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Marco Luque é o cara!

Dono de personagens hilários, o comediante se destaca no cenário humorístico e fala da nova fase na TV, da inspiração de seus personagens e confessa que gosta de fazer piada com si próprio

Por Mariana Silva Publicado em 06/08/2016, às 21h30 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Aos 42 anos, Marco Luque integra o time do Altas Horas, na Globo - Fotos: Gustavo Arrais e Reprodução Instagram
Aos 42 anos, Marco Luque integra o time do Altas Horas, na Globo - Fotos: Gustavo Arrais e Reprodução Instagram
Sabe quando você encontra uma pessoa tão divertida que o simples fato de olhar para ela o faz rir? Assim é Marco Luque. Aos 42 anos, o humorista viu sua vida profissional mudar completamente após ser convidado por Serginho Groisman para integrar o time do Altas Horas, na Rede Globo, no início do ano. “Foi, de longe, uma das melhores notícias que recebi em toda a minha vida. Se não for a melhor. É como se concretizasse um sonho”, revela, sem poupar elogios ao apresentador. “Eu e o Serginho somos amigos de longa data. Tenho um enorme carinho e consideração por ele, é como se fosse da família. E, acima de tudo, enxergo na figura dele uma espécie de mentor, uma pessoa na qual procuro me inspirar”, completa.

Essa é a primeira vez em que Luque tem a oportunidade de apresentar, de fato, seus personagens na TV aberta. Antes, o humorista fazia parte da bancada do programa CQC – Custe o Que Custar, na Band, que chegou ao fim em dezembro de 2015.
A nova experiência nas telinhas abriu o leque para o nascimento de outros personagens e que rapidamente caíram nas graças dos espectadores. Tanto que, em junho, Marco saiu como vencedor na segunda edição do Grande Prêmio Risadaria Smiles do Humor Brasileiro, na categoria Grand Prix/Escolha do Público. “Estou vivendo meu melhor momento. Sempre quis fazer algum trabalho com meus personagens, mas nunca tive abertura para isso. Desde o ano passado venho alimentando com vídeos meu canal no YouTube, mas trazê-los para a TV aberta, definitivamente, impulsionou esse boom em minha carreira. O momento atual me traz ainda mais motivação para continuar trabalhando na criação de novas piadas e de novos personagens”, conta.


Há aproximadamente 13 anos na carreira humorística, Marco usa o dia a dia como principal inspiração. “Gosto de brincar com situações que circundam o nosso cotidiano e, acima de tudo, de fazer piadas comigo mesmo. Penso que o humor deveria, de alguma forma, estar presente na rotina de cada pessoa. É fundamental para que possamos levar uma vida mais leve e alegre”, diz.
Atualmente, o ator já reúne mais de dez criações, entre elas, Mustafary, um rastafári apaixonado pela natureza, que ficou famoso durante o encontro com um cachorro, o “ser-humaninho Demônio”, na praia. O vídeo ultrapassou a marca de 1 milhão de visualizações. “Não havia me programado para que aquilo acontecesse e não esperava esse enorme sucesso que fez na web. O vídeo acabou se tornando um viral e foi compartilhado em diversos países. A situação acabou sendo inusitada, porque diversas pessoas não conheciam o nome do personagem. Aliás, sequer associavam a figura a um personagem. Então, diversos vídeos foram sendo compartilhados com títulos como ‘um hippie na praia e seu cachorro’. Foi muito engraçado (risos).”  

Humor da paz
Longe de qualquer tipo de polêmica, o comediante acredita que seu trabalho funciona como uma forma de conversar com o público sobre assuntos necessários, sem ofensas. “Precisamos fazer humor com respeito e sem ofensas. Mas acredito que podemos e devemos falar sobre qualquer assunto. Não cabe a mim ter um papel para escolher o tema. Acho que cada um sabe qual o seu limite para fazer humor. Mas eu, particularmente, evito entrar em assuntos polêmicos, como política e religião, por exemplo. Também evito fazer humor que possa, de alguma forma, soar ofensivo a alguém”, explica.


Com quase 5 milhões de seguidores nas redes sociais, Marco revela que a internet e, principalmente, os fãs, são os grandes propulsores do humor atual. “Acho que o calendário deveria ser modificado para a seguinte forma: A.I. (Antes da Internet) e D.I. (Depois da Internet) (risos). A internet revolucionou não apenas a maneira como divulgamos, mas também como produzimos conteúdo. E essas mudanças também acabam influenciando na forma como trabalhamos para produzir conteúdo na TV aberta. O legal também é a abrangência de usuários da internet, o que permite difundir o meu trabalho para qualquer lugar do planeta”, conclui ele, dizendo ainda que, no humor, o segredo para não cair na mesmice é ser sempre original. “Eu procuro evoluir, buscar coisas novas e diferentes, mas sem usar muitas referências do que está sendo feito. Não gosto de me basear no que as outras pessoas estão fazendo para não correr o risco de copiar. Prefiro manter a originalidade e fazer as coisas da própria cabeça. Assim, tenho mais chances de surpreender.” 

Em agosto, Marco encara um novo desafio e inicia as gravações do longa O Homem Perfeito, com direção de Marcus Baldini. O filme marca sua estreia nos cinemas e traz o comediante como o protagonista Rodrigo, que viverá um triângulo amoroso com os personagens de Luana Piovani e Juliana Paiva. Além disso, ele segue com trabalhos em rádio, TV e internet e, em breve, pretende retomar os projetos nos palcos. “É muito gratificante, pois consigo atingir vários públicos diferentes, levando o meu humor para divertir essa galera”, conta.


Em família
Nem a família escapa das piadas de Marco. Até quando está trabalhando, o humorista faz questão de reservar um período do dia afim de curtir a companhia da mulher, Flávia Vitorino, 34, e das filhas, Isadora, 5, e Mel, 3. “Procuro não marcar nada na parte da manhã para ficar com a minha família e praticar atividades físicas. Mas minha rotina é normal, só o fato de não gostar de videogames já ajuda muito”, brinca. E engana-se quem pensa que os outros “filhos” de Luque dividem a atenção com as meninas da casa. “A Isadora e a Mel se divertem, brincam com as minhas perucas. Elas veem que é daquela forma que realizo as filmagens com os meus personagens. Minhas filhas também têm suas fantasias de princesas, então encaram superbem”, diz.

Quando não está caracterizado, o humorista confessa ser tranquilo e, ao contrário do que acreditam, não viver por aí fazendo piada o tempo todo. “Eu me defino como um cara divertido e bastante ligado à família, que gosta de estar com os amigos, de preparar um churrasco em casa. Sou uma pessoa normal, um cara feliz com a vida e que procura viver da melhor forma possível, sendo responsável, parceiro e carinhoso”, garante.