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Antonia Fontenelle: mãe, avó e solteira arretada

Separada há dois meses, a atriz revela os motivos que levaram ao fim da união com Jonathan Costa e como é a rotina com o caçula, Salvatore, e a neta, Charlotte

Por Roberta Escansette Publicado em 01/03/2017, às 11h09 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Antonia Fontenelle com o filho, Salvatore, e a neta, Charlotte - Cadu Pilotto
Antonia Fontenelle com o filho, Salvatore, e a neta, Charlotte - Cadu Pilotto
Um filho bebê, uma neta recém-nascida e o fim do casamento. Nos últimos meses, o destino voltou a surpreender Antonia Fontenelle, 42 anos. “Tudo na minha vida sempre foi muito intenso. Nada é perfeito”, diz. Cheia de fé e convicções, a atriz e apresentadora do programa no YouTube Na Lata com Antonia segue firme com seus propósitos e curtindo as crianças que encara como presentes: Salvatore, 7 meses, e Charlotte, nascida em 30 de janeiro, filha de seu primogênito, Samuel, 20. “Eles me preenchem. Não estou sentindo falta de ninguém e nem de sexo ”, afirmou Antonia, recém-separada de Jonathan Costa, 23. A atriz recebeu CONTIGO! em sua casa, no Rio de Janeiro, na manhã em que a família estava toda reunida. Samuel mora com a filha e a namorada, Tabil, 25, no mesmo bairro. “Estou imensamente feliz e sabe o que vejo? Deus me dá prova diariamente de que, apesar dos pesares, ele simpatiza muito comigo”, festeja.

Felicidade da apresentadora do Na Lata com Antonia ao reunir a família no jardim 

Em entrevista exclusiva, ela revela os motivos que levaram à separação com o herdeiro da Furacão 2000, a nova rotina de solteira, o nascimento da neta que gerou polêmica por ter acontecido em um hospital público e o fim do processo na Justiça contra as filhas do diretor de TV Marcos Paulo, morto em 2012 aos 61 anos, com quem ela foi casada por sete anos. 
O relacionamento com Jonathan acabou após um ano. O que aconteceu?
De fato não esperava. Nós vínhamos divergindo há um tempo porque discordava da forma como ele vinha conduzindo sua carreira. Quando foi dia 1º de janeiro, ele arrumou as malas e saiu de casa. Me falou que é muito jovem e precisa seguir sua profissão. A culpa não é dele; é minha. Fui com muita sede ao pote. Ele saiu da Furacão e criamos o JonJon O Baile. Tinha planos para o Jonathan. Ele foi para o escritório da Kamilla Fialho e tirou uma menina de lá para vender os seus shows. Nunca gostei dela. É uma pessoa que não olha no olho. E ter o marido da gente trabalhando com alguém assim não é legal. Ficou insustentável. 
No seu balanço de fim de ano, você falou que perdoou até os chifres...
Ele não foi o primeiro e aposto que não será o último a fazer isso. Mas não gosto de usar a palavra traição. É uma palavra muito forte.

Carinho no filho mais velho, Samuel, enquanto Salvatore dorme e Charlotte está quietinha
Ok, então ele traiu profissionalmente?
Fiquei decepcionada. Foi uma expectativa que criei. Mas acho que não foi inteligente da parte dele sair de casa. Me surpreendeu também porque ele tinha um discurso muito família. Às vezes, no fim de semana, quando a gente fazia churrasco aqui, por várias vezes trazia o pai e a mãe dele, que não se falavam. Ajudei aos dois a retomarem a união, assim como fiz com o Marcos Paulo e as filhas. Isso se chama repetição de padrões. Um erro meu. Na próxima relação, se o cara chegar e tiver uma história torta com a família, vai permanecer assim. Não vou me fazer de juiz de paz de ninguém. 
Acredita que tanta responsabilidade assustou o Jonathan?
Acho que foi um pouco de tudo. O meu universo, a responsabilidade de não poder ir na rua e se comportar de qualquer jeito. Não que ele se comporte assim. Mas é uma liberdade vigiada. Acho que, de repente, isso deu uma pesada. E depois que engravidei, tudo mudou. 
Como assim?
O olhar dele para mim como mulher mudou na medida em que a barriga ia aumentando. Isso foi ficando mais latente, era perceptível. Acho que ele me perpetuou como mãe. Então, a relação esfriou. E, depois que o bebê nasceu, permaneceu assim. Então, isso contribuiu muito para a separação. Quando você tem uma relação que está no auge da paixão, os defeitos não falam mais alto. Agora, quando a gente está em uma história fria, qualquer defeito é uma avalanche. 

