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Débora Nascimento e José Loreto: "Não somos um casal de novela"

Juntos há cinco anos, eles 
relembram o início do namoro e, apesar do casamento harmonioso, assumem momentos de crise na relação

Por Tatiana Ferreira Publicado em 12/06/2017, às 17h52 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Débora Nascimento e José Loreto - Chico Cerchiaro
Débora Nascimento e José Loreto - Chico Cerchiaro
José Loreto, 33, e Débora Nascimento, 31, são daqueles casais que dá gosto de ver. “De verdade”, como eles fazem questão de enfatizar. Gritam seu amor ao mundo, mas não escondem as divergências comuns em qualquer relacionamento. “Aqui não é casamento de novela”, diz Loreto, no ar em Os Dias Eram Assim (Globo). Juntos há cinco anos, eles se conheceram nas gravações de Avenida Brasil (Globo, 2012), mas, no entanto, garantem que o romance nada teve a ver com o envolvimento dos personagens Darkson e Tessália da trama de João Emanuel Carneiro, 47. “Não rolou maldade quando nos conhecemos. Ficamos amigos íntimos e até perceber o desejo que havia entre nós, tivemos uma relação de respeito, até porque, tanto eu quanto o José éramos comprometidos”, lembra Débora, de férias da TV desde o fim de Êta Mundo Bom!, em 2016.

Vocês estão juntos há cinco anos. Como se conheceram? 
Débora: Foi em um processo de preparação da novela Avenida Brasil. Na verdade, já conhecia o José de vista, mas ele nem lembra de mim antes da novela
José: Não lembrava mesmo. Quando me mostraram quem iria fazer a Tessália, achei bem bonita, mas até aí﷯ tudo bem, né? Eu namorava; ela era casada. Parceira normal.


Entre as promessas 
do casal, está renovar os votos da união todos os anos


O que mudou? 
José: Muitas coincidências da vida. Tínhamos duas cachorras com o mesmo nome: Brisa, o mesmo signo (Gêmeos) e maneiras de ver a vida parecidas. 
Débora: Essa história dos cães me chamou a atenção. Não é um nome muito comum. E a medida que íamos descobrindo nossas afinidades, a amizade ia solidificando. Até que, por ironia do destino, acabamos nossos relacionamentos na mesma época.

Quando perceberam que seriam mais que amigos?
Débora: Olhei para ele com um olhar diferente, quando percebi ele me olhando com desejo. Senti que algo mudou e aí me deu um clique. 
José: Não sei que hora olhei para ela exatamente. Ela diz que foi um estalo. Para mim, foi gradativo. Não queria me iludir e repetia todos os dias: é só uma amiga, é só muito cheirosa e bonita, mas ok! E, de repente, uma dança virou um abraço, um beijo e estamos aqui. 

Em 2015, fizeram uma cerimônia simbólica de casamento e, um ano depois, outra festa. Pretendem renovar os votos? 
José: A ideia é essa, mas não fazemos muitos planos. Há quatro anos, a pedi em casamento. Só dei um anel querendo tê-la como minha futura esposa, mas não sabia de qual maneira seria. Até que a gente noivou e, um dia, decidiu oficializar. Casamos entre nós, sem cerimônia, no meio do deserto de Abu Dhabi (Emirados Árabes). Um ano depois, para comemorar as bodas de papel, casamos no papel também em uma cerimônia nada tradicional na casa de um amigo (o ator Igor Rickli, 33)
Débora: No deserto, selamos uma união com um sentimento mútuo de todas as partes: eu, ele e uma energia do universo. Foi incrível. Minha família já imaginava que meu casamento não seria tradicional. Não foi surpresa para eles. Temos a ideia de celebrar nossa união todo ano, se possível. Casamento não precisa ser um só. 

Dia dos Namorados chegando, poderia ser uma oportunidade para celebrar...
Débora: Não temos apego à data. Não temos regra. Comemora-se quando dá. Isso traz um movimento para ter sempre uma lenha na fogueira.
José: Podemos comemorar um pouco antes, um pouco depois. Não temos obrigações. Estamos sempre nos presenteando e celebrando quando sentimos vontade.


No Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, José e Débora contam que, quando se conheceram, eram apenas bons amigos

Qual o lado positivo e negativo da vida a dois? 
José: O positivo é que você nunca está sozinho. O negativo é não me reconhecer como unidade. Deixamos de nos conhecer mais nitidamente. Viramos meio que um só. Mas nem sei se isso é o lado negativo. 
Débora: O lado negativo que ele falou é o lado positivo para mim. Porque as diferenças dele me fazem crescer. Por mais que a gente tenha muita coisa parecida, tem coisa nele completamente diferente de mim e isso me obriga a olhar por outro prisma, lidar com amor. 

Então vocês não enxergam defeitos? 
José: Tudo tem o lado bom e o ruim. E, na balança, até nas coisas que são ruins, como ela encrencar com meu futebol às segundas-feiras, o lado positivo sobressai.
Débora: Até nesta bendita segunda-feira já achei um lado positivo: é quando vejo minhas séries, pinto e saio com as minhas amigas, temos esta liberdade e volto até umas 3 da manhã, que o bicho não come. A partir daí, começa o “cadê você?”.

Quem dos dois é mais ciumento? (Neste momento, Loreto aponta para Débora)
Débora: Você é bem ciumento também! Já fui mais, hoje sou mais de boa. É que eu sou muito clara. Se acontece alguma coisa que fico com ciúmes, digo na hora: “O que é? Quer pedir o telefone?”. 
José: A gente amadurece também os ciúmes. Tenho um grau um pouco menor. Não transpareço do jeito que ela faz.

Sentem ciúmes ao verem seus parceiros em cenas quentes? 
Débora: São segundos que você não precisa ver também. Se eu vejo, ok! Mas não vou ficar repetidamente olhando para inconscientemente dormir, sonhar e acordar irritada. Uma coisa é o que você entende racionalmente e outra é você respondendo ao ver aquele corpo que você conhece cada centímetro tocando outro corpo. 
José: Nunca tive problema, mas é isso. Uma vez está bom


O casal se conheceu há cinco anos, atuando

Já deu para perceber que são bem harmônicos, mas não têm momentos de crises? 
José: Lógico que sim! Temos nossos momentos ruins. 
Débora: Brigamos, temos nossas picuinhas, minha TPM e os altos e baixos. 

Quem geralmente quebra este clima? 
José: Acho que sou um pouco eu. Quando ela fica aborrecida, quando temos uma divergência e ela fica brava e eu também fico porque pensamos diferente, ela se isola, se fecha e fica remoendo. Eu tento resolver. 
Débora: Não fico remoendo, José Loreto! Depois de um tempo quando não se chega a um acordo, é bom repensar. E neste período, ele também pensou e viu que estou certa (risos).

Com o passar do tempo, o desejo não é o mesmo do início. Quais são os artifícios para o sexo não cair na rotina?
José: Tudo se transforma o tempo inteiro. Tem períodos que está de um jeito, depois de outro, momentos mornos e quentes, iguais ao início da relação. Mas depois que passa o tempo, continua este tesão, só que em outros lugares.
Débora: Depois de um tempo, coisas simples me despertam. Ele deixou este bigode crescer e fiquei atrás dele igual uma enlouquecida, como se estivéssemos no início do namoro. Carrapato. Tinha que sair de perto de mim. Não é mais intenso ou menos intenso. É um tesão constante, sempre, por algum motivo.
Já deu para perceber que Débora é a mais geniosa da relação. A palavra final é sempre dela?
José: Sempre não. Ela me ouve, mas sem distinguir sexos e parecer machista, é como se ela fosse o homem da relação. Ela é que põe o pau na mesa e eu é que chego com jeito, sou mais delicado. 
Débora: Sou muito doce e delicada também, mas defendo o que penso. Tenho a opinião muito forte e não cumpro em nada o estereótipo de mulherzinha. 


A atriz não quer ter filhos. Já o ator é louco para ser pai

No ano passado, você deu uma entrevista dizendo que ser mãe era uma vontade. Recentemente deu outra dizendo que não quer filhos. O que mudou? 
Débora: Antes queria e agora não quero. E isso virou uma tempestade que faz com que eu me sinta agredida. Tive uma amiga que disse que eu não merecia ser mulher. Oi? Posso não querer e daqui a um mês querer e posso não querer nunca. Isso é muito bem resolvido. 

José, como recebeu esta notícia?
José: Sou louco para ser pai. Por mim, apertava um botão e já nascia uma criança. Tento estimular, mas sei que vai ser a hora que ela quiser. E se quiser.