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Aos 64 anos, Bell Marques reconhece desafio profissional: "Atravessar gerações por meio da música"

O cantor está em constante reconstrução. Ele fala das barreiras de idade e a influência dos filhos, Rafa e Pipo

Por Mariana Silva Publicado em 28/02/2017, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Bell Marques - Paulo Santos
Bell Marques - Paulo Santos
Não se surpreenda se durante uma caminhada pelas praias de Salvador, na Bahia, você encontrar Bell Marques. Aos 64 anos, o cantor se exercita todos os dias e está cada vez mais firme em manter uma rotina saudável. A energia e disposição ficam ainda mais evidentes durante o bate-papo com a equipe de CONTIGO!. “Sou uma pessoa muito dinâmica, acho que isso acaba surpreendendo as pessoas. A alegria, o sorriso e a vontade de fazer sempre mais também modificam minha vida. Eu acordo alegre, gosto de ver o sol, de me sentir vivo!”, dispara.
 Mas não é só na personalidade que Bell reflete seu espírito jovem. Desde que assumiu sua carreira solo há três anos, atravessar gerações por meio da música sempre foi um desafio. Pai de Rafa, 29, e Pipo, 24, ele assume que a experiência com a nova geração o ajudou a crescer profissionalmente. “Meus filhos me ajudaram a entender o comportamento dos jovens de hoje. Acabaram sendo o elo de ligação entre mim e esse público. Acredito que não conseguiria virar essa chave se não tivesse uma experiência com eles”, conta Bell, que admite ter influência dos meninos, inclusive, no estilo. “Eles pegam minhas roupas toda hora! Me imitam! Trocamos muita figurinha”, diverte-se.


Bell celebra os três anos de carreira solo e a transformação das gerações na música

Casado há 36 anos com Ana Marques, 54, o cantor também reconhece a parceria com a mulher. “Ela é o alinhamento da casa. A base de tudo. Foi essencial para meu sucesso”, emociona-se. Mesmo com a chegada da idade, deixar os palcos não está nos planos de Bell, assim como mudar o visual e aposentar sua coleção de bandanas. “Não precisa mudar um personagem para ser aceito por uma nova geração. É preciso mudar o conceito e tenho feito isso durante esses anos. Acho que ainda tenho muito para oferecer e não só profissionalmente. O meu limite ainda não chegou! (risos).” 


Aos 64 anos, Bell mantém a boa forma com exercícios e alimentação balanceada. “É mais do que importante. Tem que fazer!”

TEMPO DE RECONSTRUÇÃO
Bell avalia o período solo como um processo de reconstrução. Mas, ao mesmo tempo, admite que se esforçou para não perder sua essência. “A transição é difícil. O público pode achar que mudou pouco, mas quando eu olho de cima do palco para baixo, percebo que mudou muito. Hoje, tento reformular tudo o que passei e fazer com que isso chegue ao público de uma maneira diferente. Antes eu tinha uma barreira para alcançar a nova geração. Hoje existem adolescentes de 12 anos cantando as minhas músicas”, reconhece. 
Com exceção da folia de Carnaval, em que se apresenta fielmente em Salvador, atualmente Bell faz cerca de 140 shows anuais. “Eu gostaria mesmo era de ter uma rede e ficar deitado nela, comendo melancia (risos). Mas o mundo não está para isso, é preciso trabalhar. Aproveito menos, mas também sou feliz. A música é algo bom, talvez por isso nunca tenha pensado em parar. Vou até onde Deus permitir”, diz.


 “Todo pai tem uma preocupação em relação ao que filho vai ser. Mas, depois que você percebe que ele engatou em um caminho, você se sente com a missão cumprida. Estou feliz demais por eles. Tenho certeza que são pessoas empenhadas em trabalhar para construir uma vida” , diz Bell sobre os filhos, Rafa e Pipo.