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Luciano Quirino abre seu recanto no Rio de Janeiro

O policial Armando, de A Lei do Amor, Luciano Quirino, mostra onde se diverte com os animais e suja as mãos de terra para plantar árvores e cultivar hortaliças

Por Tatiana Ferreira Publicado em 31/03/2017, às 18h44 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Luciano Quirino abre seu recanto no Rio de Janeiro - Fotos: Cadu Pilotto
Luciano Quirino abre seu recanto no Rio de Janeiro - Fotos: Cadu Pilotto
Das baladas, o ator Luciano Quirino, 50 anos, agora passa bem longe. Não à toa. Como policial Armando de A Lei do Amor, quando não está gravando ele pode desfrutar de um pequeno ‘paraíso’ que construiu para si. Sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, é um verdadeiro mundo à parte. Lá, Luciano cultiva árvores frutíferas, brinca com seus dois cães (o labrador Nuno e o vira-lata TJ, abreviação de Tamu Junto) e descansa em redes. “Gosto da tranquilidade. Isso foi a maturidade que me deu. Já fui muito de sair, ir a festas e viajar, mas agora minha escolha é ficar no meu canto com meus cachorros”, diz ele, que está começando uma horta. “O terreno já tinha pé de abacate e pitanga. Decidi apenas dar continuidade.” Sobre a falta de uma companhia para dividir a rede, Luciano faz mistério. “Não sou casado, mas não estou sozinho (risos)”, garante ele, que não assume um romance desde o fim do casamento com a escritora Patrícia Carvalho Oliveira, 42, há quatro anos.

Quando está em casa, Luciano não desgruda de suas duas paixões: o labrador Nuno e o vira-lata TJ

Paternidade 
Além da novela das 9, o ator também pode ser visto no programa infantil D.P.A. – Detetives do Prédio Azul (Gloob), como o Ptolomeu, pai de Bento (Anderson Lima, 11). Essa convivência com o universo infantil tem aflorado o desejo de ser pai. “Agora tenho sentido falta de um filho, mas ainda dá tem tempo”, sonha. Com 30 anos de carreira, que incluem trabalhos na TV, no cinema e no teatro, Luciano se sente privilegiado, mas admite ainda não ter feito o grande papel de sua vida. “Sempre acho que será o próximo. Não me considero famoso, mas sou conhecido e respeitado no meio”, avalia. “Durante esses anos todos, fiz drama, comédia, ação, infantil e musicais. Tenho um leque de possibilidades. Danço, canto e interpreto”, enumera ele, que é bailarino profissional. “Comecei a dançar para acrescentar na profissão e sofri preconceito. O questionamento sobre a orientação sexual de um bailarino é comum, mas é uma bobagem. Independente de sua escolha íntima, para ser bailarino é preciso ser viril e macho”, garante o ator, sem se abalar. Este não foi, aliás, o único preconceito que enfrentou. “Já fui discriminado. O racismo existe. Não adianta dizer que não. Mas a temática e os conflitos de personagens negros não podem ficar só nisso. Temos conflitos sentimentais, financeiros e profissionais, assim como os brancos. Nós, negros, somos sempre refletidos da mesma forma nas novelas: em favelas, como escravos, bandidos e pobres coitados”, reclama, antes de completar. “Fiz alguns trabalhos neste segmento, mas chegou uma hora que não quis mais. Acabou!” 

Luciano, que também é bailarino profissional, completa este ano 30 anos de profissão

Pau para toda obra
Os altos e baixos da profissão de ator não abalam Luciano. Se não pinta trabalho em sua área, ele segue outro caminho. Carismático e bom de vendas, descobriu ser um bom corretor de imóveis. “Foi um recurso que apareceu nas entressafras, há uns três anos. Precisava trabalhar. Uma corretora me abordou. Ela, então, me convidou para uma reunião de um lançamento imobiliário e lá fiquei”, lembra. “Para mim, não tem tempo ruim. É preciso trabalhar. Não posso me dar ao luxo de ser só ator.”