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"Sempre conquistei tudo que eu quis", dispara Anitta

Em NY, Anitta revela os primeiros passos da carreira internacional e fala de fama e fracasso

por Daniel Lopes Publicado em 26/05/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Anitta grava novo clipe em NY - Pedro Pedreira
Anitta grava novo clipe em NY - Pedro Pedreira
Anitta, 24 anos, pode ter a voz delicada, mas é firme na hora de decidir os rumos de sua vida. Depois de estourar no Brasil, emplacar vários hits e realizar parcerias que vão desde o reggaeton do colombiano Maluma, 23, até o forró de Wesley Safadão, 28, a cantora está pronta para invadir os Estados Unidos. A popstar, que investe na carreira internacional, esteve em Nova York para gravar o novo clipe de Paradinha, totalmente em espanhol, música que será lançada no dia 31 de maio. CONTIGO! acompanhou a viagem da artista e, durante um passeio pelos diferentes porém icônicos bairros do Soho e Chinatown, Anitta contou que está empolgada com o novo desafio. Entretanto, garantiu não deixar o sucesso subir à cabeça. “Não me acho a rainha da cocada preta”, revela, em entrevista exclusiva. Alvo de memes e críticas na internet – a maioria por conta de suas intervenções estéticas, entre elas, preenchimento labial –, Anitta confessa que já se magoou ao ler ofensas na rede. “Eu sou só um ser humano, eu sofro!”, diz sobre o que lê na web. Acompanhe o bate-papo! 


Por que uma música em espanhol? 
Eu sou apaixonada pelos ritmos latinos. O brasileiro está se familiarizando novamente com o mercado latino, consumindo o ritmo e curtindo músicas em espanhol. Teve uma demanda deste mercado também depois das parcerias com o J Balvin e o Maluma. Eu acho que, com o tempo, tudo se globaliza. Tem gente de todo tipo de cultura em todo lugar do mundo. Somos todos latinos, acredito neste intercâmbio cultural!

E o que pode adiantar do clipe? 
É uma música leve, para dançar e se divertir. Tudo ficou nas mãos do Giovanni Bianco (mesmo responsável por Bang). A ideia é colocar todo mundo para dançar. Não posso revelar muito senão estraga a surpresa!

Não vai mais fazer álbuns? 
Eu não amo fazer álbuns, gosto mais de singles e clipes. Lá fora, a galera ainda tem costume de ouvir um álbum inteiro. Aqui não. O povo ouve o que é trabalhado na rádio. Quando você lança um álbum, você perde as outras músicas. Não pretendo lançar por isso.

Por que gravar nos Estados Unidos? 
Aproveitei para combinar com a minha agenda de promoção ao lado da Iggy Azalea, 26 (parceira na música Switch). Eu gosto da organização das cidades americanas. A segurança e como tudo funciona. Em Nova York, gosto dos restaurantes, das baladas e dos parques. Adoro passear por aqui, ver as pessoas estilosas pelas ruas.


E os planos de carreira internacional? 
A música com a Iggy foi uma introdução ao mercado norte-americano e a recepção está sendo incrível. Todas as vezes que viajo aos Estados Unidos, participo de reuniões. Também faço muito coaching para perder o sotaque, cantar de maneira mais natural. Estou dando um passo de cada vez, com calma. O povo brasileiro não pode esperar que eu me torne gigantesca de cara porque não é assim. No Brasil, também foi devagar. Foi sempre gradual, crescendo aos poucos. Lá fora, não sou ninguém.

Por que acha que é difícil fazer sucesso lá fora? 
Não é fácil. Dá pra entender porque talvez ninguém conseguiu. É remar uma maré gigantesca. Tem que ter muita determinação, insistência. Não tenho medo de tentar. O que eu tenho no Brasil é incrível, amo meu público, meus fãs, tudo que conquistei. É mais uma questão de alcançar novas metas, mas não vou ficar frustrada se não acontecer...

