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A cumplicidade de Baby do Brasil e Zabelê

Baby do Brasil e a filha Zabelê dividem a profissão, a exuberância e a gargalhada solta, além dos traços físicos. Juntas para o Dia das Mães, elas falam sobre as influências musicais, educação e a liberdade de criar e viver desde a infância

por Tatiana Ferreira Publicado em 14/05/2017, às 14h38 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Baby do Brasil e Zabelê - Cadu Pilotto
Baby do Brasil e Zabelê - Cadu Pilotto
Discrição não é o forte delas. Baby do Brasil e a filha, Zabelê, 42 anos, não economizam nas cores ou na alegria. “É sempre assim. Sou intensa. Quando chego, chego forte”, diz Baby, que prefere não revelar a idade, enquanto ajeita os longos cabelos roxos para iniciar a sessão de fotos, que aconteceu no hotel Mama Shelter, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. “Não rola um Dire Straits (banda inglesa formada em 1977)?”, pergunta ela para o DJ do lugar. “Funciono melhor com música. Assim consigo sair mais da Terra e dar uma viajada”, justifica, gargalhando. O bom humor não é privilégio apenas da cantora. Além da semelhança física e vocal, dar boas risadas foi uma das qualidades que Zabelê herdou da mãe. “Entre as minhas filhas, ela é a que tenho mais afinidade neste ponto. É gargalhada direto”, compara a artista, que também é mãe de Sarah Sheeva, 44, Nãna Shara, 40, Pedro Baby, 39, Kriptus Baby, 32, e Krishna Baby, 31, de seu antigo casamento com o cantor Pepeu Gomes, 65, com quem ficou por 18 anos. “Às vezes, temos até que tomar cuidado, porque desconcentra. Começa uma crise de riso com pequenas coisas e para controlar é difícil”, diz Zabelê, já querendo rir. 

A personalidade eclética é outra coisa em comum entre as duas. “Assim como ela, sou de lua. Minha mãe sempre foi um show de moda. Seu armário é um sonho. Tinha dia que ela acordava e estava toda clássica, de branco. No outro, de preto em um clima totalmente diferente. Também tenho isso. Sou muito da hora e do momento que estou sentindo para ver o que vou vestir. E o gosto musical também é diversificado. Vou de Novos Baianos até Michael Jackson.”


Fora dos padrões
Se existe uma coisa com a qual Baby nunca se importou foi com padrões impostos pela sociedade. Aos 16 anos, saiu de casa para viver em Salvador, Bahia, onde conheceu os componentes da banda Novos Baianos: Moraes Moreira, 69, Galvão, 79, Paulinho Boca de Cantor, 70, e Pepeu, com quem permaneceu casada. “Nunca me preocupei com as regras. O foco não foi esse”, admite. “E hoje em dia meu pensamento permanece igual. Ainda criança, tinha certeza de que se tivesse filhos, queria ter uns quinze, doze... Consegui chegar em seis (risos), sabia que teriam mudanças na criação”, lembra. “Nunca concordei com essa história de uma criança estar na sua casa e não ter liberdade de brincar com as coisas, fazer suas bagunças e depois arrumar. Não conseguia entender muito isso”, diz. “E meu pai também entrava na onda, sempre foi um brincalhão. Eles chegavam de viagem e era uma alegria! Nossa casa era literalmente a Disneylândia. Os amigos pediam pelo amor de Deus para passar o fim de semana lá”, lembra Zabelê. 


Liberdade de expressão 
Cuca fresca, a matriarca nunca gostou de repressão. Para ela, seu lar e sua família teriam que caber dentro de sua visão relaxada e tranquila. E, por esta razão, um de seus pedidos a Deus foi que todos os filhos seguissem seus passos na carreira artística. “Só assim eu teria certeza da minha contribuição na vida deles. Era aquilo que eu tinha. Fiquei preocupada de chegar um matemático da pesada e eu não corresponder (risos). Já imaginou a criança me perguntando sobre o teorema ou a raiz quadrada e eu preocupada com uma música?!”, brinca. “Quando você mexe com arte, tem que adaptar o mundo a você e não você ao mundo”, filosofa, sob o olhar admirador da filha, que dispara: “Tenho muito orgulho da criação que tive. Vivi uma infância maravilhosa e hoje em dia vejo como foi importante os valores passados pelos meus pais”, diz, emocionada. 

Convertida desde 1999, Baby fundou em 2000 a igreja Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome do Senhor Jesus Cristo e, assim como ela, seus filhos, com exceção de Zabelê, seguiram o mesmo caminho religioso. Mas a diferente escolha não abalou em nada a harmonia da família. “Não me considero ovelha negra por não ser evangélica, pois nunca me coloquei nesse lugar e nem nunca me senti assim.

Sempre tive um relacionamento ótimo com meus irmãos e toda a minha família. Nossa criação foi de muita liberdade de expressão e isso nos ajudou a ter uma personalidade forte e bem definida”, garante.

Cinto de castidade 
Sem sexo há 18 anos, desde sua conversão a “popstora”, como se define, uma mistura de popstar com pastora, Baby diz que sua escolha já não causa tanta estranheza. “As pessoas estão começando a entender melhor e a perceber que tem um valor muito bacana você não ser obrigado a namorar e transar”, acredita. Atuante em uma geração que iniciou o sexo livre, admite que manter o voto de castidade não é fácil. “Olha, não morri, mas como foi uma coisa feita de maneira consagrada por Deus, ficou mais fácil. Ficar sem sexo é uma situação delicadíssima, principalmente quando você se apaixona. Evitei namoro por anos”, admite ela, atualmente solteira. Questionada se este seria o motivo do recente término com o comentarista Walter Casagrande, 54, com quem engatou rápido affaire, ela explica: “Rompemos por incompatibilidade de agendas. Ele é um cara maravilhoso e nunca se sentiu ofendido pela minha decisão. Várias vezes expressou achar lindo me resguardar para o homem com o qual eu viesse a usar uma aliança”. 


Dia de comemorar 
Baby adora comemorações, principalmente o Dia das Mães. “Amo! Acho essa data muito gostosa, pois mãe é alguém que merece, de fato, ter um dia no ano.” 

Com a agenda lotada de shows, que se dividem entre sua turnê Baby do Brasil Experience, apresentações com os Novos Baianos e a pregação como popstora, ela vai tentar unir as agendas com os filhos para um almoço ou jantar a fim de celebrar a data domingo (14). Zabelê, que está em mini-turnê com o lançamento da música Prática e envolvida na produção de seu segundo CD solo, é a primeira a incentivar o encontro. “É um dia muito importante. Temos que parabenizar todas as mães do Brasil.”