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Mocinha? Bianca Bin conta que sua personalidade não é tão bondosa assim...

A atriz, que vive a Maria de Êta Mundo Bom!, confessa: “Tenho um lado vilão que escondo das pessoas”

Por Tatiana Ferreira / Fotos: Ramon Vasconcelos / TV Globo Publicado em 24/07/2016, às 12h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Bianca Bin - Fotos: Ramon Vasconcelos / TV Globo
Bianca Bin - Fotos: Ramon Vasconcelos / TV Globo


Apesar da aparência delicada, Bianca Bin é dura na queda! Fragilidade ela deixa para as mocinhas que ocupam boa parte de seu currículo. “Meu lado boazinha predomina, mas tenho um lado vilão que escondo das pessoas. São as máscaras sociais que a gente veste. Não sou hipócrita de dizer que não tenho as minhas”, analisa. Com um lado brincalhão, sua gargalhada pode ser reconhecida de longe. “É uma herança da minha mãe (Silvia Bin). Quando ela começava a rir, morria de vergonha, e hoje me vejo fazendo igual”, admite. No ar na novela das 6, Êta Mundo Bom!, como Maria, Bianca contracenou pela primeira vez com o marido, Pedro Brandão, que fez uma participação nos primeiros capítulos como Leandro, seu par romântico, que a engravidou e morreu no terceiro capítulo – é com ele que ela dividiu também este ensaio para a CONTIGO!. “Acho que se fosse um outro ator teria feito uma cena melhor (risos). Ele também não ficou feliz, achou que podia ter dado mais”, confessa ela, que vem roubando a cena na trama.


Como foi contracenar com Pedro?

Foi só uma participação. Mas devo dizer que foi difícil. Intimidade demais, às vezes, atrapalha. Se nós tivéssemos uma novela inteira para trabalhar, seria mais fácil. Mas como era só um dia para acertar e fazer bem feito, as cenas geraram nervosismo e ansiedade. Estamos juntos há cinco anos e a nossa afinidade é tão grande que a gente divide tudo, inclusive o nervosismo. Mas estamos na fase do acolhimento, de se perdoar, de entender que isso não vai definir nada e nem a carreira de ninguém.


Você está de novo com cabelos castanhos após fase loira. Prefere assim?

Eu me gosto mais morena. Mas não só por causa da aparência, o loiro que usei para fazer a Vitória de Boogie Oogie (2014) dá muito trabalho, tem de ter muita disposição. E, para mim, ainda é um pouco penoso. Não sou o tipo de mulher que gosta de passar hidratante ou usar máscaras para a pele. Não tenho esse tipo de cuidado comigo. Confesso que preciso ter mais. Sou um pouco descuidada.


As mocinhas predominam em sua carreira. Não tem medo de rótulos?

A gente tem um perfil, não tem como vender outra coisa. Sou uma menina de 25 anos e TV é o que você “imprime”. Não tem como batalhar por personagens distantes de mim. Acho que tem de aproveitar o momento. Se estou com esta carinha, se dá para fazer mocinha bem, eu quero mais é que elas venham. E para mim sempre tem um diferencial, por mais que seja a heroína romântica, cada uma tem uma história, uma família. Não tem como ficar igual.



Qual o diferencial da Maria?

É uma heroína romântica, uma feminista, uma personalidade à frente de seu tempo. Fez a escolha de ter um filho em uma época dificílima, em que mulheres grávidas solteiras eram classificadas como prostitutas, eram muito discriminadas pela sociedade. Eu admiro. Estou vendo ela forte, não estou vendo ela frágil. Para fazer uma escolha dessas, com 20 anos, nos anos 1940, tem de ser uma grande mulher.


Teve alguma inspiração?

Assim como para a Amélia (Joia Rara, 2013), na Maria uso muito minha avó, Terezinha, 82, como inspiração. Agora é aposentada, mas costurou uma vida inteira para criar cinco filhos, uma guerreira muito batalhadora da década de 1940.


E você, quando terá filhos?

Eu falava que quando fizesse 26, mas agora está tão perto que estou repensando. Quero fazer tanta coisa... Viajar com meu marido e estudar fora. Sou nova, tenho tempo, dá para esperar.


Quem quer mais filhos, você ou Pedro?

Nós temos muito desejo de sermos pais. Ele é muito paternal, inclusive comigo. Tem essa coisa de cuidado, proteção, como meu pai tem comigo. Queremos muito, mas agora adotamos o Francisco, vulgo Chicão, um buldogue francês. Estamos tão apegados que ele dorme com a gente (risos). Vou curtir bastante ele e depois faço um neném. Pedro também me enrola, porque é muito mais responsável do que eu. Sabe que este não é o melhor momento.



Quer uma família grande?

Gostaria de uma família grande como a minha é. Encher uma casa e deixar o ambiente alegre, gosto disso. Sinto falta da minha família, dos almoços. Por isso, quero voltar a morar em São Paulo, mais perto deles. Só em falar, meus olhos brilham e meu coração bate mais forte. Em casa sou eu, Chicão e Pedro. A família dele é de Brasília. Somos um pelo outro aqui no Rio e os dois pelo cachorro (risos).


Faria uma personagem em comédia?

Sou muito escandalosa e também adoro arrancar risadas das pessoas, mas na minha família fico meio para escanteio, porque tem palhaços melhores do que eu... Minha família é italiana, escandalosa, fala alto, faz piada e brincadeira até com quem não tem intimidade. Minha mãe é que fala que iria me dar bem, mas não sei. Acho tão difícil o tempo para o humor. Na vida posso ser até um pouco engraçada, mas, para fazer graça, é muito sério e tem de ter muita competência.


Êta Mundo Bom! acaba em agosto, quais os planos para depois?

Quero tirar pelo menos 15 dias para viajar com Pedro. Ainda estamos vendo o destino. Em novembro, já começo a gravar Novo Mundo, novela das 6 prevista para estrear em abril. Serei Domitila, amante de Dom Pedro, papel de Caio Castro.


Mudando de assunto... como é a sua relação com o espelho?

Eu me vejo como uma garota de 25 anos que tem muito o que aprender. E, esteticamente, sempre tem uma coisinha ou outra que a gente não gosta. Eu me cobrava demais, me chicoteava demais, sabe? Mas a gente tem de se amar. Se não nos acolhermos, quem irá?