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Exclusivas / TEMPOS DIFÍCEIS

Daphne Bozaski, a Benê de 'Malhação: Viva a Diferença', sobre maternidade na pandemia: ''Um trabalho diário''

Destaque em 'Viva a Diferença', Daphne vive a experiência de ser mãe durante pandemia; leia

Leandro Fernandes Publicado em 07/05/2020, às 18h10 - Atualizado em 25/06/2020, às 23h14

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Daphne Bozaski, a Benê de 'Malhação: Viva a Diferença' - Divulgação/Dêssa Pires
Daphne Bozaski, a Benê de 'Malhação: Viva a Diferença' - Divulgação/Dêssa Pires

A pandemia do novo coronavírus trouxe enormes mudanças: tanto no estilo de vida quanto no mundo do entretenimento. A vida da atriz Daphne Bozaski mudou nos dois sentidos: mãe do fofíssimo Caetano, de apenas um ano de idade, ela está encarando a rotina de mãe de primeira viagem em meio ao caos, enquanto tem um verdadeiro combo pela frente na Globo, com a reprise de Malhação: Viva a Diferença, a futura estreia da novela Nos Tempos do Imperador e a espera pelo lançamento de As Five, série que continua a história das protagonistas de Malhação.

Conversamos com a atriz por e-mail para falar a respeito dessa fase tão estranha e, em muitos sentidos, complicada.

Contigo!: A quarentena é complicada para todo mundo, mas para as mães ela pode ser especialmente pesada. Como a sua rotina mudou?

Daphne Bozaski: O que mudou foi a intensidade de coisas que temos que fazer. O meu tempo tenho que conciliar com o tempo do meu marido para conseguir trabalhar, fazer um exercício, tomar banho, estudar... E claro conciliar com os horários do nosso filho. Nas sonecas dele, aproveitamos para descansar ou adiantar algum compromisso. Como estou em casa e o Caetano sabe disso, a demanda em cima da mamãe fica maior. Ele quer brincar com a mamãe, ficar no colo da mamãe... Eu e o meu marido nos ajudamos muito nesse sentido, quando um está mais cansado ou com mais compromissos o outro assume os cuidados com o Caetano, e assim vamos dividindo as demandas conforme elas vão aparecendo.

C!: Fazer o Caetano entender o que pode e não pode nesse momento tão tenso é complicado?

DB: É muito, devido à falta de convivência com outras crianças e outras pessoas. Ele acaba nos desafiando e fazendo mais manha quando quer as coisas. Estamos tendo que respirar fundo e manter a calma. Conversamos muito com ele e explicamos o que não pode... É um trabalho diário nessa idade, para ele conseguir começar a assimilar .

C!: Uma pergunta bem clichê: a experiência de conviver com o Danilo Castro, que interpretava o Tonico, te preparou de alguma maneira para ser mãe?

DB: O Danilo era um bebê muito tranquilo, então era uma delícia gravar com ele. Mas naquele pouco tempo que tínhamos juntos não dava para ter a real noção do que é a maternidade. Só a experiência sendo vivida para saber como é o dia dia com um bebê. Mesmo a gente se preparando, lendo livros, conversando com outras mães... A partir do momento que você pari o seu filho já mostra a personalidade dele. Desde então venho aprendendo muito a ser mãe.

C!: Parece pouco tempo, mas, entre as gravações de Viva a Diferença e agora, você se tornou mãe. A maternidade mudou sua "relação" com a Benê, a maneira como você vê e vive a personagem?

DB: Fazer a Benê me ensinou muito a ver o mundo de uma outra forma, a entender e respeitar as diferenças. A maternidade também me trouxe muitos aprendizados. Não acho que mudou a minha percepção em relação à  Benê. Mas, com certeza, me preparou para entender as possíveis fases difíceis que eu venha a me deparar durante a criação do Caetano.

Daphne Bozaski e o filho, Caetano

C!: Uma das cenas mais inesquecíveis da novela é o momento em que a Benê se senta na frente do pai e explica a Síndrome de Asperger. Você pode falar um pouco sobre a construção da personagem e a evolução dela na nova série?

DB: Eu busquei conhecer adolescentes que estão no espectro autista, para entender o que a Benê poderia sentir e passar durante a novela. Isso foi fundamental para a construção da personagem. Da Malhação para a série se passaram 6 anos, a Benê já terá passado por muitas experiências de vida. Terá saído de casa e terminado uma faculdade. Sairá das questões de adolescente e começará a entrar nas questões da fase adulta. A evolução será como ela irá lidar com esses os desafios da vida adulta.

C!: Por que você acha que a história da Benê ressoa tanto com pessoas que estão fora do espectro autista? Há algo de universal na experiência?

DB: A Benê traz à tona tudo o que sente e pensa. E nós que estamos fora do espectro muitas vezes não conseguimos expor o que realmente pensamos devido aos padrões sociais que fomos criados. Essa é a grande empatia com a personagem, o desejo de poder ser quem você é!

C!: Você está prestes a emplacar um combo na telinha, com a reprise de Malhação: Viva a Diferença, Nos Tempos do Imperador e As Five. A reprise de Malhação foi bem inesperada, mas está repetindo o sucesso da exibição original, você está sentindo os efeitos nas redes sociais?

DB: Sim, em um momento como esse que estamos vivendo é importante nos alimentarmos de cultura, acho que a nossa Malhação traz diálogos importantes para os dias de hoje, além de ser um entretenimento divertido de se assistir. Em tempos difíceis como essa pandemia, percebo muita gente se inspirando nessas cinco meninas e na força que tem as amizades.

C!: Em Nos Tempos do Imperador você volta a contracenar com a Gabriela Medvedovski. A convivência de antes ajuda a construir a dinâmica das irmãs na nova trama?

DB: Eu e a Gabi somos parceiras, além do profissional. Nossa intimidade com certeza ajudará na relação das nossas próximas personagens que não será um mar de flores, passaremos por muitos conflitos durante a novela. Bem diferente da relação que vivemos na Malhação.

C!: Além de As Five e Nos Tempos do Imperador, tem algo mais no forno? Ou a quarentena acabou dando uma pausa forçada?

DB: Por enquanto estou focada na novela Nos Tempos do Imperador, mesmo tento pausado as gravações , sempre estou lendo e assistindo coisas relacionadas à época da Novela.

C!: Para muita gente, Viva a Diferença se tornou um alento no meio do caos. Você tem outras sugestões para quem precisa de obras que sejam um abraço caloroso em tempos de isolamento social?

DB: Indico a série Merli. Para as crianças indico a série infantil Que Monstro te Mordeu?, que foi escrita pelo Cao Hamburguer, que também é o autor da nossa Malhação.

Daphne Bozaski

Daphne Bozaski

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