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Escalado para 'Jesus', Pedro Lamin comemora estreia na Record e diz: ''Cada religião me traz algo diferente''

Prestes a estrelar a novela 'Jesus', ator conta como foi gravar uma das principais cenas de seu personagem em Marrocos

Redação Contigo! Publicado em 24/07/2018, às 15h48 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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Pedro Lamin - Thiago de Lucena
Pedro Lamin - Thiago de Lucena

O ator Pedro Lamin está ansioso para ver as suas cenas na novela Jesus, nova trama da Record que estreia nesta terça-feira (24). Na história, ele interpreta Isaque, pai de Barrabás (André Gonçalves na segunda fase). O artista participa de poucos capítulos, mas adorou a experiência de atuar em sua primeira novela na emissora. Ele até teve a chance de gravar algumas cenas em Marrocos, na África.

Em conversa com a CONTIGO!, Pedro contou sobre como foi a preparação para este trabalho e também a experiência de vivê-lo na telinha. Confira:

Como surgiu o convite para atuar em Jesus?

Eu nunca tinha trabalhado na Record. Surgiu o convite para fazer um teste para o próprio Jesus. No dia do teste o Edgar Miranda [diretor], comentou comigo que eu era uma indicação do Christian Duuvoort, preparador de elenco, que eu havia trabalhado no longa O Último Jogo, que rodei no final do ano passado e vai ser lançado final do ano. Eu e Chris somos amigos, mas ele não quis me dizer que havia me indicado. [risos]

Você fez algum tipo de laboratório para a novela? 

A preparação foi feita com a Fernanda Guimarães, que trabalha há alguns anos na Record e tem um olhar muito sensível e entende esse tipo de produto. Trabalhamos o estado das cenas, o convívio da família, as relações pai e filho, marido e mulher, tendo em vista o momento cultural e econômico vivido por essa família, afinal são 2 mil anos atrás. Foi muito importante.

Como você define o seu personagem?

O Isaque é um pai de família, judeu oprimido pelo Império Romano que se vê numa situação limite quando sua plantação é destruída e eles perdem a casa em que moram. Ele se junta a alguns rebeldes para tentar afrontar o império. É pego e morre queimado vivo na frente dos filhos e da esposa.

Como foi interpretar o Isaque?

O que mais me atravessou vivendo esse personagem foi a angústia de não poder fazer nada pela família, a sensação de impotência de ter que dormir na rua, os filhos com fome. Um governo opressor, sem escrúpulos. Eu não tenho filhos, mas essa situação me deixava muito angustiado. Todos nós que vivemos a família ficamos muito unidos.

Quais foram as suas inspirações para compor o Isaque?

Por incrível que pareça, o momento atual. Me sinto oprimido por esse governo. Uma sensação de impotência. A mesma que o Isaque sente. O buraco para ele é mais embaixo, tem dois filhos, a esposa, perdeu a casa, não vê saída. Apesar de tudo eu tenho uma ponta de esperança. A nova geração vem quente. Dadas as devidas proporções, a diferença cultural, muita coisa se repete. Além de uma excelente preparação com Fernanda Guimarães, que trabalhou as relações familiares de modo sublime.

Existe algo de semelhante entre a sua personalidade e do Isaque?

Sim, somos homens guerreiros, batalhadores e dadas as proporções, oprimidos pelo governo. Tenho uma relação muito forte com a minha família, isso refletiu no personagem. 

O que o público pode esperar do Isaque na história?

Muita emoção, um pai desesperado pela justiça e completamente apaixonado pelos filhos e pela esposa. São cenas fortes. 

Você é religioso?

Gosto de estudar as religiões, entender culturalmente sua posição na sociedade. Mas não me considero com uma religião específica, até porque, como disse, gosto de beber na fonte de todas elas. Cada uma delas me traz algo diferente. 

Como é fazer uma novela bíblica?

Existe algo épico nas novelas bíblicas, são histórias reais, histórias que estão até hoje mexendo com as pessoas. Já havia feito antes uma peça contando a história de Jesus, é diferente, a energia que gira é muito forte. 

O que foi mais marcante para você na novela?

Com certeza, a morte do personagem. Gravei no Marrocos, um calor de 50 graus, todos aqueles figurantes marroquinos entregues, com muita história no olhar, uma cena muito difícil. Marcou pra vida. 

Qual tipo de personagem você ainda sonha interpretar?

Gostaria de fazer o filme do Ayrton Senna. Contar a história dele, que é meu grande ídolo. 

Qual é o sonho que ainda quer realizar em sua vida?

Viajar o mundo e construir uma família linda. Quero muito ser pai.