Alguns canais não se saíram bem e encerraram suas atividades com pouco tempo após sua estreia; veja
Gabriela Cunha Publicado em 28/05/2021, às 17h12
O canal Loading encerrou suas atividades nesta quinta-feira (27), depois de quase seis meses no ar.
A empresa alegou um corte de investimentos de uma patrocinadora e anunciou que, de agora em diante, passará apenas reprises de animes e programa. Todos os funcionários foram demitidos.
Durante seu pouco tempo em exibição, o canal até conseguiu bons resultados de audiência, mas seu maior investidor, que está enfrentando uma crise financeira, decidiu cortar a grana depositada no projeto fazendo com que a operação se tornasse insustentável.
A demissão em massa repercutiu de forma negativa nas redes sociais. Os agora ex-funcionários fizeram diversas declarações e contaram que foram pegos de surpresa, fazendo com que as críticas de fãs direcionadas à emissora só aumentassem. O futuro do canal ainda é incerto, mas de acordo com o colunista Flávio Ricco, do portal R7, uma nova versão da TV Jovem Pan está sendo preparada para ocupar a programação do canal.
Engana-se quem pensa que essa caso é incomum. O fechamento de canais de forma repentina e com pouco tempo no ar é comum na televisão brasileira. Confira cinco canais que, assim com o Loading TV, encerraram sua programação com pouco tempo de exibição:
No ar desde os anos 80, apenas no Paraná, foi em 1992 que o canal se tornou conhecido em todo o país. Um dos nomes mais importantes da grade do canal era Galvão Bueno, que havia deixado a Globo, para fazer narrações na nova casa. Mas com apenas seis meses depois de estreia no território nacional, um escândalo político envolvendo o deputado José Martinez colocou um fim no canal. Os profissionais foram demitidos, Galvão voltou a ser um 'global' e a Rede OM se tornou o CNT, em 1993.
Em 1997, o canal de televisão por assinatura de notícias operado pela rede norte-americana CBS, com sede em Miami, foi exibido em parceria com o SBT tendo como Eliakim Araújo e Leila Cordeiro como as estrelas do canal. Porém, em 2000, o canal foi vendido para a Telemundo, dos Estados Unidos, e acabou saindo do ar.
Com estreia em 17 de abril de 2007, o canal exibia somente seis horas de produção própria, no horário nobre, incluindo o Telejornal do Brasil, com Boris Casoy. Contudo, os planos não saíram da maneira que imaginaram e a audiência foi terrivelmente baixa, fazendo com que surgissem problemas financeiros. Em setembro do mesmo ano, por decisão judicial, a CNT parou de transmitir a programação do canal, alegando falta de pagamento. Dias depois, a atração voltou ao ar através da Rede Brasil, mas somente por uma semana. No dia 17 de setembro, com cinco meses depois da estreia, veio a desilusão. Mais de 200 pessoas foram demitidas com o fim do canal.
Com grande repercussão de sua volta futuramente, o grupo Jovem Pan já se arriscou no segmento através do canal, que estreou em 1991. O canal exibia transmissões esportivas, os sócios se desentenderam, mas após um pequeno sucesso em seus primeiros meses, o canal começou a decair em 1992. Pouco restou da ideia original e a emissora foi substituída pelo Canal Brasileiro da Informação (CBI) em julho de 1995. Sua sede e seus equipamentos foram vendidos para a Record.
Em 2007, o canal foi desenvolvido como uma tentativa do Grupo Abril de se consolidar na televisão. Com baixa audiência e falta de lucr, saiu do a em junho de 2009. A rede responsável pelo canal afirmou em nota à imprensa que a decisão "foi motivada pela dificuldade em romper uma barreira praticamente intransponível que existe no Brasil para a distribuição de canais pagos."
Vale lembrar que a equipe do canal Loading foi comunicada da demissão e fechamento do canal quando estava prestes a entrar no ar. A emissora, que ocupou o mesmo prédio utilizado pela MTV Brasil até 2013, demitiu cerca de 60 funcionários em uma tacada só, de acordo com o site Na Telinha, incluindo toda a equipe do programa Multiverso.
