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Eles querem seu like

Depois de estourar com uma música na novela I Love Paraisópolis, a Banda Uó revela o desejo de se tornar cada vez mais famosa. “A gente sempre quis ser grande”

Por Daniel Lopes Publicado em 03/01/2016, às 13h17 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Banda Uó - Daniel Lopes
Banda Uó - Daniel Lopes
Quem vê o trio de dois rapazes e uma moça se aproximando pela rua, nas suas roupas coloridas e cabelos volumosos, não imagina o desconforto que tiveram para tirar uma foto naturalmente divertida. “É tão difícil ter de fingir ser espontânea!”, lamenta Mel Gonçalves, 24 anos, apelidada Candy Mel, a responsável pelos vocais femininos da Banda Uó. O grupo, formado em 2010, não poderia estar mais realizado. Mel, Davi Sabbag, 26, e Mateus Carrilho, 27, saíram do cenário underground direto para as telas da TV aberta. A música Catraca (parceria com o funkeiro Mr. Catra, 47) foi tema da novela I Love Paraisópolis e serviu como o passo mais importante para que o grupo atingisse seu objetivo. “A gente sempre se projetou para aparecer na TV, ter música na novela, tomar café da manhã com a Ana Maria Braga...”, brinca Mateus. Amigos há 10 anos, desde que viviam em Goiânia, começaram a banda como uma brincadeira que ficou séria após a vitória de um prêmio da MTV, em 2011, o que os tornou mais conhecidos entre o público e resultou na mudança para São Paulo. “Eu digo que não nos mudamos, fomos vomitados aqui”, brinca Mateus. “Viemos com a cara e a coragem para fazer dar certo”, lembra Davi. E deu. O tal clipe vencedor, Shake de Amor, já acumula 2 milhões de visualizações no Youtube, assim como o hit da novela. O sucesso na internet catapultou o grupo em rede nacional. “Os autores nos convidaram para participar, disseram que a nossa música até os inspirou a compor os personagens e a história”, relembra Mel. 
PODE CANTAR ISSO?
Para os que ouvem a banda pela primeira vez, o sabor pode ser agridoce. “As pessoas estão desacostumadas. Elas nos ouvem e falam ‘pode cantar isso?’. Se chega algo que não está catalogado, ninguém entende”, opina Mateus. A sonoridade ‘Uó’ mistura elementos do axé, do funk e, ao lado de uma identidade visual cheia de cor e estilo, ganhou uma roupagem mais pop no novo disco, Veneno, lançado em setembro.



As letras, escritas pelos três, falam de temas de fácil identificação com qualquer jovem como as noites nas baladas ou a obsessão por curtidas nas redes sociais, como em Dá 1 Like, o novo single. “Nós acabamos servindo de inspiração, eles querem se espelhar nessa liberdade de falar sobre tudo, que é transgressora”, sugere Mel. De fato, não é todo dia que um grupo formado por dois rapazes gays e uma menina transexual consegue tanto espaço na mídia. “Sempre que aparecemos em algum programa, os fãs comemoram muito. Eles se enxergam ali”, conta Davi. Tudo é uma questão de representatividade. “A gente prega que ser diferente é legal. Ninguém precisa mudar porque os outros dizem que aquilo é errado”, conclui.