Globo emite nota de repúdio após jornalista ser hostilizado por Bolsonaro e agredido por seguranças - Reprodução/Instagram
TRISTEZA

Globo emite nota de repúdio após jornalista ser hostilizado por Bolsonaro e agredido por seguranças

Em declaração pública, emissora cobra apuração sobre o caso e diz que vai procurar a justiça; veja

Redação Contigo! Publicado em 31/10/2021, às 17h46

A TV Globo emitiu uma nota de repúdio neste domingo (31) após as agressões sofridas pelo correspondente Leonardo Monteiro em Roma, na Itália.

"A Globo condena de forma veemente a agressão ao seu correspondente Leonardo Monteiro e a outros colegas em Roma e exige uma apuração completa de responsabilidades", diz a emissora. 

O jornalista cobria a participação do presidente Jair Bolsonaro no encontro do G20 quando foi agredido com um soco no estômago e empurrões.

Tudo começou quando ele tentava conversar com o presidente sobre sua ausência em reuniões na manhã.  "Presidente, presidente. O cara tá empurrando, gente. Presidente, por que o senhor não foi de manhã no encontro do G20?", quis saber o repórter.

Ele foi hostilizado pela autoridade máxima da República. "É a Globo? Você não tem vergonha na cara", disse ele. Fazendo seu trabalho, o jornalista insistiu na pergunta. "Oi, presidente, por que o senhor não foi de manhã nos eventos do G20?", perguntou.

As agressões teriam partido de seguranças que acompanham a comitiva presidencial. Na nota, a Globo pediu uma investigação sobre o caso. 

"Quem contratou os seguranças? Quem deu a eles a orientação para afastar jornalistas com o uso da força? Os responsáveis serão punidos? A Globo está buscando informações sobre os procedimentos necessários para solicitar uma investigação às autoridades italianas.  No momento, ficam o repúdio enfático, a irrestrita solidariedade a Leonardo Monteiro e demais colegas jornalistas de outros veículos e uma constatação: é a retórica beligerante do presidente Jair Bolsonaro contra jornalistas que está na raiz desse tipo de ataque", diz a nota.

Ao final, a emissora avisa que não vai se intimidar. "Essa retórica não impedirá o trabalho legítimo da imprensa. Perguntas continuarão a ser feitas, os atos do presidente continuarão a ser acompanhados e registrados. É o dever do jornalismo profissional. Mas essa retórica pode ter consequências ainda mais graves. E o responsável será o presidente", diz.

 

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