Qual o segredo do seu sucesso? 
Eu sou muito criteriosa na hora de escolher o que vou cantar. Eu só lanço aquilo que tenho certeza que o público vai gostar. Acho que este controle me ajuda muito. Ninguém vai lutar mais ou melhor pelo meu sonho do que eu. Só eu vou fazer do jeito que eu quero. Por enquanto, o jeito que eu quero é o que dá certo.


Está dando conta desta agenda repleta de compromissos? 
Eu não consigo nem dormir, fico morta. Tento equilibrar. Tem compromisso que não tem como passar para depois. É muito sacrificante, mas dá para relaxar de vez em quando. Aí eu aproveito pra ficar em casa!

Você já é considerada uma das maiores popstars do Brasil. O que acha disso?  
Esse título não me envaidece porque eu não tenho vaidade, não tenho ego gigante. Quando eu ouço as pessoas dizendo isso, tento fazer jus ao que elas pensam e entregar um trabalho cada vez melhor. Realmente o pop não estava acontecendo no Brasil. Eu insisti e agora tem várias outras pessoas fazendo. Isso é muito bacana, me sinto orgulhosa. Mas eu não deixo isso subir à minha cabeça, pensando que eu sou a rainha da cocada preta. Até porque pode surgir alguém amanhã e fazer algo muito melhor do que eu e ter muito mais sucesso também.

Por outro lado, muitas pessoas também acham você arrogante...  
Estou solteira, feliz e realizada pessoalmente. O fato de vender autoestima e autoconfiança faz as pessoas acharem que isso é prepotência ou falta de humildade. Confiança não tem nada a ver com isso.  Você pode ser autoconfiante e ter autoestima e, ao mesmo tempo, ser humilde e simples. Por eu levantar a bandeira da autoestima, me pintam como exibida, dizem que eu me acho. Mas eu posso reconhecer minhas qualidades e manter meu pé no chão.


Você vive sendo alvo de memes na internet, muitos por conta de intervenções estéticas. Te incomoda? 
As pessoas costumam tratar minhas intervenções estéticas como uma grande questão. Não vejo dessa forma. Você tem que buscar aquilo que te satisfaz. Se está insatisfeita e pode mudar isso, por que não fazer? Eu estou bem feliz comigo. Muitas vezes as críticas me magoaram. Eu só não detalho todas as vezes para não ter que voltar nesses assuntos, mas eu me sinto muito mal. Eu sou só um ser humano, eu sofro também. Hoje estamos num momento do país e do mundo que temos que ter muito cuidado com o que falamos. Tudo é levado muito a sério. Por outro lado, se tenho uma opinião diferente do outro, as pessoas não respeitam. Me entristece, sabe? Você se sente até desestimulado de ser você mesmo, de levar a vida de um jeito leve...

Tem medo de que a fama mude a sua personalidade? 
Eu sempre paro para pensar nisso. A gente é sempre tão cercado de gente puxando o nosso saco, dizendo que tudo que você faz é maravilhoso, que você pode acabar esquecendo da realidade. Eu tenho sempre pessoas da minha confiança para colocarem meu pé no chão. Falam tanto e eu penso ‘será que sou isso tudo mesmo?’. Jamais teria chegado onde cheguei se eu fosse uma pessoa do mal. Pensar em tudo que conquistei e a forma que consegui conquistar me ajuda muito a me aceitar.


E no caso de um possível fracasso? 
A vida é feita de altos e baixos, né? Eu acredito que eu não tenho medo de fracassar justamente por saber que a vida é assim. Uma hora você pode fracassar e ter medo disso vai te fazer fracassar cada vez mais. O importante é fazer o que você ama e, se não der certo, ok. O mundo não vai acabar. É só você fazer novamente, tentar de novo. Os erros são feitos para você não errar novamente e seguir em frente.

Você imaginava que um dia fosse chegar tão longe? 
Esta identidade que eu criei sempre me fez acreditar que eu ia conseguir porque eu sou muito determinada. Eu sabia onde queria chegar. Sempre conquistei tudo que eu quis, na maior dificuldade que fosse, eu sempre fui atrás e dei meu jeito. Isso não é prepotência. É saber exatamente tudo o que eu quero e buscar isso até conseguir. Persistência é tudo na vida.