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Amiga de Gil, Caetano e Tom Zé, Maria Moniz ganha filme do seu casamento

Um Casamento conta a história que abalou a sociedade brasileira e foi dirigido pela filha de Maria, Mônica Simões

Por Tainá Goulart Publicado em 05/05/2017, às 16h28 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h45

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Um Casamento - filme de Mônica Simões - Fotos: Divulgação
Um Casamento - filme de Mônica Simões - Fotos: Divulgação
Mônica Simões, diretora do filme Um Casamento, é filha de Maria Moniz, a estrela da história. Ou seja, é a intimidade familiar das duas expostas em uma tela de cinema. Na quinta-feira (18), quando deve ser a estreia nacional, o longa, que tem pegada feminista e desconstrói valores ligados ao matrimônio, vai emocionar muitas mulheres e homens, não só pelo drama, mas também pela mensagem de desconstrução - algo forte e bastante atual. "Quando assisti pela primeira vez (antigo filme de família) foi aquele choque, já não dava pra ver quase nada. Ao mesmo tempo, fiquei encantada com os efeitos do tempo na película. O que aconteceu naquele dia? Qual a história por trás daquele filme?”, lembra Mônica. “O filme é um projeto para investigar as fronteiras entre o público e o privado, na tentativa de se compreender uma época através de uma história pessoal”. 

Mãe e filha, Maria e Mônica, personagem e diretora

O longa focaliza o casamento de Maria Moniz, musa tropicalista na Bahia dos anos 50 – contemporânea e amiga de Gil, Tom Zé, Caetano. É de Maria que o Caetano está falando naquela frase “Gil, hoje não tem sopa na varanda de Maria”, escrita na contracapa do disco com seu nome, gravado em 1967, e que ficaria na história da MPB como o primeiro registro fonográfico tropicalista. Todas as cenas do longa filme são uma lição de liberdade e feminismo muito antes de essa palavra virar moda. “No meu trabalho eu sempre incorporei o processo à obra. Não deixei que ela lesse o roteiro porque não queria que chegasse armada, que racionalizasse as perguntas. O filme começa com pequenos fragmentos, como o vestido de noiva e os detalhes da festa, e segue crescendo em carga emocional até culminar na parte confessional”, afirma a diretora.