Um ícone na comédia brasileira, Marina Miranda faleceu na última terça-feira (21) aos 90 anos e deixou um legado brilhante cheio de risadas e superações.
A atriz que marcou sua carreira com trabalhos em ‘A Escolinha do Professor Raiumundo’ e ‘Os Trapalhões’ lutou contra o Mal de Alzheimer e sofreu de tuberculose e de uma infecção pulmonar.
Nascida em 1930, Marina foi pioneira na comédia brasileira e uma das primeiras humoristas negras do país. Decolou ao lado de Tião Macalé no programa 'Balança, mas não cai', transmitido pela Rádio Nacional nos anos de 1950 e adaptado pela Globo em 1968.
O sucesso de Miranda fez com que ela começasse a estrelar em novelas da TV Globo no final dos anos 1970. 'Dona Xepa', 'Dancin' Days', 'Vereda Tropical' e 'A Gata Comeu' foram alguns dos ilustres trabalhos feitos pela humorista na emissora.
Foi nessa época que a atriz entrou para o elenco de 'Os Trapalhões', programa em que ficou até 1987 e interpretou diversos personagens hilários. Miranda retornou à atração em 1992 e permaneceu até 94.
Ainda em 1992, Marina Miranda marcou um de seus maiores sucessos na televisão brasileira: sua participação em ‘A Escolinha do Professor Raimundo’. Lá, interpretou a famosa Dona Mandala/Dona Charanga.
O sucesso de Miranda na ‘Escolinha’ foi tão grande que a Dona Charanga fez uma participação especial no Zorra Total em 2000.
Em 2006, porém, a atriz expôs um drama que estava enfrentando em sua vida pessoal. Na época, ela estava com dificuldades para pagar o condomínio e pediu ajuda no programa de Sônia Abrão. Ela acabou escalada para a novela Prova de Amor, grande sucesso da Record TV.
A humorista chegou a ganhar um contrato vitalício com a emissora, porém, após uma década, a empresa realizou diversas alterações no esquema de produção de novelas.
O avanço do Mal de Alzheimer ocorreu rapidamente na vida de Miranda. Muito fragilizada pela doença, a comediante passou a sofrer com diversas complicações na saúde em seus últimos anos de vida, como uma infecção urinária, a tuberculose e uma infecção no pulmão.
EDIÇÃO: GUSTAVO CORREIA
Texto: Laura Vicaria
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