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Aos 40 anos, Fernanda Lima dispara: "Acho bonita a trajetória do tempo"

À frente do reality global Pop Star, ela entra nos 'enta' sem paranoias. Prós da idade? Aprendeu a se aceitar...

Por Ligia Andrade Publicado em 11/07/2017, às 16h03 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Fernanda Lima - Ale de Souza
Fernanda Lima - Ale de Souza
Admiração e recalque. Assim é a relação de Fernanda Lima, 40 anos, com a música. A apresentadora do PopStar, novo reality musical da Globo, com estreia dia 9 nas tardes de domingo, nunca conseguiu aprender a tocar um instrumento. A gaúcha, que já soltou a voz no Amor & Sexo, atração global que também comanda, também não acha confortável cantar em público. Antes de voltar à adrenalina do ao vivo, tirou merecidos dias de folga. Há 15 anos com o apresentador Rodrigo Hilbert, 37, com quem tem os gêmeos João e Francisco, 9, Fernanda é uma mãe presente e entrega que sempre admirou o marido. “Rodrigo tem luz própria”, derrete-se ela, sem se encanar com a chegada da nova idade, completada em 25 de junho. “Meu corpo anda balançando mais, mas acho bonita a trajetória do tempo. A ioga me ajudou a me aceitar como sou.”


Fernanda Lima e Tiago Abravanel entre os participantes do PopStar (Foto: Mauricio Fidalgo/TV Globo)

Conseguiu descansar nesse período entre Amor & Sexo e PopStar? 
A correria do dia a dia não permite tanto descanso, mas, sim, consegui viajar com as crianças, dormir um pouco mais, comer com calma e relaxar nos fins de semana.

Acabou de completar 40 anos. Qual balanço faz? Bateu a crise? Faria alguma plástica?
O balanço que faço é que meu corpo anda balançando mais. Os tons já não são de uma guria de 20 anos, mas acho bonita a trajetória do tempo. Prova que há outras coisas importantes a se pensar, como a saúde, por exemplo. De que adiantaria um corpo perfeito se a cabeça está estragada, com valores e padrões errados, que só levam à tristeza e à frustração? De qualquer maneira, me cuido como posso.

Se trocaria pela Fernanda de 20 anos? 
Trocaria o corpo e manteria minha cabeça, que considero mais madura, com menos grilos. Quando a gente é muito jovem tem ‘noias’ bobíssimas. Mal sabe como a vida vai ficando mais e mais difícil.

A ioga foi uma grande aliada nessa sua transformação, certo?  
Me ajudou bastante a me aceitar como sou, a ser uma pessoa mais centrada, focada, calma e observadora. Sempre gostei da natureza, do silêncio e da tranquilidade. Com a ioga, pude entender que não preciso ser diferente do que sou para ser aceita. Aprendi a ter menos raiva, menos rancor, falar menos dos outros e me preocupar com a minha evolução.


A apresentadora afirma que cantar é uma terapia, mas acha um desafio colocar-se à prova em público

Você diz que as críticas já não lhe incomodam mais. É assim também que lida com os haters? 
As críticas me importam e estou sempre atenta a elas. Quanto aos haters, eles estão em todos os lugares e sei detectar quando a pessoa está fazendo uma crítica ao meu trabalho ou se não vai com minha cara e só quer me detonar. Para esses, não ligo. Acho uma pena que estejam perdendo seu tempo dessa forma ao invés de se esforçarem para serem pessoas e profissionais melhores. 

Estava com saudade do estúdio? 
Sim. Entrar no estúdio, conversar com a plateia, receber os convidados e os artistas que vão se apresentar fazem com que me sinta na sala da minha casa. E tento sempre tornar o ambiente acolhedor, apesar da correria da produção, câmeras e trocas de cenário e banda. Os realities musicais têm características com as quais me identifico. Tem a adrenalina do ao vivo, o público que responde em tempo real (ela também foi apresentadora do SuperStar, entre 2014 e 2016).  

Ao vivo é mais gostoso? 
É sensacional. A adrenalina é alta e temos a oportunidade de errar e corrigir na hora. Sem falar que o tempo voa. Adoro trabalhar ao vivo, sempre me emociono.

É difícil ser imparcial?
Olha, não atuo como jornalista, apesar de ser formada em Jornalismo. O entretenimento permite mais liberdade nas opiniões e, apesar de tentar certa imparcialidade, se me emociono com alguma coisa não tento esconder.

O que faria com a bolada que o vencedor vai levar, de 250 mil reais?
Nunca gasto dinheiro de imediato. Prefiro guardar e formar uma quantia maior para uma eventual compra de imóvel.

