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Leticia Colin sobre Bruna Marquezine "Fomos parceiras. Ela é especial"

Atriz elogia a companheira de elenco em Nada Será Como Antes em entrevista exclusiva

por Ligia Andrade Publicado em 17/11/2016, às 14h36 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Leticia Colin - Rodrigo Lopes
Leticia Colin - Rodrigo Lopes
Leticia Colin gosta de todas as suas intensidades. “Adoro ser mulher. Vou fazer 27 anos, sinto que algumas coisas estão se acalmando, outras estão se abrindo”, reflete a intérprete da dominadora Julia em Nada Será como Antes (Globo). Na série, ela se envolve em um triângulo amoroso com seu irmão, Otaviano (Daniel de Oliveira, 39), e Beatriz (Bruna Marquezine, 21). Antes mesmo da estreia, as cenas mais quentes envolvendo os personagens já havia gerado um burburinho. “É absurdo que hoje em dia alguém possa ter ainda preconceito ou ver como exotismo um casal homoafetivo. Eu me senti feliz por poder contribuir para quebrar esse preconceito”, festeja. Namorando há seis meses o ator e diretor Michel Melamed, 40, Leticia já sente a influência do amado em seus trabalhos e pensa em uma futura parceria. “Adoro a curiosidade que ele tem sobre o mundo.” Leticia já tem data para voltar à TV em 2017: está escala para a próxima novela das 6, Novo Mundo (Globo).
romance “Novela é uma ferramenta que reflete o mundo em que vivemos – não importa se é nos anos 1950 ou agora. Os casais são múltiplos, a sexualidade é variada, fluida... Estava retratando o meu mundo.”


Parceria “Eu e Bruna nos demos muito bem, nos divertimos, fomos parceiras, nos ajudamos nesse longo processo. Ela é uma menina especial, excelente atriz, fiquei feliz de conhecê-la. Já era fã do Dani, queria trabalhar com ele, que é impecável. Foi um encontro feliz.”

Nudez “Todos os elementos da vida entram em cena para contar uma história. E, quando eles estão a serviço, para contá-la de um jeito belo, verdadeiro, com bom gosto, justificado, está tudo certo.” 

Empoderamento “Adoro ser mulher, com todas as minhas intensidades. Vou fazer 27 anos, sinto que algumas coisas estão se acalmando, outras estão se abrindo. Sou apaixonada por análise, faço há oito anos, com a mesma analista. Adoro saber sobre a vida, sobre mim, entender os relacionamentos...”


Inspirações “Tenho mulheres fortes na minha família: mãe, avós. Trabalhadoras, guerreiras, amorosas, que se reinventaram ao longo da vida, sem perder a doçura e a delicadeza. Naturalmente, tenho essa coisa maternal, gosto de acolher as pessoas. Temos de semear o lado feminino na nossa sociedade.”

Feminismo “Esses movimentos são importantes. Posso dizer que sou feminista. A maneira de exercer meu trabalho com liberdade, de ter minha casa, levar a vida do jeito que quero... Tudo isso seria uma coisa básica, mas já acaba sendo um posicionamento feminista. Ainda temos muito a caminhar.”

Insegurança “Já fui agredida verbalmente, com um olhar, com alguma discriminação. Eu me sinto insegura, constrangida de passar na rua, ando muito a pé para fazer minhas coisas. Isso já aconteceu com várias mulheres. O próprio constrangimento é uma violência.”


Pé no chão “Tento ter uma alimentação natural e orgânica, mas abro exceção. Tem de ter o bom senso, senão dificulta a vida. Adoro pudim, chocolate quente no friozinho...” 
energia “Faço sapateado, musculação e estou curtindo bastante fazer exercícios na praia três vezes na semana. Acordar cedo me deixa em contato com a natureza. É muito mais astral.” 

Budismo “Tenho uma rotina espiritual há mais de um ano, melhorou a minha vida. Mesmo quando estou bem, faço as orações de agradecimento. Curto ir a meu oratório, ficar conectada, recitando... Quando estou mais em correria, coloco uma música com um mantra que me revigora.” 

Mudanças “O budismo foi um grande encontro com o que penso, fala da responsabilidade sobre a vida: não se pede, não se lamenta – traz má sorte. Sempre fui responsável, às vezes tinha dificuldade em confiar em mim e no meu talento. O budismo me deu fé em mim mesma, agora tenho um diálogo aberto comigo mesma.” 


Felicidade “Estou feliz, além dessa personagem incrível na série, vou filmar o novo projeto do Breno Silveira, A Costureira e o Cangaceiro. É um desejo que tenho de cada vez mais fazer cinema, trabalhar com diretores brasileiros maravilhosos. O filme se passa nos anos 1930. Adoro trabalhos de época, é uma chance de unir a uma das minhas paixões, a História. Até passei no vestibular para a faculdade, no Rio, mas comecei a trabalhar.” 

Encontro “Michel é multiartista, tem bom gosto, conhece de artes plásticas a artes cênicas, arquitetura... Adoro isso nele, de ter essa curiosidade sobre a vida, o mundo. O olhar dele do mundo é belo, é um prazer compartilhar as coisas que ele gosta de falar, fazer.” 

Influência “Temos vontade de trabalhar juntos. Mas, de algum jeito, se relacionar já é trabalhar com a pessoa. Dividimos em casa, lemos, vemos filmes, discutimos sobre artes. E já está nos meus trabalhos de alguma maneira. É a pessoa com quem estou me relacionando, conversando, sem querer, já influencia. É muito bom!” 

Sonhos “Eu tive uma banda, talvez seja a primeira coisa que consiga realizar, encarar a realidade de fazer música. Também quero conhecer a Ásia.”