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Ele fez o Brasil tremer!

Rodrigo Lombardi parou o país com sua nudez em Verdades Secretas. Aqui ele confessa, entre outras coisas, que, após uma década de casamento, ama mais do que nunca sua mulher

Bia Amorim Publicado em 26/09/2015, às 00h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Rodrigo Lombardi - Alexandre Sant'Anna
Rodrigo Lombardi - Alexandre Sant'Anna
Logo na estreia, na segunda-feira (8), Verdades Secretas, nova novela das 23h, da Globo, foi imediatamente elevada ao assunto mais comentado do Twitter no Brasil. O motivo: uma cena em que o ator Rodrigo Lombardi, 38 anos, protagoniza uma noite de sexo com a personagem de Alessandra Ambrósio, 34.  Ele aparecia de costas, nu. Imediatamente, o bumbum do ator virou hit na web. O 'evento' não causou nem um pouco de ciúmes em sua mulher, Betty Baumgarten, 36, com quem está há dez anos. "É o trabalho dele. As mulheres merecem!", garante ela, bem-humorada. Juntos, eles têm um filho, Rafael, 7. Para viver o milionário Alex Ticiano em Verdades, Rodrigo se entregou a uma rotina intensa de ginástica funcional e treino de jiu-jitsu e perdeu mais de 12 quilos, deixando o shape sequinho e definido para as cenas que vêm incendiando o imaginário do telespectador. "Era para perder ainda mais, mas a minha estrutura é essa", garante ele, que sabe que seu corpo guardou a "memória estética" dos tempos em que jogava vôlei e de quando praticava dança. "Uma vez, passando pela rua, vi uma placa de sapateado. Entrei sem contar para ninguém em casa. Dizia que estava indo à padaria ou à casa de um amigo na hora da aula. Quando minha mãe (Rose) descobriu o sapato debaixo da minha cama, eu já dançava. E levei isso para minha vida", revela o ator, que fez o ensaio destas páginas no Centro de Movimento Deborah Colker, no Rio, lembrando os "velhos tempos" em que voava sobre o linóleo.

Como você está lidando com a repercussão do seu personagem?
Na verdade, não consigo acompanhar muito. Estou gravando o dia inteiro. E de noite fico em casa passando o texto. Não consegui sair na rua ainda, mas claro que sei que a novela está indo muito bem.


Mas e a repercussão do seu bumbum, que está sendo comparado ao de Paolla Oliveira, inclusive?
É tudo uma brincadeira que as pessoas fazem. Isso é normal. Óbvio que nunca imaginei isso, que o meu bumbum fosse ficar tão famoso. Quando gravamos a cena até pedi brincando: "Maurinho (Mauro Mendonça Filho, o diretor), me defende aí porque não tá legal. Dá uma melhorada". Acho que ele defendeu. Fez uma luz incrível (risos). A repercussão me surpreendeu muito porque não é isso tudo (rindo). E em casa não mudou nada. A Betty é muito bem humorada. Ela está se divertindo muito com tudo isso, não tem cíumes.

Já passou por situações de assédio como as de Verdades Secretas?
Na minha vida, não. Nunca presenciei nada e nunca me assediaram no começo da carreira. Eu vim de um lugar que nem tinha espaço para isso, do teatro de pesquisa, tenho as minhas raízes no Grupo Tapa. Antes de estrear como ator, fui contrarregra, varri palco, montava e desmontava cenários. A minha base era muito sólida. Eu sabia de onde estava vindo e que nada cai do céu.

Até hoje você segue essa máxima. Em dez anos de Globo, fez nove trabalhos. Você nunca tira férias?
Consigo desfrutar pouco daquilo que construí. Eu não sei se sei tirar férias. Só fui ter contrato longo na terceira novela da Globo. Não tinha férias, tinha era desemprego. Agora que eu posso, emendo um trabalho no outro.

Nada tira seu pé do acelerador?
Não, nem meu filho, que superentende.Eu é que me culpo. Rafa cobra, mas nasceu no meio da novela, no meio de tudo. Acho que cobraria mais se tivesse o referencial de um pai supertranquilo. Estou no momento mais produtivo da minha carreira, cada vez mais efervescente no sentido que me sinto mais maduro, que tenho uma calma maior para olhar e encarar um projeto de frente. É lógico que tem momentos em casa de reclamação, mas é o que temos. A gente sabe que de um lado cresce e de outro perde, não dá para ter tudo. O diálogo nesse sentido é primordial.

Como você consegue estar ligado em tudo e manter um casamento duradouro, mesmo sem tempo?
Não tenho essa vibe que a tecnologia traz. Faz dois meses que aprendi a anexar foto. Tenho Instagram há poucas semanas. Dizem que é ridículo eu não saber ligar um computador, mas isso me dá tempo para observar o estresse, a doença do século.


Como mantém seu casamento?
Minha relação se baseia na certeza do dia a dia. Todo dia eu saber que tenho uma companheira a meu lado, que entende meu processo de loucura, aguenta minhas falhas e vice e versa. Conviver é uma arte que você só aprende com o tempo. Para mim, esse é o sentido de se celebrar bodas. As pessoas falam: "Nossa! Cinquenta anos de casados? Troféu paciência pra você". Eu não acho isso. Sempre penso: "Caramba! Que relação sólida!". Estou casado há dez anos e não sou a mesma pessoa do começo. Estamos em constante ajuste. Com o tempo, você aprende que duas pessoas podem ser, sim, uma só. No meu casamento, somos uma pessoa, mas cada um com as suas individualidades.

Você pretende aumentar a família?
A fábrica está aberta (risos). Às vezes quero muito, mas tem horas que fico reticente. Penso se vai ter água quando meu filho nascer. O que me faz questionar é o mundo no qual vou inserir a criança e não o que vou deixar. Há oito anos eu tinha menos receio, porque existia vontade de ser pai. A única coisa que você pode é dar o seu melhor para mudar o mundo. Se forem lá em casa agora e entrarem no banheiro, tem quatro baldes em volta do boxe. A gente toma banho de perna aberta, com o balde embaixo. Essa água vai para algum lugar, nem que seja para dar descarga.


Seu personagem é da moda. Qual sua relação com esse universo?
Trabalhei com moda muito tempo. Meu pai (Ary, já falecido) era comerciante de malharia e cedo aprendi o que resiste ou não à moda. Meu estilo é clássico. Guardo coisas por dez anos e volto a usar. Sou simples: camiseta, jeans e um bom sapato. Isso não quer dizer que eu não me arrisque! Se você buscar minha imagem na internet vai ver que eu já errei feio (risos), mas é assim que a gente aprende!

O clássico é seu estilo de vida?
É uma herança cultural do meu pai. Me tornei artista porque me apaixonei por Billie Holiday, Glenn Miller, Frank Sinatra, os filmes dos anos 1930, 1950 e 1960. Como eu me alimentava disso, hoje a minha referência é essa. Também adoro a saga Star Wars e estou eufórico por mais um lançamento. Coleciono os bonequinhos dos personagens. Sou um nerd clássico (risos).