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Mônica Martelli é complexa, intensa e bem-humorada!

Em cartaz com a nova peça Minha Vida em Marte no Rio de Janeiro, a atriz fez do seu divórcio um texto repleto de reflexões divertidas. Namorando há cinco meses o empresário Marcelo Augusto, ela afirma: “Sei exatamente o que eu quero do meu lado”

Por Tainá Goulart Publicado em 14/06/2017, às 20h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Mônica Martelli está com nova peça no Rio de Janeiro - Fotos: Julia Rodrigues e Brazil News
Mônica Martelli está com nova peça no Rio de Janeiro - Fotos: Julia Rodrigues e Brazil News
As mulheres são tão complexas que rendem um monólogo. O meu, então, é gigante!”, brinca Mônica Martelli, 49 anos. Na verdade, para a atriz e apresentadora do Saia Justa, no GNT, não é apenas um, mas vários textos. E foi partindo do princípio de que tinha muita coisa para falar, principalmente depois do fim do seu casamento de 10 anos com o produtor musical Jerry Marques, 59, com quem tem Júlia, 7, que ela decidiu escrever sua segunda peça, Minha Vida em Marte, em cartaz no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. “Estou divorciada há quatro anos e esse distanciamento me permitiu falar com propriedade. Nos dois primeiros anos, eu apenas vivi o luto e a volta para a vida normal e, nos últimos dois, escrevi o texto. E o tempo é legal para escrever tudo com humor e não com tanta mágoa”, revela ela, que está namorando o empresário Marcelo Augusto, 42, há cerca de cinco meses. “Nunca me relacionei com homem mais novo e mais alto do que eu e é uma maravilha. Meus ex-companheiros eram, pelo menos, dez anos mais velhos. Mas, como homem não amadurece mesmo, eu resolvi mudar (risos)”, brinca. A seguir, confira alguns trechos da entrevista à CONTIGO!.

SÓ ADELE SALVA NO LUTO “Eu estava muito ansiosa para voltar ao palco e falar sobre casamento e escolhi o humor, pois é uma maneira leve de ver a vida. O luto é necessário e faz bem. Amo chorar, coloco um disco da Adele (cantora inglesa) e desabo no quarto, é um período muito intenso. Imagina eu, que estava casada havia 10 anos, com uma filha linda, fui traída e não vou chorar? Não posso achar que está tudo bem logo no dia seguinte. Você precisa ter o tempo de falar mal, de acompanhar a vida da pessoa nas redes sociais, de enxugar as lágrimas...”

SEM ARREPENDIMENTOS “Me separar foi a melhor coisa que eu fiz. Quando termina o relacionamento, você vê todo o seu futuro e seus planos saindo pela porta e isso machuca. E a minha nova peça trata disso, de uma mulher lutando pelos sonhos com o marido, mesmo com todos os sinais de que o casal está quase no fim.”

Com a filha Júlia e, ao lado, o namorado Marcelo Augusto. “Se um dia a minha filha me dissesse que é transexual ou lésbica, simplesmente, ela teria meu apoio”

FRACASSOS SE TORNAM PÉROLAS “Estou quase nos 50 anos e o que mais vejo de benefícios é o autoconhecimento. Cada relação que eu tenho, dor, amor... Eu aprendo muito de mim. No Tibete, as pessoas evoluem meditando, mas aqui, no ocidente, a gente evolui se relacionando com os outros, é dividindo contas, brigando… Os meus fracassos amorosos são as minhas pérolas hoje.”

TRAIÇÃO “A minha traição doeu muito, pois a gente imagina tudo que provavelmente não existe. As redes sociais são péssimas, você já imagina os dois trocando alianças em Nova York e não é isso. A intimidade com outra mulher é o pânico. Mas, eu sabia que aquilo poderia acontecer, pois nosso casamento estava de mal a pior. Para ter uma noite de amor com ele, eu tinha que me pendurar na Torre Eiffel quase.”

SALTO ALTO “Tudo que eu já passei nessa vida me leva para um outro lugar, sei o que é bom para mim e sei exatamente o que eu quero do meu lado. O Marcelo é paulista e nos conhecemos no Rio de Janeiro, por conta de uma amiga em comum. O legal é que ele é maior do que eu e isso nunca tinha acontecido antes. No primeiro dia que saímos, ele me mandou uma mensagem falando que poderia usar salto e eu já queria casar (risos). ”

Como salvar um casamento? Essa e outras perguntas são respondidas por Mônica Martelli em sua nova peça, Minha Vida em Marte, em cartaz no Rio. “Faço terapia há 20 anos e acho que entendi um pouco da coisa”, brinca ela, 
que também é apresentadora do Saia Justa, GNT

EDUCAÇÃO EMOCIONAL “Tento conversar com a minha filha aos poucos, sobre assuntos adequados à idade dela. Tudo pode, se ela quiser! Esse é o meu maior ensinamento e o lema da educação emocional dela. Sou de uma geração que viveu abusos sem saber, eu transei com meu primeiro namorado sem querer e isso foi um estupro. Não tinha essa consciência, mas a Júlia vai crescer com ela.”

APOIO TOTAL “Se um dia a minha filha me dissesse que é transexual ou lésbica, simplesmente ela teria meu apoio. Quero o amor para minha filha, que ela seja amada e possa amar também. As mães criam uma expectativa natural de que a menina seja heterossexual, faz quarto de rosa para menina e azul para menino. Mas, a felicidade não tem cor e é isso que eu busco e ensino para a Júlia.”

MEIO SÉCULO “Ano que vem, eu terei vivido meio século. Não me assusta, mas a sensação é que estou indo para a última etapa da vida. Já começo a plantar sementes para daqui 20 anos só e não consigo pensar tanto para depois. A vida é assim, envelhecer, porém, sei que estou vivendo exatamente como imaginei e como eu gostaria.”