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André Frateschi, o grande vencedor do PopStar, quer levantar o rock brasileiro

O cantor levanta a bandeira do ritmo contestador no palco do novo reality musical da Globo. Em casa, ele conta com a ajuda da mulher, Miranda Kassin, para criar as duas filhas, Angelina e Mel

Por Tainá Goulart Publicado em 11/09/2017, às 12h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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André Frateschi ganhou a primeira edição do PopStar - Fotos: Globo/César Alves
André Frateschi ganhou a primeira edição do PopStar - Fotos: Globo/César Alves
"Eu não sou um salvador do rock brasileiro, mas eu quero fazer um barulho no PopStar, para ver se levantamos a galera e revivemos a geração dos anos 1980, uma época maravilhosa da nossa música”, afirma André Frateschi, 42 anos, que, no domingo (10), conquistou o grande prêmio do reality show, desbancando vários colegas como Mariana Rios e Cláudio Lins. Com um repertório repleto de hits do rock nacional e internacional, o cantor e ator acumula um currículo de sucesso. Realizou turnês cantando David Bowie (1947-2016) com sua banda Heroes, foi vocalista do grupo Legião Urbana durante um ano, e em 2017, lançou o show BRock is Back. “Se for pensar, eu entrei como uma zebra no programa, pois tenho experiência, mas nada tão intenso quanto o da Mariana Rios e o Thiago Fragoso, por exemplo. A recepção das pessoas tem sido muito maior do que eu imaginei, estou surpreso. Gente de lugares pequenos do Brasil tem vindo falar comigo, nas redes sociais, e a exposição é incrível. Sinto que elas estão órfãs do rock e vou mudar este status.” Nos bastidores, o filho dos atores Denise Del Vecchio, 63, e Celso Frateschi, 65, afirma que ainda não sente o clima de estar em uma competição e vive dando conselhos para os companheiros menos experientes no universo da música. “Eu adoro o Eduardo Sterblitch e, de vez em quando, falo pra ele procurar outros caminhos para interpretar as canções escolhidas. Ele tende a levar muito para o seu lado cômico, mas eu tento orientar, não me aguento (risos)”, revela ele, casado há 11 anos com a cantora Miranda Kassin, 38, com quem tem duas filhas, Angelina, 4, e Mel, 2. 

O cantor conta que os participantes do reality musical formaram uma família. “Tivemos a sorte de ter muitos comediantes e a gente se diverte nos bastidores. Porém, acho que o bicho vai pegar quando tiver menos pessoas”

Três cantoras em casa “Por conta do programa, o Rio de Janeiro virou minha segunda casa e o tempo que tenho em São Paulo é dedicado 100% para as minhas filhas. Adoro fazer concurso de dança com elas, têm vários instrumentos infantis espalhados pelo nosso apartamento e incentivo ao extremo o contato delas com a música. Porém, já vi que elas vão imitar a mãe e serão cantoras. A Angelina é a única apaixonada por gaita, mas não sei... (risos)!”

Aulas de música personalizadas “Eu tenho um papel muito grande de ensinar música para as minhas filhas. Elas não têm escapatória! Faço questão de sempre mostrar um artista novo às duas. Esses dias, eu troquei o desenho animado por um DVD do Blue Man Group e elas piraram com aqueles homens todos azuis! Já tentei colocar o filme do Bowie, o Labirinto – A Magia do Tempo, mas acho que forcei a barra, não lembrava que a história era tão obscura.”

Parceria no amor “Formar uma família com a Miranda foi o maior presente da minha vida. Por anos, ela fazia muito mais shows que eu e, depois que as meninas nasceram, ela sacrificou um pouco a sua carreira para poder segurar um lado da família e eu fui correr atrás do nosso sustento. Além de ser uma cantora maravilhosa, ela nasceu para ser uma mãe incrível... Assim eu vou chorar, sou muito manteiga derretida.”

Família musical:um registro do casal com as filhas Angelina (à dir.) e Mel

Sem máscaras “Apesar da correria e dos sacrifícios em casa, entrar no PopStar foi a melhor coisa que eu fiz. Eu tinha medo do estereótipo de reality show, de exposição excessiva e tal, mas neste formato é quase zero. A equipe preserva o nosso direito de escolhas, ou seja, tudo que eu canto passa pela minha decisão final. A resposta do público está sendo maior do que eu esperava e, com certeza, deve ser pela minha verdade no palco. Não uso máscaras.”

Cantar em português “Com a turnê da Legião Urbana, eu comecei a perceber o quanto as pessoas estão órfãs e com saudades do rock nacional na mídia. No primeiro show, eu vi a diferença de cantar algo que todo mundo entende, é quase uma reação química. Por isso, resolvi criar o BRock is Back, só com músicas nacionais, e pretendo rodar o Brasil todo, com convidados do programa e de outras bandas, como Titãs, Capital Inicial…”

Bowie, o super-herói “O meu primeiro disco de música brasileira foi do Secos e Molhados, com 7 anos, mas o que mais me marcou mesmo foi o do Bowie. Me lembro quando eu ganhei o Aladdin Sane. Eu tinha uns 9 anos e foi um presente de um ex-namorado da minha mãe, que trouxe de Londres. Estava na fase dos super-heróis e fiquei intrigado com aquele homem que tinha um raio no meio da cara. Quando eu descobri os poderes dele, em cada faixa do álbum, eu pirei e não larguei mais. Não é a toa que o meu tributo ao Bowie tem mais de dez anos.”

Sonho realizado “Tive a sorte de ter Mike Garson, o pianista do Bowie, tocando no meu último disco, o Maximalista. Mandei e-mail para ele, achando que nunca teria resposta, ele ouviu minhas composições e adorou. Gravou seis músicas e ainda compôs uma para mim. Hoje somos amiguinhos e eu já posso morrer feliz (risos).”