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No ar em A Lei do Amor, Pierre Baitelli descarta título de galã: "Quero poder ser muitas coisas além disso"

Tímido, o ator teve dificuldade para se adaptar ao jeito expansivo de Antonio, seu personagem. Longe 
de rótulos, ele diz que não se considera um galã e lida tranquilamente com assédio

Por Mariana Silva Publicado em 09/02/2017, às 18h32 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Pierre Baitelli - Vinícius Mochizuki
Pierre Baitelli - Vinícius Mochizuki
Enquanto um é tímido assumido, o outro revela seu lado expansivo. O primeiro é introspectivo. O segundo, comunicativo. Mesmo com as diferenças, Pierre Baitteli, 33 anos, não nega que Antonio, seu personagem em A Lei do Amor (Globo), lhe trouxe significativas mudanças. “Pessoalmente, acho que me sinto mais leve, criativo e bem-humorado”, confessa o ator, que aprendeu, aos poucos, a driblar a timidez em cena. “Sou bem fechado. Todo personagem tem uma dificuldade específica, por isso, não tenho muita facilidade em interpretar nenhum”, conta.
 A paixão por atuar começou quando tinha apenas 8 anos. Aos 17, Pierre deu início à carreira artística e, hoje, tem a certeza de que escolheu o caminho certo. “Apesar das dificuldades que existem em qualquer outra profissão, nunca pensei em seguir por outro rumo. Amo o que faço”, afirma. 
A estreia na TV, que aconteceu na minissérie Capitu (Globo, 2008), seguida pelas duas temporadas da série Magnífica 70, da HBO, veio carregada de ensinamentos adquiridos nos palcos. “Mesmo sendo ambientes bem distintos, me inspiro muito no que o teatro me ensinou. O bacana é que, de um modo geral, o ator passa por um processo cumulativo de experiências e impressões sobre o que vive e observa no mundo”, explica.



Pierre nunca teve dúvidas sobre sua profissão e atua desde os 8 anos

Com vivência em diversos musicais, uma das melhores recordações de sua carreira também é de quando as cortinas são abertas. Em 2011, ele concorreu ao Prêmio Shell de Teatro pelo espetáculo Hedwig e o Centímetro Enfurecido. “Competi com Marco Nanini e Paulo Betti, duas grandes inspirações para mim. Tenho uma enorme admiração por eles! Ter sido indicado ao lado dos dois foi uma das coisas que mais marcou minha trajetória até agora”, relembra.
Apesar da saudade, Pierre espera não precisar escolher entre os dois veículos. “São dois universos completamente diferentes desde o processo até o resultado final. Por ter começado no teatro, que é mais artesanal, acredito me sentir mais amparado nele, porém, tenho tomado gosto pelo tempo mais dinâmico que tem a televisão e pelos desafios de interpretar personagens em uma obra aberta”, avalia, sem perder o foco de seus próximos passos. “Tenho alguns projetos de teatro que gostaria muito de conseguir tentar ainda este ano. Cinema é um território que ainda quero conhecer mais a fundo. E também torço por uma terceira temporada de Magnífica 70 (risos)”.

SEM EMBARAÇO 
O jeito espontâneo de Antonio conquistou o público e Pierre está colhendo os frutos do trabalho. “O retorno tem sido maravilhoso e estou muito feliz. Acompanho o que dizem nas redes sociais, mas ainda estou aprendendo a lidar melhor com tudo. Sempre que possível, curto e respondo”, diz.
Apesar do reconhecimento, ele descarta o título de galã e quer ir muito além do rostinho bonito. “Não sou muito a favor de estereótipos ou rótulos. Quero poder ser muitas coisas além disso”, dispara.
Atualmente solteiro, o ator prefere pensar fora da caixa quando o assunto é relacionamento.


Pierre Baitelli e  e Titina Medeiros vivem Antonio e Ruth Raquel na trama das 9 (Foto: TV Globo)

Na trama das 9, seu personagem vive uma história de amor com uma mulher mais velha. Sem poupar elogios à parceira de cena, a atriz Titina Medeiros, 39, Pierre rebate as críticas e diz que não teria problema em se relacionar com uma mulher mais velha. “Somos muito próximos. Tenho um carinho e uma admiração enorme pela Titina! Me relacionaria com uma mulher mais velha, sim. Não vejo problema algum nisso. É inacreditável que, nos dias de hoje, esses temas ainda sejam tabus e que a grande maioria da sociedade tenha uma mentalidade tão retrógrada e pequena a respeito de questões como esta”, diz.