Contigo!
Busca
Facebook Contigo!Twitter Contigo!Instagram Contigo!Youtube Contigo!Tiktok Contigo!Spotify Contigo!
BBB / DESABAFO

Lembra dele? Ex-BBB Alan Passos relembra ataques racistas após deixar o programa: "Não gerava nenhum tipo de revolta"

Em desabafo nas redes sociais, modelo que foi par de Grazi Massafera relembrou sofrimento após o reality

Redação Contigo! Publicado em 02/07/2020, às 13h02 - Atualizado em 06/07/2020, às 19h37

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Lembra dele? Ex-BBB Alan Passos relembra ataques racistas após deixar o programa - Reprodução
Lembra dele? Ex-BBB Alan Passos relembra ataques racistas após deixar o programa - Reprodução

O modelo Alan Passos, que viveu um romance com a atriz Grazi Massafera no reality Big Brother Brasil, abriu o coração nas redes sociais.

Nesta quinta-feira, 2, ele relembrou os ataques racistas que sofreu após deixar o programa. Seu cabelo era comparado com uma esponja de aço comercializada na época.

"Me lembro também que isso não gerava nenhum tipo de comoção ou revolta na sociedade e até mesmo em mim. Eu não achava legal, me constrangia mas tentava normalizar, assim como todo mundo. Era o normal", disse ele.

O modelo então lembrou o caso recente em que uma apresentadora foi condenada a pagar uma indenização para a cantora Ludmilla pelo mesmo motivo.  "Fiquei feliz em sentir como as coisas evoluíram em relação às leis, ainda que a passos lentos, e na força da indignação que comentários racistas ou desrespeitosos hoje conseguem gerar na sociedade", declarou.

Veja o desabafo na íntegra: 

"Hoje, ao rolar meu feed, me deparei com a notícia de que a Justiça determinou que uma “apresentadora” terá que pagar a cantora Ludmilla uma indenização por ter dito que o cabelo da cantora em uma determinada situação “estava parecendo um Bombril”. Isso me trouxe uma memória de vários anos atrás. Para ser mais preciso, 15 anos atrás. De quando participei do 'Big Brother Brasil 5'", iniciou ele.

"Na época, eu tinha um baita cabelo black power, e isso até aquele momento ainda era algo incomum, mas algo de que eu me orgulhava muito. Até ali era normal ouvir que 'cabelo ruim tem que ser raspado', isso no caso dos homens. Ao sair do programa, minha surpresa foi saber que meu nome havia sido associado ao produto Assolan (esponja de lã de aço ou uma concorrente direta do famoso Bombril). Me lembro de ver vários 'memes', certamente naquela época esse termo nem havia sido criado, e de ouvir várias pessoas me chamando de ASSOALAN e esse tal ASSOALAN por esse e outros motivos não deveria estar onde estava ou com quem estava. Me lembro também que isso não gerava nenhum tipo de comoção ou revolta na sociedade e até mesmo em mim. Eu não achava legal, me constrangia mas tentava normalizar, assim como todo mundo. Era o normal'.

"Hoje, lendo a notícia, além de me trazer essa lembrança, fiquei feliz em sentir como as coisas evoluíram em relação as leis, ainda que a passos lentos, e na força da indignação que comentários racistas ou desrespeitosos hoje conseguem gerar na sociedade. Mas ao mesmo tempo me entristece saber que os discursos continuam os mesmos, os preconceitos e os ataques são os mesmos, até os sujeitos parecem os mesmos. Ou seja, passa o tempo, o mundo gira e a imbecilidade parece não ter fim. Salve, Ludmilla. Salve o nosso cabelo!! Salve a cor!", finalizou.