempre fui muito disciplinada. Decidi ser adolescente rebelde já com uma certa idade. Tinha alguma estabilidade financeira e me permiti fazer coisas que não fiz quando tinha a idade adequada para cometer determinadas loucuras”. 

Libertinagem tardia “Tomei porres, namorei, viajei sozinha...coisas que todo mundo faz. Conheci gente fora do Brasil, porque aqui tinha a consciência de ser pessoa pública. Poderia ser mal vista pela libertinagem tardia que decidi viver. Foi um momento meu, precisei me permitir e depois passou. Ainda bem que tinha amigos ao meu lado sempre, praticamente anjos da guarda, que me alertaram e protegeram para que não acontecesse o pior”.   

Sexo “Minha libido continua aqui, com certeza! O sexo é animal. O tesão é algo que todo mundo precisa para desafogar o seu fogo interno. E se tiver amor, maravilhoso, mas às vezes não tem. Sexo é vontade. O amor pode até vir junto. Você faz sexo sozinha, pessoas usam objetos! Isso é uma depravação? Claro que não! São apenas os hormônios e a libido à flor da pele.