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Estrelando a sexta fase de 'Gênesis', Michelle Batista elogia ritmo da novela: "Não dá tempo das pessoas cansarem"

Em entrevista, a atriz relembrou personagens de sua carreira e defendeu complexidade de Lia, seu papel na novela bíblica

Julia Palmieri

por Julia Palmieri

jpalmieri@editoracaras.com.br

Publicado em 31/05/2021, às 15h18

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Estrelando na sexta fase de Gênesis, Michelle Batista revela detalhes de sua personagem Lia e relembra carreira - Fernanda Cândido
Estrelando na sexta fase de Gênesis, Michelle Batista revela detalhes de sua personagem Lia e relembra carreira - Fernanda Cândido

Estrelando na sexta fase, “Jacó”, da novela Gênesis, da Record, Michele Batista contou em entrevista exclusiva para CONTIGO! mais detalhes da sua personagem Lia e o triângulo amoroso que ela participa na novela bíblica da Record TV.

Além disso, a atriz falou sobre personagens marcantes de sua carreira como a prostituta de luxo Magali, em O Negócio, e Maria Antônia, de Amor Sem Igual, vítima de abuso sexual.

LIA EM 'GÊNESIS'

A superprodução da Record é baseada no livro da Bíblia Gênesis e conta a história da criação do mundo em 7 fases, desde o Adão e Eva até o período de escravidão do povo hebreu no Egito.

“A Lia é uma personagem muito importante para mim, porque ela é uma personagem que fala de fé. Desde o começo de sua trajetória as pessoas desacreditavam muito dela. Sempre a tratavam com inferioridade sem acreditar no seu potencial e ela sempre teve muita fé na vida, fé que as coisas iam melhorar, e confiança nela mesma”, conta Michelle Batista.

Em Gênesis, Lia se apaixona por Jacó, que fica interessado pela sua irmã, Raquel. “Desde que a Lia conhece o Jacó algo muda dela. Então ela fica muito interessada pelas coisas que ele diz e acredita. Mas o Jacó fica absolutamente encantado pela Raquel”, conta a atriz.

O casamento da Lia com o Jacó acontece inicialmente pelas artimanhas do pai dela, o Labão, porque ele quer que a filha mais velha case primeiro. Por engano, ele se casa com Lia, mas continua apaixonado pela irmã. Depois, ele casa com a Raquel e tem uma segunda esposa.

Apesar da trama criar um triângulo amoroso, Michelle Batista explica que isso não cria um confronto entre as personagens: “Em nenhum momento a Lia alimenta essa rivalidade entre as irmãs. É claro que elas têm alguns problemas familiares e têm coisas mal resolvidas entre elas, mas nos momentos que a irmã dela precisa, a Lia está sempre ali para ajudar”.

Diferente de Lia, Raquel tem uma relação mais ciumenta e conflituosa com a irmã. Segundo a atriz, a dificuldade de relacionamento entre as duas não é pela rivalidade com Jacó. Elas não estão disputando um homem, e sim enfrentando outros problemas, como a rejeição da família.

“Lia acredita que o que é dela vai chegar. Ela está procurando um propósito e um sentido maior na vida. E a vida coloca Jacó no caminho dela de uma maneira torta, que ela não esperava, não planejava”, conta Michelle Batista sobre sua personagem.

Ainda sobre Gênesis, a atriz relembra que o contexto da novela é totalmente diferente do atual: “Naquela época os homens tinham várias mulheres, então não tem a cultura que a gente tem hoje. ‘Vai casar com a segunda esposa, isso vai causar uma rivalidade’. É realmente um costume, então esse debate não existia, era normal. A briga entre as irmãs é porque elas têm questões pessoais, familiares para se resolver. Problemas com o pai, com a família, problemas de aceitação, muito mais do que uma briga por um homem. Coisas muito mais profundas do que isso”.

Com sete fases, a novela Gênesis está sempre se renovando, trazendo novos personagens e também novos cenários: “A novela é enorme, mas de tempos em tempos tudo se renova, os atores mudam, a história caminha, o enredo avança.  Não dá tempo das pessoas cansarem ou desistirem porque a novela tem sempre muita novidade, tem sempre muita ação, personagens novos, histórias novas a serem contadas. É um desafio muito grande unir todas essas histórias e manter o público ligado o tempo inteiro. Mas eu estou realmente muito feliz com o resultado da novela que eu vi até agora”.

Reprodução/Record TV

MARIA ANTÔNIA EM AMOR SEM IGUAL

Na entrevista para a CONTIGO!, Michelle Batista também falou mais sobre alguns personagens em sua carreira que foram muito importantes  para a sua formação como atriz.

Em Amor Sem Igual, também da Record TV, ela interpretou Maria Antônia, jovem bipolar que é vítima de abuso sexual durante a novela. “Sem dúvida o maior desafio foi a questão da bipolaridade, das mudanças de humor.  Tinha cenas muito difíceis de fazer, mudanças bruscas, intensas. Mas, ao mesmo tempo, era a parte mais legal também, porque me deu a oportunidade de fazer cenas incríveis”, conta Michelle Batista.

