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Juan Alba, um romântico dos bons

Depois da participação na novela Velho Chico, como o pianista Amadeu, o ator se prepara para um tributo ao poeta Vinicius de Moraes e diz que vai mostrar ainda mais o seu lado sentimental

Por Tainá Goulart Publicado em 15/07/2016, às 12h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Juan Alba - Fotos: Marco Pinto
Juan Alba - Fotos: Marco Pinto
Os dedos de Juan Alba deslizam com facilidade pelas notas do piano, acompanhando a música no estilo folk, do grupo Folk na Kombi, que toca no Piratininga Bar, na zona oeste de São Paulo. Sentado à frente do instrumento puído, o ator começa a cantarolar, como se já conhecesse a melodia há anos, demonstrando a habilidade de um grande pianista. “Eu tirei de ouvido (risos)! O piano não existia na minha vida até agora. Só tinha um tecladinho, que não levei pra frente. Mas, meu ouvido musical é muito bom e, por cantar, ele é bem treinado para reconhecer as notas musicais. Aí, com umas aulas que tive para a novela, acabei decorando, aprendendo onde fica cada nota no piano... Quem sabe eu não inclua esse instrumento nos estudos, que já tem um violão e o próprio canto?”, avalia Juan, que interpretou o pianista Amadeu, na novela das 9, Velho Chico (Globo). 
Até receber o convite para fazer a participação na trama, o único contato que o ator havia tido com o instrumento foi durante o musical que fez recentemente, o Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, peça inspirada no filme homônimo do diretor espanhol Pedro Almodóvar. Porém, a preparação para o papel nas telinhas exigiu bastante estudo ao lado da atriz Christiane Torloni, a Iolanda, sua parceira de cena, e do pianista Rodrigo De Marsillac, que executou as músicas de fato nas gravações. “É difícil entrar em uma novela na qual tudo já está encaminhado. Porém, eu e a Christiane tivemos uma química incrível. Ela é extremamente dedicada ao trabalho que faz, além de ser supercuidadosa na hora de estudar comigo. Já o Rodrigo me deu várias dicas incríveis, principalmente sobre postura e execução, que me ajudaram a pegar intimidade com o instrumento. Combinamos que eu faria os movimentos e ele tocaria as músicas de verdade. Foi a segunda vez que fui ‘dublador de instrumento’, a primeira foi no musical New York, New York, em que eu fazia um saxofonista.” Depois da participação, Juan continua na música, com um tributo ao poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), ao lado das cantoras Jane Duboc, e Célia. “No ano retrasado, me convidaram para fazer o projeto, mas não pude aceitar por compromissos profissionais. Porém, retomaram o contato e agora vai! A princípio, serão dez apresentações, em que vamos trazer as canções, as poesias e o romantismo, que só ele sabia fazer. Era um apaixonado pelas mulheres, assim como eu também sou pela minha companheira, Paula, e pelas minhas filhas, Vitória e Valentina”, diz ele, que namora há um ano. 
Pai Orgulhoso
Por ser rodeado de mulheres, Juan brinca que se tornou bastante romântico, daqueles que manda flores e planeja jantares-surpresa. “Com a idade, aprendi a ser mais presente em tudo o que faço. Eu me entrego mais a meus compromissos e às pessoas que estão a meu redor. Se é para sair com a Paula, por exemplo, eu me foco na companhia dela e largo o celular de lado. Porém, está difícil criar surpresas hoje em dia, já que todo mundo quer saber de tudo antes. Por isso, faço questão de passar isso para minhas duas filhas, que são dessa nova geração ultraconectada. Quero que elas tenham esse pensamento de atenção e dedicação em mente.” Se por um lado a tecnologia pode atrapalhar neste tipo de situação, por outro, o celular vira uma salvação. Pai dedicado, o ator está sempre ao lado das meninas, mesmo com a mais velha morando em Nova York desde o ano passado. “Estamos conectados e nos falamos todos os dias. Sinto falta de tomar café da manhã com as meninas, no domingo. Sou um pai bastante orgulhoso das filhas que criei, elas são maravilhosas. E, acredite, não sou ciumento. A cara de bravo é só para manter a fama de mau”, brinca.