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A estreia de Valentina Bulc

Estreante em Malhação, Valentina Bulc não admite assédios e conta que toma cuidado para não se corromper com o “falso glamour” da TV

Por Tatiana Ferreira / Fotos: Vinicius Mochizuki/Divulgação Publicado em 04/02/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Valentina Bulc - Fotos: Vinicius Mochizuki/Divulgação
Valentina Bulc - Fotos: Vinicius Mochizuki/Divulgação
Linda talentosa, inteligente e gente boa. Adjetivos não faltam para a estreante em novelas Valentina Bulc, a Belinha de Malhação – Pro Dia Nascer Feliz (Globo). Filha da atriz Adriana Prado, ela jura que não sofreu nenhum tipo de influência na escolha da profissão. “Olha, acho até que, se ela pudesse, teria preferido que eu me apaixonasse por outra área, uma vez que conhece as dificuldades da carreira. Eu mesma fui testemunha delas, mas acontece que a paixão falou mais alto e tive total apoio dos meus pais.” Apesar da certeza de qual profissão seguirá, ela não quis jogar para perder e soube esperar sua hora. “Já tinha me apaixonado pela arte desde que pisei pela primeira vez nas aulas de teatro, mas por conta da timidez, quis ter certeza do meu desejo pra correr atrás do sonho”, conta. Sábia decisão. Diferente de muitos que amargam negativas até alcançarem a primeira oportunidade, Valentina foi aprovada logo no primeiro teste. “Acho que tem uma luzinha brilhando por mim. Fiquei em êxtase quando recebi a notícia. Todo dia aprendo alguma coisa. Foi o meu primeiro projeto, então desconhecia técnicas da televisão, e apesar de no começo ter demorado um pouquinho para me acostumar com tudo, hoje ficou mais fácil”, conta a adolescente. 

Filha da atriz Adriana Prado, ela garante não ter sofrido influências na escolha de sua profissão

Pés no chão
Ainda se acostumando com o novo universo, a atriz admite que o aumento de seguidores em suas redes sociais e o surgimento de fã-clube foi o que chamou sua atenção. “É muito novo e comovente. É amor e carinho gratuito”, diz, emocionada. “Com tanta gente tendo acesso ao que digo ou posto, é preciso ter um cuidado maior e fazer uso dessa ferramenta para defender o que eu acredito, como o feminismo e disseminar energia positiva.” 

Pé no chão, faz um exercício diário para não se contaminar com a vaidade natural do meio artístico. “É preciso tomar cuidado para não se deslumbrar com esse ‘mundo de glamour’. É muito fácil se fascinar pelo número de seguidores e curtidas, ou pelos privilégios que se acaba tendo. Mas este não é o mundo real, e a gente precisa ser cauteloso para não se iludir e perder a nossa essência”, diz. Solteira, garante que nunca viveu uma situação como a da personagem de ser disputada por dois meninos. “Não que eu saiba (risos). A minha realidade na escola é diferente da Belinha, que é exaltada e admirada. Estudo em uma escola muito pequena, na minha sala somos dez alunos e estamos juntos desde novinhos. Não tem essa idealização ou a admiração de musa”, justifica. 

Simpática e educada, só tem o sorriso desfeito quando o assunto é assédio. “Nunca vou admitir isso. As pessoas precisam entender duas coisas: cantada não é elogio e as mulheres, principais vítimas do assédio, não são objetos”, diz furiosa. “Não é mimimi e nós precisamos desnaturalizar a cultura de tratar a mulher como objeto. É preciso falar sobre isso, assim como o machismo. São assuntos para discutir na sociedade”, conclui Valentina.