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Deborah Evelyn, prestes a completar 50 anos: 'Não sinto o tempo passar'

A chegada aos 50 pode até assustar Deborah Evelyn, mas a atriz de A Regra do Jogo, casada novamente depois de uma relação de 23 anos com o diretor Dennis Carvalho, sabe usar o tempo a seu favor

Por Ligia Andrade Publicado em 27/01/2016, às 10h20 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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A atriz Deborah Evelyn - Cadu Pilotto
A atriz Deborah Evelyn - Cadu Pilotto
Prestes a completar 50 anos em 12 de março, Deborah Evelyn vem refletindo sobre esta nova fase. “É um pouco assustador, falta menos do que já vivi, e o que vivi passou tão rápido. Será que vai dar tempo de fazer tudo o que quero fazer?”, se pergunta a intérprete de Kiki, de A Regra do Jogo (Globo). “Esta sensação do tempo, da finitude é o que me assusta.” Em contrapartida, ela tenta lidar com a questão do envelhecimento da melhor forma possível. “É inexorável. Não sinto o tempo passar, me sinto com energia. Quando pensava aos 20 como era ter 50, não é o que sinto agora.” E foi perto dos 50 que a vida amorosa da atriz recomeçou, mostrando que a concepção de idade vem alterando e a gente nem percebe. Depois de terminar o casamento de 23 anos com o diretor Dennis Carvalho, 69, ela se apaixonou novamente e se casou com o arquiteto alemão Detlev Schneider, 62, há quase dois anos. “Nos casamos na Alemanha. É um casamento diferente para mim, porque não vamos ter filhos e cada um mora em um país. Gosto de estar casada, de dividir a minha vida com alguém. Não queria falar: ‘Ah, tudo bem se eu ficar sozinha para o resto da vida’, mas não fiquei procurando. É a mesma coisa com as rugas, se for: é! Não tem jeito. Ele é bem-humorado e isso é tão bom – nunca o vi de mau humor! E é muito romântico”, elogia.

Os dois se conheceram quando a atriz foi visitar sua filha Luiza, 21 – de seu casamento com Dennis – na Alemanha. “Detlev é pai de um grande amigo alemão dela. Foi um interesse na hora. Já estava separada, ele também. Ele veio para cá, para as festas de fim de ano. Quando acabar a novela, vou para lá, até começar a ensaiar uma peça (Encontros.com)”, conta a atriz, que só fala em alemão com ele, apesar de Detlev se arriscar no português. “Mas não falo tão bem, estou melhorando. A mãe dos filhos dele é brasileira também. O meu avô era alemão, veio para o Brasil e fez a vida aqui. Minha família tem cidadania.”

Um dos programas favoritos do casal é viajar pelo mundo. Para Deborah, esse encontro não poderia ter sido melhor. “Detlev não sabia quem eu era, foi por mim mesma. Foi muito normal, gostei disso. Ele é tranquilo, maduro, com a vida estabelecida. Detlev não tem problema com a minha profissão, de eu beijar outro homem (em cena). O que não quer dizer que não tenha o frisson de estar junto, do encontro, da paixão, tem isso também.”

Mesmo após o fim do casamento com Dennis, Deborah mantém uma relação de família com ex. “Nos encontramos domingo para almoçar, fomos ao aniversário da Luiza, para a formatura dela. Dennis não tem problema com o Detlev. Nem ele com o Dennis. Nosso laço é eterno. É uma outra categoria”, explica a atriz, ressaltando que o diretor não é só amigo. “É família, é o pai da minha filha, meu companheiro durante 23 anos. Deu muito certo e continua dando dessa maneira. Ele conta comigo; eu com ele.” 

Kiki: uma grata surpresa

A aparição de Kiki comandou uma reviravolta em A Regra do Jogo. Foi a primeira vez que Deborah entrou em uma trama em andamento e a segunda vez que experimentou tingir os fios de loiro. “No começo, levei um susto, agora já acostumei, estou gostando. Em Fera Ferida (1993) fiquei abatida. Gosto de mim morena, não tenho problema em mudar. Só não quero deixar os meus cabelos brancos (risos)”, brinca. A atriz elege Kiki como uma das personagens mais complexas ao longo de seus mais de 30 anos de carreira. “Já achei o João (Emanuel Carneiro, 45, autor) um gênio em A Favorita (2008), que pegada boa! E tem essa relação da Síndrome de Estocolmo, nunca antes abordada. Você tenta de tudo para se aproximar do sentimento. O que ela sente por esse pai? Não é só ódio... E pelo Zé Maria, seu carceireiro por tantos anos e o pai da filha dela? É tão complexo, não tão preto e branco, genial! Kiki não é a louquinha, a boazinha, a má. É tudo isso junto.”

Com tanta entrega durante as gravações, Deborah volta para casa esgotada: “Não foi uma entrada light, ela chegou bombando. É muita emoção, tensão. Também volto preenchida, é maravilhoso”. A atriz adianta um pouco o que vem por aí: “O encontro dela com a Nelita vai ser bem forte!” 

Deborah mantém o mesmo manequim, 36, há 30 anos, e ela é chocólatra assumida! “Como todos os dias. Quando Detlev vem, traz todos os chocolates suíços que amo!”, revela a atriz, que faz musculação três vezes na semana. “Hoje comi bife à milanesa, arroz, feijão... como batata frita, de tudo. Como pode? É de família.” Aos 17 anos, ela enfrentou a anorexia por causa de uma desilusão amorosa. “É uma doença psicológica. Começou não por eu me ver gordinha, mas por uma bobagem de adolescente. Sempre tive este corpo, antes e depois da anorexia”. 

Botox ou cirurgia?
Quando o assunto é pele, a atriz segue à risca as recomendações da dermatologista. “Sou contra o botox. Para o ator, é melhor a cirurgia plástica. Tenho medo de mudar a minha expressão. Mas não digo que não farei. Não tenho paranoia com as rugas, vejo que elas existem. Se tivesse um rosto sem nada, não combinaria com o meu interior. Não posso fazer mais a menininha de 20 anos”, assume. 

Lá vem a menopausa...
Ao longo dos anos, Deborah conseguiu relaxar, deixar de ser tão ansiosa em alguns aspectos da vida. No entanto, reconhece que não totalmente. “Em algumas coisas, piorei. Profissionalmente, me cobro muito, mas já tenho maturidade para saber que vou fazer o meu melhor e não quer dizer que seja 100% sempre. Às vezes, não dá”, avalia ela, que vive no presente. “A vida é essa, não tem outra chance. Não acredito nisso.” 

A atriz reconhece que a religião não faz parte de seu dia a dia. “Adoraria acreditar que vou encontrar meu pai, meu avô, as pessoas que amo. Seria um alento. Quem sabe não tenho uma grata surpresa?” 

Outro aspecto que não mudou para Deborah é o de se achar chatinha de vez em quando – como toda mulher, tem seus altos e baixos no humor. “O que é a TPM? Dizem que a menopausa é uma TPM constante. Estou morrendo de medo dela! (risos)”