Da sombra de um Baobá, Portela prepara desfile digno no primeiro Carnaval sem Monarco
Após ficar fora do desfile das campeãs em 2020, a águia da Portela vem para alçar voos maiores em 2022. Se apegando às raízes ancestrais africanas, a escola mais tradicional do Rio de Janeiro prepara um desfile de altíssimo nível.
Em seu segundo ano na agremiação, a dupla Renato e Márcia Lage desenvolveram um dos trabalhos estéticos mais elogiados do ano em um de seus raros trabalhos com inspiração afro.
Chamado Igi Osè Baobá, o enredo é um passeio pelas raízes africanas e uma louvação aos baluartes das escolas, protagonistas e guardiões das tradições.
"Nossos fundadores são nossos antepassados. Os velhas guardas, os guardiões de nossas memórias. As baianas, a herança das antigas festas, profanas e sagradas. Ao som do batuque da bateria, o suor dos passistas verte nossa ancestralidade. E até hoje, sempre que os sambistas se unem de mãos dadas, sentem reverberar em suas almas a energia primordial unindo a África e o Brasil, como bons filhos da diáspora que todos somos. O samba respira como um velho Baobá", diz um dos trechos da sinopse.
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No último Carnaval antes de seu centenário, a Portela promete um desfile com a qualidade conhecida de sua dupla de carnavalescos. A ideia é criar um desfile de acabamento primoroso e forte em todos os quesitos - algo fácil para quem ainda tem em seu time nomes como Gilsinho, Lucinha Nobre e Mestre Nilo.
COMO SERÁ A ÁGUIA? Mistério guardado a sete chaves, a águia da Portela promete ser grandiosa. Após um visual inovador em sua última aparição na Sapucaí, a aposta deve ser na tradição
VAI EMOCIONAR: A escola prepara uma homenagem tocante para Monarco, no primeiro Carnaval após sua partida. Ele deve ser lembrado no último setor da escola