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Exclusivas / Multifacetado

João Côrtes avalia vantagens de uma carreira sem contrato fixo: "Liberdade"

No ar em todos os streamings, ator João Côrtes celebra momento único da carreira e valoriza liberdade; leia

Leandro Fernandes Publicado em 04/08/2022, às 06h55

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João Côrtes celebra liberdade de carreira sem contrato fixo - Divulgação/Angelo Pontes
João Côrtes celebra liberdade de carreira sem contrato fixo - Divulgação/Angelo Pontes

O ator João Côrtes está em um momento único da carreira: livre de contratos fixos com emissoras, tem séries e filmes em exibição nos principais streamings do Brasil.

Entre a série Passaporte para a Liberdade, super produção da Globoplay, e os filmes O Segredo de Davi e Eu Sou Mais Eu, na Netflix, João domina as telas fora do esquema das novelas mais comum aos artistas nacionais.

"Construção de carreira leva tempo, exige dedicação, estratégia e resiliência... As oportunidades foram surgindo ao longo dos anos, e cada um desses projetos me atraiu por um motivo diferente, e surgiu de maneiras diferentes também", explica. 

A liberdade de não estar preso a um contrato fixo e exclusivo com uma emissora é decisiva: "Eu prezo demais por essa liberdade. Meu foco é em seguir construindo uma carreira diversa, múltipla, flexível. Onde eu possa trabalhar com dinamismo, seja no teatro, na TV, cinema, streamings. Isso me enriquece culturalmente, me potencializa, me traz repertório. Gosto da ideia de ser um artista multifacetado e me envolver em projetos internacionais também faz parte disso. É onde estou colocando energia nesse momento".

Nas diferentes produções, João encara gêneros praticamente opostos: O Segredo de Davi é um suspense, enquanto Eu Sou Mais Eu é uma comédia estrelada por Kéfera Buchmann. O ator vê essa multiplicidade como reflexo de um aquecimento do mercado: "Estamos em um momento riquíssimo do nosso audiovisual, apesar de todos os desafios. Nunca houve tanta coisa sendo produzida ao mesmo tempo", analisa.

"Várias plataformas de streaming produzindo conteúdo, longas, séries, minisséries, o público voltando aos teatros... Isso sem contar as co-produções internacionais, que vêm sendo cada vez mais comuns. É lindo ver e participar desse movimento".

No ano de 2021, ele também lançou o curta-metragem Flush, que escreveu e protagonizou ao lado de Nicolas Prattes. Em 2018, dirigiu o longa Nas Mãos de Quem Me Leva. O desejo de atuar por trás das câmeras era antigo: "Eu sempre gostei de escrever, tenho vários roteiros escritos, alguns pela metade, outros são apenas ideias no papel... Mas foi em 2018 que eu decidi escrever meu primeiro longa, e em 8 meses eu tinha um primeiro tratamento nas mãos".

"Ser diretor foi extremamente desafiador, ainda mais em um longa 100% independente, sem ajuda de custo ou lei de incentivo. São muitas funções em um cargo só. Muitos chapéus. Eu desbravei um mundo novo, senti na pele a tamanha responsabilidade de ser o líder criativo de um projeto, cresci muito no âmbito pessoal e profissional. E foi maravilhoso", relembra. 

Em alta, o famoso busca projetos que o façam se apaixonar, não se limitando à natureza do personagem: "Hoje, mais do que nunca, topar entrar em um projeto vai muito além de uma personagem bem escrita, tem a ver também com quem está envolvido na criação. Quem dirige, quem escreve, quem produz, quem está no elenco... Tudo conta".

SOBRE A SEXUALIDADE

Em 2020, João Côrtes aproveitou o Dia do Orgulho LGBTI para assumir publicamente que é gay.

Em seu perfil nas redes sociais, João contou que começou a perceber que era gay quando tinha por volta dos 14 anos, mas que na época era ‘um leve impulso’, ‘uma sensação’:

“Era um sentimento abstrato e distante. Nunca soube o que fazer com aquilo. Então eu dobrei e guardei em uma caixinha, embaixo do meu caos emocional. Ninguém liga para isso mesmo… E escondi de mim, dentro de mim, por anos e anos, na esperança de que isso se tornasse cada vez menor, e menor. E o que era distante ficava cada vez mais presente, o leve e ingênuo impulso se transformava em vergonha”.