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Exclusivas / EMOÇÃO NA SAPUCAÍ

Carla Cristina Cardoso exalta suas origens e abre baú de memórias do Carnaval

Retornando ao Salgueiro, escola em que seu pai foi mestre-sala, atriz revela ansiedade: ''Tenho medo de passar mal''

Gustavo Assumpção Publicado em 20/02/2020, às 15h50 - Atualizado às 15h58

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Carla Cristina Cardoso: memórias de Carnaval - Acervo pessoal
Carla Cristina Cardoso: memórias de Carnaval - Acervo pessoal

Um dos destaques da TV brasileira em 2019, a atriz Carla Cristina Cardoso é foliã de berço. Um mês após o fim de Bom Sucesso, onde brilhou como a divertida Lulu, ela relembra a trajetória muito íntima com o Carnaval do Rio de Janeiro e se prepara para brilhar na Sapucaí.

Desde muito cedo ela foi criada no samba. Seu pai, Ronaldo, foi mestre-sala do Salgueiro. Ele faleceu em 1997.

"Minha memória é muito ligada ao carnaval. Minha mãe deixou a folia quando resolveu ser mãe, ela morou a vida toda próxima ao Sambódromo. Eu sempre ia fantasiada passear nas redondezas, para ver os carros...",  conta ela ao relembrar momentos da vida no carnaval.

Neste ano, o viés político dá o tom nos desfiles que as escolas de samba preparam para a Marquês de Sapucaí.

Ao relembrar suas memórias, a atriz critica a falta de apoio do poder público para a festa, um dos pilares da cultura brasileira. 

"É uma covardia, falta de respeito. O carnaval além de ser um movimento cultural e de alegria, ele também gera empregos. O carnaval é um símbolo brasileiro e que todo o planeta conhece. A força que tem principalmente no Rio é incrível", diz ela.

Carla também relembra a mãe, Iracema, passista da então Unidos de São Carlos, hoje Estácio de Sá. Mas, não é na escola da região central do Rio que ela vai desfilar em 2020.

Na segunda-feira de Carnaval, ela será um dos destaques da última alegoria da Acadêmicos do Salgueiro. No carro, 20 atores negros vão prestar uma homenagem ao talento de Benjamin de Oliveira, palhaço homenageado pela escola tijucana.

"O sentimento de desfilar no Salgueiro é de amor e paixão. Sou salgueirense desde que nasci. O Salgueiro sempre me palpitou. Amo a Estácio porque minha mãe amava e é a escola do bairro que eu fui criada, mas há séculos tento sair no Salgueiro, mas com medo de passar mal de emoção", diz ela que revela que no tocar da sirene já não consegue conter a emoção.

"Todos os anos eu choro e passo mal já nos fogos, e pode sere m casa, na rua, no camarote, eu desabo mesmo. Eu amo essa escola. Salgueiro é a alma do meu falecido pai, lembranças de força e energia", diz.

Ao participar do enredo O Rei Negro do Picadeiro, de autoria do carnavalesco Alex de Souza, a atriz viverá um momento mágico, encerrando o que pode ser mais uma apoteótica apresentação da agremiação. "O convite do Salgueiro esse ano foi um dos maiores momentos da minha vida. Além de ser minha paixão, tem o enredo dos sonhos pra qualquer artista negro... num momento de tanto retrocesso, a felicidade está no samba", festeja a atriz.