Sobre as cenas de abuso sexual, a atriz revela: “Foi muito pesado para mim gravar essas cenas e falar sobre isso, mas eu entendo a importância. Começou a ir ao ar essa sequência bem quando a gente estava no começo da pandemia e os casos de violência doméstica aumentaram muito. Foi uma personagem que me exigia muito emocionalmente, mas foi incrível de fazer”.

Para ela, é essencial usar sua voz pública para trazer esses temas socialmente relevantes. “É muito importante a gente saber que tem lugares que as pessoas não sabem sobre isso. Não sabem que as mulheres têm direito, que a gente tem que denunciar quando tiver algum problema desse tipo. A gente tem que se unir, tem que se ajudar, tem que falar sobre feminismo, sobre rivalidade feminina”.

Reprodução/Record TV

MAGALI EM O NEGÓCIO

Totalmente diferente de Maria Antônia, Michelle Batista viveu a prostituta de luxo Magali, na série da HBO, O Negócio

“O Negócio é uma série super feminista porque fala de mulheres absolutamente empoderadas, que são donas dos seus próprios narizes, que fazem a sua escolha na vida. Elas não são garotas de programa por uma adversidade do destino, por algum problema familiar, por falta de dinheiro. Elas escolheram serem garotas de programa porque assim quiseram. Elas são mulheres inteligentes, bonitas, estudadas e que escolheram essa como profissão”, revela a atriz.

Diferente da maioria dos filmes e séries que abordam a prostituição, O Negócio mostra mulheres da alta sociedade estão seguras dessa escolha.  Elas não entraram nessa vida por falta de opção ou adversidades da vida. É um nicho mais específico de garotas de programa, mas que também existe. 

Comparando com sua personagem da novela Amor Sem Igual, Michelle Batista explica que viveu duas personagens completamente distintas: “A Maria Antônia era uma menina do interior com valores muito diferentes disso, era uma menina que queria casar virgem, que tinha outros sonhos, outros desejos. E ela foi vítima de um abuso sexual. Os traumas da Maria Antônia são muito diferentes. Ela não teria a maturidade para fazer as escolhas que as mulheres de O Negocio, que estão muito a frente no tempo dela, fazem. Ela jamais viveria essa vida. São mulheres distintas, são universos absolutamente dispares".

Para a atriz, viver Magali em O Negocio mudou drasticamente a sua carreira. “Até então as pessoas sempre me chamavam para fazer meninas, doces, fofas, um pouco mais parecidas com a imagem geral que as pessoas tinham de mim. A partir de O Negócio eu dei uma virada, eu comecei a fazer mulheres mais fortes, mais decididas, a personagem amadureceu junto comigo e isso foi muito importante. Fez com que o público pudesse ver um outro lado meu”

Uma das pioneiras das séries brasileiras, O Negocio é sucesso ao redor do mundo e foi exibido em mais de 50 países. A atriz, inclusive, recebe mensagens até em russo elogiando a produção. “Ver uma série brasileira, produto 100% nacional fazendo sucesso em tantos lugares é bom para gente, é bom saber que a gente faz produtos de qualidade. É um orgulho imenso. Eu amo essa personagem, foi um dos trabalhos mais prazerosos que eu já fiz, um elenco incrível, uma direção extraordinária, roteiro surpreendente”.

Reprodução/Instagram

CLANDESTINOS

Mais um papel especial para Michelle Batista em sua carreira foi a peça “Clandestinos” idealizada pelo dramaturgo João Falcão, que fez muito sucesso no Rio de Janeiro e posteriormente se tornou uma série da Globo. A história era sobre vários jovens de diversos lugares do Brasil que vieram para a cidade tentar a sorte como atores.

“São histórias lindas, tem vários atores incríveis que estão trabalhando. O João reuniu 14 ou 15 atores incríveis do Brasil inteiro e a gente fez uma peça que ficou em cartaz 5 anos. Isso para mim foi uma experiência incrível, eu guardo no meu coração com muito carinho, num lugar muito especial. Eu fico muito feliz toda vez que eu ligo a televisão e vejo meus parceiros de cena brilhando fazendo trabalhos incríveis, eu sinto um orgulho imenso”, conta ela.

INDIVIDUALIDADE 

Irmã Gêmea de Giselle Batista, que também é atriz, ela e a irmã já fizeram diversos papéis juntas. Para Michelle Batista, buscar a sua individualidade é muito importante, por isso, apesar de gostar de atuar com a irmã, ela acredita que cada uma deve trilhar seu próprio caminho. 

“A gente gosta de trabalhar juntas, a gente funciona muito bem juntas. Mas justamente para termos a nossa confiança e individualidade nas nossas escolhas pessoais, a gente gosta de trabalhar separado, eu tenho a minha carreira e ela tem a dela. Quando temos uma oportunidade que a gente acha que faz sentido, a gente se encontra”

Reprodução/Instagram

FUTURO

Sem planos específicos, Michelle Batista deseja fazer diversos novos trabalhos como atriz, principalmente no cinema. Ela também busca atuar personagens que a desafiem. “Eu gosto quando as pessoas me oferecem personagens diferentes da imagem que as pessoas tem de mim porque eu acho que isso me desafia, isso me tira do meu lugar de conforto e eu gosto de desafios, então eu adoro receber um personagem que a princípio não seria indicado para mim”.

Fernanda Cândido