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A versão durona de Isabel Wilker

A atriz é dona de uma personalidade doce, mas precisou virar uma ‘mulher forte’ para interpretar Adriana, sua personagem em Haja Coração

Por Tainá Goulart Publicado em 03/09/2016, às 19h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Isabel Wilker é dona de uma personalidade doce,  mas precisou virar uma ‘mulher forte’ para interpretar Adriana, sua personagem em Haja Coração - Fotos Rogério Pallatta
Isabel Wilker é dona de uma personalidade doce, mas precisou virar uma ‘mulher forte’ para interpretar Adriana, sua personagem em Haja Coração - Fotos Rogério Pallatta
Quem observa Isabel Wilker conversar com os amigos, logo percebe nela uma mulher doce e educada. Mas, quando a atriz ouve o famoso ‘gravando’, no set da novela das 7, Haja Coração (Globo), ela se transforma para encarnar Adriana Caldeira, a empresária de uma grande equipe de rali, poderosa e durona. Ou seja, criador e criatura são totalmente opostos e quase não se atraem. “Eu sou bobona, tenho uma dificuldade enorme de me impor, de dar ordens... Eu não sei ser chefe, prefiro ser mandada. Por isso, para me preparar para a Adriana, pensei em vários tipos de mulheres confiantes, que tenham força física e muita personalidade, como a minha mãe. Outra coisa que fiz foi buscar uma fonoaudióloga para alterar o meu tom de voz e dar mais firmeza na minha fala. Queria tirar um pouco dessa meninice que eu tenho tão natural”, brinca ela, que é filha do ator e diretor José Wilker (1944-2014), e da atriz Mônica Torres, 58. 

Além da pesquisa, ela precisou de uma fonoaudióloga para lhe ajudar com a empostação da voz. “Queria tirar um pouco dessa meninice que eu tenho tão natural”, brinca

Versão politizada
É na internet que, cada vez mais, Isabel tem aprendido a não ter medo de discutir ou de falar abertamente sua opinião, coisa que sua personagem faz bastante nas cenas em que atua ao lado de Malvino Salvador, 40, o Apollo, e Cléo Pires, 33, a Tamara. Por conta do cenário político atual, ela passou a se interessar mais pelo assunto e usou os encontros em família e as redes sociais para colocar as ‘discussões’ em prática. “Minha casa é de gente politizada, ou seja, tem todas as opiniões possíveis. Então, eu comecei a ler muito sobre diferentes perspectivas e, para treinar tudo isso, sentei pra discutir com muito parente, bati boca no Facebook e por aí vai... Na minha família, nós falávamos mais de artes, cinema, teatro, não conversávamos muito sobre política. Porém, meu pai fazia questão de vir falar com a gente, quando era necessário”, relembra Isabel. Foi justamente no começo dessa nova fase politizada que Isabel perdeu o pai, vítima de infarto. “Quando eu comecei a votar, ele, que fez Sociologia, mas não conseguiu se formar, por conta da ditadura militar, fez questão de conversar comigo sobre as minhas opiniões. No dia em que meu pai morreu, fiquei sem chão, não só nessa parte, mas em todas as outras. Ele era como uma bússola para todos os aspectos da minha vida, consultava-o sempre, em caso de alguma dúvida. Tive de aprender a me virar.” 

A atriz e o marido, Diogo Almeida, com Emílio, o cachorro do casal. Por enquanto, os planos de ter filho com o marido ficaram 
para depois de 2017

Filhos? Só depois de 2017
A atriz garante que, em casa, sua personalidade serena continua a mesma, sem indícios de mulher mandona, como costuma brincar. Moradora de São Paulo há seis anos, Isabel conta que os passeios ao lado do marido, o engenheiro civil Diogo Almeida, 32, são decididos em conjunto. “Eu amo morar em São Paulo! Eu e o Diogo adoramos a vida de passear no shopping, levar o Emílio, nosso cachorro de 2 anos, para brincar nos parques... Cada um sugere um programa diferente e, assim, a gente aproveita.” Por conta da rotina agitada, é Emílio quem ocupa o posto de filho, já que ela ainda não tem planos de ter uma criança. “Meu marido quer ter um bebê muito mais do que eu! Desde que começamos a namorar, ele já falava disso e eu não queria nem um pouco. Hoje em dia, eu passei a gostar do assunto, mas não sei ainda, não tenho esta pressa. Talvez esta ideia de ser mãe ainda me aterrorize um pouco, pois é muita responsabilidade. Só sei que vai acontecer em breve, porém, não para o ano que vem, pois ainda quero trabalhar muito!”