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Grace Gianoukas diz que nunca teve desespero de ser aceita!

Fazendo da TV seu palco, a atriz mostra sua originalidade como a excêntrica Teodora Abdala em Haja Coração e comemora 15 anos em cartaz com Terça Insana

Por Ligia Andrade / Fotos Arthur Meninea / TV Globo Publicado em 18/08/2016, às 19h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Grace Gianoukas, a Teodora Abdala em Haja Coração - Fotos Arthur Meninea / TV Globo
Grace Gianoukas, a Teodora Abdala em Haja Coração - Fotos Arthur Meninea / TV Globo
A frase “Bem aventurados os inadequados porque deles é o reino da originalidade”, presente no espetáculo Terça Insana – Grace Gianoukas Recebe diz muito de sua autora, a intérprete da excêntrica milionária Teodora Abdala em Haja Coração (Globo). Com uma sólida carreira no teatro, a atriz gaúcha de 52 anos se dedica há 32 à arte de usar o humor como ferramenta para dar o seu recado e, principalmente, voz aos excluídos. “Nunca vou parar de lutar. Tive pessoas bacanas que me deram a mão em momentos que poderia ter me sentindo insegura, esquisita demais, por ter uma personalidade tão incomum”, explica ela, continuando: “Nunca tive esse desespero de ser aceita. Tive uma ideia e fui atrás”. E a originalidade virou a marca registrada de Grace, que já quis ser antropóloga. Dá para acreditar? “Graças a Deus, não me encaixo em padrões estéticos, de comportamento, essa coisinha mulherzinha, para casar... Sou uma mulher inteira!”, opina ela que, além de atriz é autora, diretora, produtora, e não gosta tanto do rótulo de humorista. “Ator tem de saber andar para todos os lados. Comediante é um dramático também.”

Pela primeira vez, Grace experimenta a popularidade de estar com uma personagem com tanto destaque. “Teodora me coloca em todos os cantos do Brasil, agrada a gregos e troianos. Agarrei a oportunidade com unhas e dentes”, garante. A perua agradou mesmo. Tanto que, mesmo depois de morta, voltou nos sonhos de Aparício (Alexandre Borges). “Eu e Alexandre criamos uma sintonia para fazer esse casal tão absurdo. É maravilhoso trabalhar com ele, um grande ator”, elogia. Grace também aproveita para se derreter por Tatá Werneck, intérprete de Fedora, fruto dessa relação no folhetim. “Identifico coisas que tinha na idade dela. Tatá tem um ponto de vista original, efervescência. Somos mulheres singulares nesse sentindo, não nos encaixamos nos padrões. Vejo uma pressão em cima, mas ela está sempre simpática, amorosa...”


PRATICIDADE NO DIA A DIA
A época para Grace é de brilhar dentro e fora da TV. Comemorando 15 anos de estrada com Terça Insana, o espetáculo já levou aos palcos mais de 500 personagens, sempre se reinventando e se inovando. “Um dos objetivos do projeto era o de não se acomodar.” Obstinada, ela sempre correu atrás de seus objetivos, trabalhou como garçonete para bancar suas peças e, muitas vezes, levava seu filho, o estudante de veterinária Nikolas, para o teatro, por não ter com quem deixá-lo. Moradora de São Paulo, mantém uma produtora em sociedade com o marido, o produtor cultural Paulo Marcel Almeida, a quem também dedica o sucesso do Terça Insana. “É um alívio não segurar essa onda sozinha. Não dá para estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Com isso, amadurecemos juntos, viramos parceiros, cúmplices. É um amor maduro”, justifica.

Com uma mente tão agitada, Grace confessa deixar a vaidade um pouco de lado. Ela aprendeu a usar a praticidade em sua vida. “Fiz uma limpa no meu guarda-roupa. Gosto mesmo é de aproveitar meu tempo no meio da natureza, me faz bem.” Tampouco a atriz dá bola para as questões estéticas. “Passei esses anos criando filho, montando espetáculo, pagando dívidas, arranjando dinheiro, ajudando ator, escrevendo, dirigindo... Quem sabe agora, com um pouco mais de tempo, consiga prestar mais atenção nisso?”