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Evandro Mesquita volta aos palcos com a icônica Blitz

Aos 65 anos, o cantor e ator está de volta aos palcos com a banda. Multitalentoso, ele garante não lembrar a idade que tem... Até sentir aquela dorzinha no joelho!

Por Tatiana Ferreira Publicado em 29/04/2017, às 13h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Evandro Mesquita volta aos palcos com a Blitz - Fotos: Cadu Pilotto
Evandro Mesquita volta aos palcos com a Blitz - Fotos: Cadu Pilotto
Surfista de fala mansa, quase cantada, jeito malemolente, sempre com uma maneira cool de ver a vida, Evandro Mesquita, 65 anos, ainda é a personificação do estereótipo eternizado na música Menino do Rio, sucesso no anos 1980. “Não me sinto com a idade que tenho. Só lembro quando aparecem as limitações, como a dor no joelho, por exemplo, que me impede de jogar bola”, explicou ele que, não à toa, há dois anos realmente ganhou o título de Menino do Rio da Confraria dos Garotos por ser considerado a cara da cidade. Líder da famosa banda Blitz, ele está de volta aos palcos com um CD inédito após um jejum de seis anos. Mas que ninguém se engane com o jeitão de Evandro. Casado há 15 anos com a backing vocal da banda, Andréa Coutinho, 42, com quem tem Alice, 10, e pai também de Manuela, 28, de seu relacionamento com a atriz Iris Bustamante, 47, em casa, ele é um marido que prioriza a cumplicidade e acompanha de perto a vida das meninas. “Sou excelente com elas. Temos uma relação de sinceridade. Não sou um homem perfeito, tenho falhas, mas vou tentando sempre dar o melhor de mim...”, garante o ator e músico. 

Antes mesmo da Blitz, fenômeno na década de 1980, Evandro já fazia sucesso como ator no grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, 
dos anos 1970. Toca da onça é como ele chama o estúdio que montou em sua casa, no Itanhangá, Rio

SEM PRETENSÕES “Não é a meta alcançar o sucesso que tivemos no início. Desejo conseguir, claro, o maior número de pessoas curtindo a gente. Mas tenho consciência de que os tempos são outros. Hoje é muito difícil vender disco. Quando nos lançamos, passamos a marca de um milhão e meio de compactos. Hoje em dia é bem mais fácil gravar, mas muito mais difícil ter grande visibilidade.” 

EQUILÍBRIO “A carreira é instável. Tem que tentar se equilibrar. Gosto de fazer coisas agradáveis para mim. A Blitz é autoral. Componho, sou fundador e tenho muito prazer em continuar com ela, assim como tenho com os meus trabalhos atuando.” 
DOCE ILUSÃO “Fizemos muito sucesso e hoje é outra realidade, mas não tenho frustração. Nunca penso muito sobre isso, vou indo, surfando. Se você cair nesta ilusão de que é o ‘rei da cocada’ do momento, o tombo vai ser maior. Não sou mais a bola da vez, mas que se dane! Ainda estou fazendo gol. O bom sabor não tem prazo de validade! Já tivemos nossos clássicos, que seguram os shows e mantêm a memória afetiva das pessoas.”  

Toca da onça é como ele chama o estúdio que montou em sua casa, no Itanhangá, Rio

SOZINHO E IMORTAL “Quando comecei com a Blitz, eu era outra pessoa. Era sozinho, invencível e imortal. Era rico de amigos, possibilidades e aventuras. Mas não era doidão. Sempre fui pé no chão e cabeça nas nuvens.” 

ÓCIO CRIATIVO “Foram seis anos de calmaria. Tenho estúdio próprio e trabalho sem pressão. As músicas foram compostas com muito prazer, nas estradas, em quarto de hotel, no sítio... Foi uma coisa bem calma. Trabalhava uma ou duas vezes por semana, utilizei a preguiça como ócio criativo.”
O QUE VEM POR AÍ “São 13 músicas inéditas, com parcerias e convidados muito legais que a gente foi encontrando durante este tempo. Nada foi planejado. Foram encontros eventuais em aeroportos, na rua ou na estrada. Tem várias participações. Entre elas Paralamas do Sucesso, Frejat, Seu Jorge e Sandra de Sá. É uma mistura com bastante personalidade.”

MUDANÇAS “Com exceção da Nicole Cyrne (backing vocal), que entrou há três anos, esta formação está há 12 anos na estrada. É muito difícil manter uma banda durante 35 anos. É um casamento entre sete pessoas. Se a dois é difícil, imagina com toda esta galera?! Mas estamos em uma fase muito boa. Costumo falar: é mais importante beijo na boca do que bodas de ouro. É preciso cumplicidade e parceria.” 

No detalhe, sua coleção de miniaturas, um de seus orgulhos. “Não sou mais a bola da vez, mas que se dane! Ainda estou fazendo gol. O bom sabor não tem prazo de validade”

DROGAS “Já experimentei, claro! E não me arrependo, mas o meu barato de hoje é a lucidez.” 

PAPO RETO “Sou um excelente pai, aberto no que for preciso, sem hipocrisia. Toco a real dentro do possível e do entendimento delas e meu, claro! Às vezes, tem um nozinho que tento solucionar. Não sou um homem perfeito, tenho falhas, mas vou tentando sempre dar o melhor de mim.” 

SUSTO “Já fui mais ciumento com as minhas filhas, agora não sou tanto... Lembro de um dos maiores sustos da minha vida, que foi o primeiro beijo da mais velha. Confesso que fiquei meio chocado. Depois até pedi desculpas pelo susto que eu levei. Foi uma reação exagerada.”  

SEM SEGREDOS “Ninguém tem a fórmula para um casamento dar certo. Mas o caminho é não ter segredos na relação e sempre estar ativando a cumplicidade. É os dois estarem atentos, com parceria, e dando o melhor para continuar levando o barco. É preciso remar e discutir a melhor direção para não afundar. O fato de trabalhar junto também ajuda. Viajamos muito com os shows e isso nos deixa ainda mais unidos.”

Projetos na TV E INTERNET “Como ator, participei das duas temporadas de sucesso do humorístico Escolinha do Professor Raimundo (Viva/Globo) e também estou na série Minha Estupidez (GNT), com a Fernanda Torres. Tenho também um canal no YouTube chamado As Aventuras da Blitz, que alimentamos com vídeos.”