'Malhação: Viva a Diferença' é a resposta perfeita para o isolamento social - Reprodução/TV Globo
O TOQUE HUMANO

'Malhação: Viva a Diferença' é a melhor resposta para os dias de isolamento social

Amizade, carinho e otimismo são remédio perfeito durante a pandemia; leia

Leandro Fernandes Publicado em 20/04/2020, às 17h07 - Atualizado em 01/05/2020, às 22h59

É 2020 e estamos em isolamento social. Muitos de nós não podemos ver nossa família, amigos, namorados, namoradas. O contato humano é para quem deu sorte e ao mesmo tempo traz certo receio.

No meio desse caos, a Globo decidiu reprisar Malhação: Viva a Diferença. A temporada da novela é interessante por se focar na amizade de cinco amigas, totalmente diferentes entre si, mas que encontram nas diferenças um ponto comum de carinho e preocupação - de proximidade.

Mais importante que o triângulo amoroso entre Keyla (Gabriela Medvedovski), Tato (Matheus Abreu) e Deco (Pablo Morais) é a amizade inabalável entre ela e as garotas que a ajudaram a fazer o parto do filho no chão do metrô de São Paulo. A trama está cheia de momentos repletos de uma afeição juvenil, às vezes exagerada, como a adolescência pede - aquele desejo de vida e contato transbordando.

No conforto de nossos sofás, muitos já com o formato do corpo dos donos marcado, essa efervescência ajuda a suportar a distância na vida real. Nos momentos tão bonitos em que a novela faz uma declaração de amor à uma educação mais inclusiva e humana através do casal Bóris (Mouhamed Harfouch) e Dóris (Ana Flavia Cavalcanti), que poderia perder o tom tão facilmente, na relação calorosa que cresce entre Benê (Daphne Bozaski) e Guto (Bruno Gadiol) através da música, com os melhores trechos musicais, passando pela família encantadora de Ellen (Heslaine Vieira) e Anderson (Juan Paiva), carregando a vida real com todo o peso que tem, mas mantendo um tom de leveza característico daqueles que encaram a dureza da vida com suavidade o suficiente para não doer.

Viva a Diferença não cura, mas ajuda. Mesmo com os dramas, idas e vindas, lágrimas e tramoias de vilões (alguns tão humanizados que fica difícil até de odiar), o que prevalece é um otimismo jovem. Estar com aqueles que amamos, rir junto com quem queremos bem, abraçar nossas mães, pais e avós, tudo isso são coisas que muitas vezes passam em branco, como parte da rotina, e agora tornou-se raro, valioso. Viva a Diferença é, agora, um abraço.

Talvez também por isso a Globo tenha decidido adiar a estreia de Desalma, série pesada de horror que estrearia em meio à pandemia, substituindo-a pela divertida Todas as Mulheres do Mundo, que também olha para as relações humanas com carinho. Talvez precisemos agora mais dos sorrisos de Tina (Ana Hikari) ao ver o namorado parar a moto na porta da escola para vê-la, em vez de sofrimento sem sentido - que já estamos vendo ao nosso redor o tempo todo.

Para quem quer ver a versão sem cortes da novela, a opção de maratonar Malhação: Viva a Diferença no Globoplay é uma tentação à qual este que escreve não resistiu. Mas há um charme inegável em aproveitar os ganchos perfeitos em cada capítulo e esperar até o dia seguinte para ver o que vai acontecer. Vale a pena ver de novo, diria a emissora. Vale também ver pela primeira vez, seja você uma adolescente que se identifica totalmente com uma das protagonistas, um garoto que se vê nos rapazes ou um homem de trinta anos que ainda luta para tirar a cabeça das emoções da juventude que não terminou, mas também não é a mesma de antes.

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