Fernanda revela que os filhos, João e Francisco, são espertos, amorosos e "têm uma pilha que não acaba nunca"

Você já soltou a voz no Amor & Sexo. É um lugar confortável ou desafiante para você? 
Adoro música e admiro quem tem talento. Tenho uma família muito musical. Minha mãe, por exemplo, canta e toca qualquer instrumento, de piano a violão, sanfona a gaita de boca. Então, minha relação com música é de admiração e recalque, pois nunca consegui aprender nenhum instrumento. Sou realmente eclética e acho lindo o exercício de cantar. É libertador, uma terapia. Mas, para mim, não é nada confortável cantar em público. Para o programa tenho de fazer aulas de canto todos os dias e ir para o estúdio muito concentrada. Para os artistas do PopStar, parece mais natural e fácil. Eles têm muita coragem de empunhar o microfone ao vivo e encarar a plateia. É  lindo de ver!

O que tem escutado?
Bastante música brasileira para apresentar aos meus filhos. Como pegamos muito a estrada juntos, gosto de explicar para eles quem são os artistas e sua importância no contexto social do país.

Vai deixar João e Francisco assistirem ao PopStar? Aliás, o tempo está passando muito rápido? 
Claro. Eles gostam de ver os programas que faço e que o pai faz. Acham divertido a gente estar na TV e em casa ao mesmo tempo. São espertos, amorosos, carinhosos e têm uma pilha que não acaba nunca.

Eles estão se aventurando na cozinha? Como você é como mãe? 
Eles gostam de ajudar, inclusive lavando a louça e fazendo pão. Sou uma mãe muito presente e tento puxar os assuntos que ficam escondidinhos. Trago o diálogo para a mesa sempre e sou bastante exigente. Temos hora para tudo em casa, mas deixo eles brincarem bastante.

A ioga a ajudou a ser mais focada e se aceitar

Rodrigo Hilbert ganhou o apelido de “homão da porra” na internet. E, você, o que acha? 
Sempre o admirei, mesmo antes de ele ser conhecido do público. Para mim, era uma questão de tempo ter seu trabalho reconhecido. Rodrigo tem luz própria, aquilo que chamamos de carisma e que encanta as pessoas. É bom caráter, bom amigo, bom pai e bom marido. Gosto de tudo que ele faz para comer porque é com amor!

Casamento é uma escolha diária...
Prezo os pequenos gestos. O carinho, as palavras, a parceria, a vontade de estar junto...

Amor & Sexo é um sucesso e muito se deve ao lado autoral e de sua exposição no programa. Concorda? Ainda tem muito trabalho pela frente? 
No triste momento em que estamos vivendo no mundo, de pura intolerância e ódio pelas ideias alheias, acho legal ter a liberdade de falar de amor e sexualidade na TV. O amor engloba quase tudo: a representatividade, as diferenças, os direitos civis e políticos. O sexo ainda causa grande sofrimento na vida das pessoas. Saber que podemos acalentar alguns sentimentos e ajudar a esclarecer os mal-entendidos me faz sentir vontade de voltar todos os anos com o programa. Muita coisa ainda precisa ser dita, estou lá para isso e estarei enquanto for necessário.


Fernanda é quase vegetariana, mas não dispensa o hambúrguer feito pelo marido

Assim como no Amor & Sexo e no SuperStar, você também vai escolher seus figurinos de PopStar? Como definiria o seu estilo?
Sim, mas não estou sozinha. O Rodrigo Grünfeld é meu stylist e traz as peças mais lindas para montarmos os looks juntos. Assim é fácil, né? Meu estilo é qualquer um, desde que me sinta confortável e adequada ao momento.

Qual foi sua maior extravagância?
Não sou de extravagâncias. Dinheiro para mim não é para comprar roupa. Tenho outras prioridades.

Considera-se vaidosa, tem algum segredinho de beleza?
Sou vaidosa, sim. Para mim, o cabelo estando na cor certa, o resto a gente leva.

Tenta ter uma alimentação mais natural, deixou de ser vegetariana, mas tem o ‘dia do lixo’? 
Tenho o mesmo peso desde os 20 anos (ela tem 1,78 metros). Fico entre 55 e 56 quilos. Cada vez me alimento melhor.  Não conto calorias de nada que como, mas prezo alimentos frescos e grãos. Como pouca carne. Sou quase vegetariana. Para o ‘dia do lixo’ é um churrasco de almoço e sorvete de sobremesa. Ah, também tem o domingo do hambúrguer. Do Rodrigo, é claro!

Além de jogar vôlei de praia, o que gosta de fazer em seu tempo livre?
Ler, ouvir música, fazer ioga, ir ao cinema, papear, dançar, caminhar, nadar e namorar.