Após 19 anos, Antonia redescobre o prazer de ter um bebê em casa e ‘baba’ pelo seu caçula
Você se refere ao sexo?
É, fria como marido e mulher. Então, assim, não digo que ele não gostasse de mim. Mas não era aquele relacionamento que não consigo viver sem você. Tanto é que arrumou as malas e foi embora. E até hoje fala que, se um dia eu conseguir viver com ele sem se meter em seu trabalho, voltamos. Só que casamento não é isso para mim. É cumplicidade, é troca. Não posso viver com um homem que não sei onde está e nem com quem e o que está fazendo. 
Então não tem volta?
Sinceramente, não sei o dia de amanhã. Vejo as pessoas nas redes sociais torcendo muito pela gente.
Como está a relação de vocês?
Aquela amizade que tínhamos, aquela troca, da gente rir junto, isso não temos mais. Ele é o pai do meu filho, me respeita e eu o respeito, e ponto. 
Diante dessas mudanças, ficou mais fria afetivamente?
Não, jamais. Sou uma menina. Agora estou em um momento mãe, recém-separada e preocupada com a Charlotte, que acabou de nascer. No momento, a mulher não tem espaço para namorar. Mas as coisas na minha vida aconteceram da forma mais louca. Dobro a esquina e acho o homem da minha vida (risos). Foi assim com o Fernando, o Márcio, o Marcos Paulo, o Emerson e o Jonathan. Encontros inesperados e que se tornaram grandes amores. Não estou procurando e nem tenho pressa. Também não estou “aquela mulher sofrida”. 

“As crianças 
me preenchem tanto que não sinto falta de ninguém e nem de sexo”
Nem dá tempo com um filho e uma neta pequenos, não é?
É uma loucura. Me sinto mãe duas vezes. Estou deixando Samuel e Tabil na casa deles para não ficar me envolvendo. Não quero avó se metendo na minha vida, na criação do meu filho, então não posso fazer isso com eles. Tudo bem que não dá para me comparar com os dois. Meu filho tem 20 e Tabil, 25. Mas estou muito orgulhosa dele e, principalmente, dela, uma guerreira. Parir de parto natural? Tem que ser muito mulher para isso. Eu nunca fui. Nem me arrisquei. 
Você foi criticada por causa do parto da sua nora ter sido em hospital público. O que acha disso?
Tudo o que me cerca tem um buxixo. Fico bestificada. A conclusão que chego é que o nosso país está assim por causa do próprio brasileiro. Bonito no Brasil é ser puta. Quando não vai preso e paga impostos para usar um serviço público, somos recriminados. Não paguei o parto porque realmente não tinha condições. Estou montando o espetáculo Sincericídio e reformulando o meu canal... 
O que acontece para não te chamarem mais para trabalhar na TV?
Estão resistindo para me dar um bom papel. Então, eu mesma me dei um presente. O meu monólogo que começa a turnê em abril. Percebo uma relutância muito grande pelo meu jeito de ser. Aonde vou, dou picos de audiência. Isso é comprovado. Não sei qual é o medo da TV Globo em me chamar para um bom papel. Tenho certeza absoluta que a assessoria de imprensa deles não teria um terço do trabalho comigo ao contrário do que acontece com muitos lá dentro. Podem me julgar pelas minhas relações, mas pelo meu profissionalismo? Ao mesmo tempo, não vou ficar nos lugares por ficar. Não mantive um casamento por manter. Só faço o que me faz feliz.

Em casa, Antonia curte filho e neta, que têm 6 meses de diferença
O Marcos Paulo foi quem te fez mais feliz nessa vida?
Apesar dos problemas particulares que o Marcos tinha, dos problemas de saúde de muitos anos, apesar de tudo, de ser atacada por ser mulher dele o tempo inteiro, foi o meu casamento mais perfeito, vamos dizer assim. Ele era uma pessoa que torcia por mim. Além de ser um homem de garbo e elegância.
Passados quase cinco anos da morte do Marcos, você foi legalmente reconhecida como mulher dele. Acha que a justiça chegou para você?
Nunca duvidei. Tanto é que em um dado momento, quando até pensei em desistir, meu sogro falou para não fazer isso porque Marcos ficaria muito triste. Comecei a receber e-mail, inbox nas redes sociais de centenas de mulheres passando pelo mesmo problema. Fiz por mim e por todas nós. Para entenderem que não podem abrir mão dos nossos direitos civis. Eu seria o que nas mãos das filhas dele? E das ex-mulheres? Baixar a cabeça para essas pessoas? Não. Fui esposa do pai delas. E o pai delas não morreu de problema na cabeça. Quero que me respeitem porque respeito é bom e eu gosto. 

A atriz e apresentadora diz que não está fechada para um novo amor mas não vem procurando