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Após 10 anos no Zorra Total, Rodrigo Fagundes realiza o sonho de fazer novela

O ator desfruta nas ruas a popularidade de Nelito, em Pega Pega. Em sua segunda trama, ele contracena com alguns de seus ídolos

Por Ligia Andrade Publicado em 13/10/2017, às 15h20 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Rodrigo Fagundes - Fabrizia Granatieri
Rodrigo Fagundes - Fabrizia Granatieri
Não faz muito tempo, mas, durante uma gravação de Pega Pega (Globo), Reginaldo Faria, 80 anos, intérprete de Athaíde, estava na marca de Rodrigo Fagundes, 44, que vive o mordomo Nelito. O ator se viu em uma deliciosa saia-justa. “Fiquei esperando ele acabar de conversar com o Marcos Caruso (Pedrinho). Gente, não posso ‘empurrar’. É o Capitão Jonas (Vamp, 1991), Marco Aurélio (Vale Tudo, 1988), Jacques Leclair (Ti Ti Ti, 1985)... Muita gente em um Reginaldo Faria só. E sou apaixonado pelo Caruso”, diverte-se o noveleiro de carteirinha. Depois de quase 10 anos dando expediente no Zorra Total, onde despontou como Patrick – do bordão “Olha a faca” –, o ator encara sua segunda novela – a primeira foi Babilônia (Globo, 2015). “As pessoas ainda falam do Patrick, não tenho o menor problema com isso. Ele ficou mais conhecido do que eu, mas sou meio careta, o personagem tem de estar à frente de mim.” 
O ator em cena com Marcos Caruso
Fagundes desfruta a popularidade de Nelito nas ruas. “Uma senhora me parou e me convidou para tomar chá na casa dela”, conta ele, revelando ainda não ter um amigo tão leal assim. “Cuido mais dos meus amigos do que eles cuidam de mim. Levo todo mundo para minha casa, não gosto de balada. Prefiro jogar, ver filme, estou aprendendo a beber vinho.” Ele não sabe cozinhar. Das aulas de etiqueta que fez, aprendeu a colocar a mesa. “Muita coisa é classificada como frescura, mas funciona, acaba sendo prático”, opina. 

O ator tem tido pouco tempo, mas, quando pode, foge para pedalar na Lagoa 
Rodrigo de Freitas, Rio, seu lazer preferido
O ator, natural de Juiz de Fora, Minas Gerais, veio para o Rio de Janeiro cursar a faculdade de Comunicação Social. Pegou o diploma, mas, no entanto, nunca nem estagiou na área. No último ano, decidiu se matricular na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) escondido da família e acabou descobrindo sua turma. “Tinha 24, 25 anos, meio tarde já. Me arrependo disso, tinha de ter peitado para começar com 18.” A primeira peça foi em 2000. No meio do espetáculo, algo inacreditável aconteceu: o teatro foi assaltado. “Roubaram os nossos camarins”, recorda.

Rodrigo Fagundes na Laga Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro
COLECIONADOR DE BONECOS
Morando sozinho em Copacabana, Zona Sul da cidade, Rodrigo mantém uma coleção de 500 bonecos, alguns ainda na caixa, outros protegidos por vidro. Ele confessa que parou de comprar, porém não vende os seus brinquedinhos por nada. “Acho que tenho um trauma de infância (risos). Se algo der errado, tenho dois meses de condomínio (risos). Aprendi a falar inglês por causa de Os Goonies (1985), sei o filme de cor. Sou nerd.”
  Um dos passatempos do mineiro é passear de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas. Mas as pedaladas estão cada vez mais escassas por conta das gravações. “Fui convidado para fazer três peças de teatro, não dava para conciliar, priorizei a novela.” Solteiro, “nunca sozinho”, ama estar na companhia de seus seis sobrinhos. Vira uma farra! “Tenho até talento para ser pai, não tenho vocação. Gosto da parte do recreio. Devolver é um alívio”, reconhece ele, que parou de reclamar da vida após a morte da avó, há dois anos. 

O mineiro é fã de filme de terror...
Fagundes não tem Twitter, mas jura que vai criar uma conta na rede social. E afirma que quer ser, sim, amado pelo público. “Não sou hipócrita, não quero crítica, se for, pegue leve. Nosso trabalho é arte, não se mede, é complicado, ficamos com a cara para bater.” Após Pega Pega, quer levar para São Paulo o espetáculo O Incrível Segredo da Mulher Macaco, que faz ao lado de Wendell Bendelack, 42, ex-parceiro de Surto, espetáculo de sucesso de público e crítica. Uma viagem aos Estados Unidos também não está descartada. Isso, é claro, se não pintar algum novo personagem por aí.